BABY MOON {harry styles} vers?o 02

Tradução: O príncipe veio.

|Moon|

Patrick definitivamente se tornou minha primeira e melhor amizade, desde o primeiro dia. Agora, ele me acompanhava na entrada, almoço, saída, e ainda tínhamos sorte de ter algumas aulas conjuntas.

Graças a Deus pela de educação física ser uma delas, porque, seria horrível ter de ser a única péssima em esportes numa quadra lotada, ainda mais com adolescentes que treinam todo santo dia.

Mas eu entendia, ter pais que gastem uma fortuna para garantir sua educação, certamente gostariam de ter algum retorno, nem que seja somente para se agradar.

E era triste.

Não conseguia imaginar mamãe pagando minha diversão, que era o que os jogos deviam ser para quem não pretende seguir a área na parte de carreira.

Aliás, ela nunca faria nada do tipo, usar dinheiro ou qualquer objeto de valor para algum fim que não fosse o meu bem estar verdadeiro.

Depois da aula, e do banho rápido para não me atrasar, afinal, corria para que ninguém me visse trocando de roupa, fui em direção a sala de biologia, a qual infelizmente, Patrick não fazia no mesmo horário.

- Podemos comer pizza no almoço? Me exercitar me deixa cheio de fome. - ele aponta para a barriga e finge um barulho.

- Tudo bem. - Digo depois de uma risada e um aceno de até logo.

Era a minha primeira vez numa sala com esqueletos e caixas com seres vivos - ou não - dentro.

Era estranho, mas legal.

Sentei em uma das primeiras bancadas, antes de julgamentos, mas quem for que sentasse ali, logo na frente do professor, seria alguém que gostasse igualmente de aprender como eu.

Então, seria obviamente uma boa companhia.

O professor entra, e logo atrás vem um garoto que se senta ao meu lado.

Sua aparência não mostra a vontade real de estudar, mas durante a aula ele não diz nada, apenas assina o nome numa folha, quando isso é solicitado pelo professor.

"Johnny"

- É bom que tenham gostado da sua dupla de primeira aula, pois será a mesma até o final do semestre.

Isso arranca murmúrios da maioria dos alunos, e o professor guarda todas as folhas, assim, ninguém conseguiria se safar de ter a mesma companhia todas as aulas.

Jhonny saí assim que o sinal toca, e meus olhos passam do seu conjunto de jeans para Patrick, que já me espera para almoçar, reforçando de forma cônica a faceta de fome.

Podemos pegar itens e colocar em nossas contas, que na verdade vão todas para os seus pais, ou como no meu caso, para o Harry. Por isso prefiro na maioria das vezes levar algo que Delphi prepara, já que os preços do colégio são exorbitantes.

Compramos nossos pedaços de pizza, e meu amigo também pega algumas frutas. Sua ideia de voltar a ter mais peso como na infância o assombra.

Isso não me importa de nada, mas sua feição baixa representa tudo quando passamos na frente da turma com privilégios do colégio, que quando o observam, soltam apelidos nada carinhosos.

Não demorou até as aulas acabarem, Patrick como sempre me acompanha até saída, e é rápido em ir embora porque Michael nunca se atrasa.

- Tchau Moon, até amanhã.

Patrick beija minha testa e acena calorosamente na sua bike, e logo depois o carro preto de Harry para atrás de mim, não gosto disso porque todos me olham como se eu fosse diferente ou sei lá.

Delphi é receptiva até sem sua presença, porque o cheiro de comida exala desde o estacionamento até a cozinha, que é nós fundos, e comigo não há nenhuma etiqueta de se estar na mesa, com um vestido bonito e guardanapo no colo, eu corria direto para a cozinha e tinha uma grande fatia de lasanha quase na minha boca.

Ela acertava até a hora em que eu chegava, pois a comida nem queimava minha boca, mesmo ainda estando bem quentinha.

Delphi ri demais e eu coloco a mão na frente da boca, pedido desculpas. Não é por falta de educação, mas a intimidade criada por vezes me fazia ir além. Senti a falta disso das pessoas passadas. Das pessoas, poucas, de Manchester.

Da mamãe principalmente.

Termino de comer e subo para um banho e troca de roupa, seguindo de cumprir todas as tarefas da escola, que não eram poucas.

Quando faço tudo, estou cansada, e por ainda faltar um tempo relevante para a hora do jantar, decido ir para a biblioteca, na ponta dos pés, afinal, Delphine não sabe que encontrei o lugar, e não queria que Harry me proibisse de ir até lá.

Procuro por algum livro que a mamãe costumava ler, a sensação nostálgica abatia um pouco da saudade.

Encontro um livro sobre conto de fadas, e logo dou início a leitura.

Eu adorava as princesas e a bondade que elas possuíam no coração, mas a parte ruim que sempre havia em todas as histórias não era justo, eu não queria ser boa até que alguém quebrasse isso, queria ser para sempre.

Não queria ficar deitada esperando o príncipe me acordar, e se ele nunca viesse?

Sinto meu braço chacoalhar com demasiada força, deve ser porque pensei que as vozes anteriores houvessem sido parte do sonho.

- Moon? Está apenas dormindo? Não lhe dei permissão para estar aqui.

Harry tem os olhos preocupados, e os meus cansados.

- Não pode sumir do nada, e pela casa, Delphi precisa saber onde está, sempre.

Concordo com a cabeça, mas me recuso a levantar.

O livro que lia já está cuidadosamente guardado, e o homem de cabelo cacheado bufa antes de me pegar no colo e carregar para fora da biblioteca.

Enfim, o príncipe veio.

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