File Curruption

O garoto não se chamava soluço porém também se recusava a falar o nome, ele assinava seus trabalhos com Soluço, ele se apresentava como soluço, assim como os outros  ele era chamado assim.
Os pais de Astrid tinham apenas um gosto peculiar para nomes.
Soluço já estava trancado de novo em seu quarto, sem aviso, sem permissão. Soluço nunca pediu por permissão. Dentro de seu quarto escuro estava um computador, uma cama, prateleiras cheias de livros e miniaturas, e uma escrivaninha.
Ele ligou o computador e transferiu o proframa.
"Funciona... pelo menos a parte técnica"
Ele pegou de uma caixa para que possam reconhecer, parecia com a cabeça de um fúria da noite, circuitos e placas expostos e mantidos em sua forma por uma armação de metal que não se destacava do resto.
Alguns cabos pendiam de onde seria o pescoço, o garoto os conectou no computador e os olhos se iluminaram em um azul, logo depois se ajustando para verde.
O garoto digitou alguns comandos e a mandíbula abriu, o garoto olhou e depois de mais alguns comandos, os olhos se ajustaram, dando mais expressividade.
"Interface de movimento completa".
Eu apenas gostaria de ter a I.A pronta.
O garoto reclinou a cadeira e fechou os olhos ainda sorrindo.
"Charles! Quer algo para comer?"
O garoto gritou, porém a raiva expressada era tanta que parecia uma imitação fraca de um rugido.
"NÃO ME CHAME ASSIM!"
Não se sabia o por que, Charles perdia a linha sempre que alguém o chamava assim. Ele não queria, como se tivesse vergonha ou ódio.
"Ok! Quer?"
O garoto se acalmou.
"Estou bem"
Ele olhou para o seu modelo.
"Um dia..."