抖阴社区

XII

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Kopi House, 11:53

Splash! Foi o barulho do líquido, conhecido como "limpa-vidros", se chocando contra a vitrine principal da cafeteria após ser espirrado de seu recipiente corriqueiro. Sem perder muito tempo e deixar que o produto escorresse todo, esfrego o local com a ajuda de um pano pequeno, e com a outra mão, espirrava mais do mesmo nos cantos que ficaram secos.

Ao terminar o serviço, encosto a boca de um pote sobre a vidraça, deixando que ele se esvaziasse aos poucos, e com a mão ajudante, passava o rodinho de vidros para finalizar todo o serviço.

Vidros limpos como novos não são vistos em qualquer lugar. Não é de hoje que os seres humanos são preguiçosos a ponto de deixar uma vitrine cheia de marcas de dedo e partículas de poeira.

Eu estou parada de frente para o vidro higienizado, com minhas mãos apoiadas em minha cintura e um pano sobre um de meus ombros. Meus olhos analisam, com a ajuda de meu espírito perfeccionista, à procura de algum erro no trabalho, e, felizmente, não acho.

Me agacho, guardando todos os produtos utilizados em uma cesta própria para isso e seguro em suas alças preparando-me para levantar. Eu poderia dizer que estava completamente acabada. O cansaço após um trabalho duro nunca foi algo que se virava ao meu favor. Eu admirava as meninas que antigamente, na minha época escolar, terminavam de fazer a educação física e ficavam com o suor escorrendo por toda a extensão do colo, mantendo uma aparência sensual. Infelizmente, nunca tive essa sorte, então sempre acabava com os cabelos desgrenhados, a pele brilhando de suor e o efeito do cansaço aparente no som esquisito de minha respiração ofegante.

Ergo meu corpo junto da cesta pesada e quando me viro, arregalo meus olhos o máximo que me era permitido.

Meu olhar se encontra com o da pessoa que eu mais queria que não me visse nesse estado desprezível.

— Bom dia, (S/n). – Jung Hoseok diz com sua voz, cuja qual é meio grossa e soava suavemente no ambiente silencioso. A junção de todos os elementos de seu rosto formavam um equilíbrio inexplicável. Não sabia se estava apenas delirando uma imagem de um homem ideal criado pela minha mente, ou se ele era realmente bonito até aquele ponto, o ponto em que nenhum ser humano seria capaz de compreender aquela visão angelical.

— Bom dia, Hoseok... — pus meu sorriso mais natural possível no rosto, enquanto tentava ajeitar os pequenos fios de meu cabelo, que sempre cismavam em ficar desordenados, disfarçadamente. — Vou guardar essas coisas para podermos conversar. — ele assente. Sigo até a salinha e quando dou minha última olhada em sua direção antes que atingisse o ponto cego, ele já estava sentado em uma das mesas vazias do ambiente.

Me enfio porta adentro na sala jogando a cesta em uma lugar qualquer dentro do armário e corro para o banheiro feminino.

Quando minhas vistas encontraram meu reflexo, um pânico me invadiu. Eu estava como imaginava, e um pouco pior. Fios de cabelo pequenos que estava crescendo estavam confusos, desordenados. A maquiagem aplicada no rosto já estava craquelada em alguns pontos do rosto e o batom localizava-se somente no interior das rachaduras naturais dos lábios.

Exasperada, apenas lavo meu rosto, deixando a água escorrer um pouco pelo pescoço para tirar qualquer indício de suor que possa ter se formado. Pego uma das toalhas brancas e seco o rosto com algumas poucas e ágeis batidinhas.

Com as mãos meio úmidas, arrumo a parte da frente do meu cabelo e tento separar um pouco as pontas dos fios com os dedos. Me olho pela última vez por aquele pedaço de vidro espelhado e saio de lá a caminho da parte da frente da cafeteira.

Hoseok, ainda sentado de frente pra mesa, agora mexia em seu celular, e já estava com uma xícara de café ao seu lado. A mesma liberava uma fumacinha botina de se ver e que mantinha o ambiente com uma aparência calma e relaxante.

Meu Colega de Quarto - Imagine Jung HoseokOnde histórias criam vida. Descubra agora