Love Change Us #1 || (CONLUIDO REVISANDO)

"Eu pensava que era inteligente, mas você me fez parecer tão ingênua. A forma como você me vendeu em pedaços, enquanto fincava suas presas em mim. Sanguessugas, aproveitador. Me sugando até a última gota como um maldito vampiro."

─ Olivia Rodrigo, vampire
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Mais uma vez, o dia de quinta-feira amanheceu chuvoso. O céu estava feio, assim como o estrago que Trevis fez dentro de mim. Como sempre, me preparei para ir para o colégio, a minha cadela Molly consegue me animar um pouco. Mas, a animação é momentânea, logo volto a sentir aquela mesma sensação, ela me consome, me corrói e às vezes eu sinto que essa sensação nunca irá passar. Trevis foi o meu primeiro amor e ele partiu o meu coração em mil pedaços da pior forma possível, eu confiei nele... E o que eu ganhei com isso? Um belo par de chifres.

Eu não consegui comer nada antes de entrar no carro de Joey e partimos para o colégio, pela primeira vez o caminho foi silencioso. Eu não estou a fim de conversar e Joey e Francis respeitaram isso. Quando entramos no Colégio, andamos pelo corredor em direção aos nossos armários, nesse momento pela primeira vez as pessoas olharam para nós, mais especificamente para mim. Não é possível que todos já estão sabendo.

Abri o meu armário e peguei tudo o que eu iria precisar para as três primeiras aulas, logo, o sinal bateu anunciando o início das aulas. A minha primeira aula seria filosofia, quando entrei pela porta da sala, me lembrei que Trevis tem essa mesma aula e ele senta ao meu lado, foi nessa aula que nos conhecemos, na verdade, eu já o conhecia. Ele que não me conhecia.

Quando andei até minha carteira, senti os olhos de Trevis me seguirem, seu olhar parecia queimar em minha pele, me sentei e então retirei meus cadernos e os coloquei sobre a mesa. Eu me lembro perfeitamente, de como eu me esforçava para que ele me notasse, em todas as aulas que tínhamos juntos eu sorria para ele, talvez algum dia funcionasse e funcionou. Quando ele direcionou a primeira palavra, foi como se anjos cantassem uma bela melodia, é piegas, eu sei. Eu sou apenas uma garota boba, em um estúpido, e idiota, mundo antigo, e ele é perfeito. Ao contrário de mim.

Como eu pude imaginar que eu estar com o Trevis seria o destino? Eu imaginava que ele era feito para mim, na real, talvez isso seja impossível. O professor, inicia sua aula o tema de hoje será "O Amor", reviro os olhos, é sério isso? Eu nem sei se acredito nisso mais, o amor mente? Trai? Eu acho que não. O professor escreve no quadro negro com giz branco a palavra AMOR com letras de forma, e então o professor segue perguntando para os alunos, o que eles acham que isso significa. Muitos têm opiniões diferentes, mas que levam o mesmo: o amor é quando você encontra aquela pessoa, aquela que vira o seu mundo de cabeça para baixo, aquela que te faz ver as coisas de um modo diferente e entre outras baboseiras.

Até que, o professor pergunta a (Christopher que até então eu não havia percebido a sua presença), o que o amor é para ele. O mesmo simplesmente acaba com todas as palavras dos alunos em relação ao amor.

─ O amor não existe. ─ Christopher diz rispidamente.

O professor arqueia as duas sobrancelhas um pouco surpreso com as palavras do aluno desleixado.

─ Oh, e por que você acha isso? ─ O professor rebate.

─ Já dizia Tati Bernardi, uma romancista, uma brasileira. "O amor não existe, e, se existe, não dura pra sempre. E, se não dura pra sempre, não é amor. E nada dura pra sempre." O amor, é o amor, cara.

Uau.

Agora é minha vez de arquear as sobrancelhas, totalmente surpresa.

─ Duras palavras. Senhor Walker, você já amou alguém? ─ O professor pergunta.