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Menos um

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CAMILA

Enquanto eu aguardava a polícia chegar, coloquei o joelho na nuca do indivíduo que estava no chão, logo algumas pessoas que passavam pela rua vieram me ajudar, liguei para Lauren pedindo para ela descer rápido do prédio, em menos de 5 minutos ela já estava lá em baixo.

L: Deixa eu falar com ele Camz.

C: Não Lauren, você vai matar ele, da pra ver na sua cara.

L: Alguém mandou ele fazer isso! Foi a mesma pessoa que tentou me matar!

C: Austin está a caminho, ele vai resolver isso.

Em poucos minutos uma viatura da polícia chegou, a delegada Dinah Jane (D) desceu junto com Austin.

D: Muito bem, bom trabalho promotora, mas agora ele é meu. (disse ela algemando o rapaz e o levantando com nenhuma delicadeza)

A: O que aconteceu?

C: Eu percebi que ele estava me seguindo assim que eu saí do prédio da Lauren, então já me preparei para um possível abordagem que ele faria, suspeitei que estivesse armado, ele estava com a mão dentro do casaco, mas ele não queria me assaltar, ele queria me levar pra algum lugar.

L: Austin esse cara, eu tenho certeza que foi mandado pelo mesmo desgraçado que atirou em mim!

A: Calma Lauren, não da pra gente afirmar nada por enquanto, vamos levar ele para a delegacia e vamos interroga-lo.

L: Deixa eu falar com ele!

A: Em primeiro lugar Lauren, você não é policial, é advogada, em segundo lugar, você não tem autonomia pra fazer esse tipo de coisa, terceiro lugar você levou um TIRO! E quarto lugar, o meu trabalho eu sei fazer estamos entendidos? A única que pode me acompanhar é a Camila se ela quiser. (Ele virou as costas foi para a viatura)

C: Ele tem razão Lauren, você não pode fazer nada a respeito agora.

L: Você está correndo perigo Camila! Não dá pra você ir pra sua casa, fica e dorme aqui.

C: Laur, está tudo bem, eu sei me defender ok? 

L: E se estiverem vigiando seu prédio? Se acontecer alguma coisa...

C: (Coloquei a mão em seu rosto) Ei, não vai acontecer nada Jauregui, eu estou bem e vamos pegar o responsável, prometo.

L: É o tipo de coisa que não da pra se prometer...

C: Só prometo aquilo que posso cumprir.

Dei um abraço nela e entrei no meu carro, segui para casa mas admito que fiquei preocupada e Lauren não estava errada, eu podia estar sendo vigiada e precisaria tomar mais cuidado, antes de entrar na garagem eu dei algumas voltas pelo quarteirão observando, tudo estava calmo, entrei e quando cheguei no meu apartamento fui até o cofre que havia no meu escritório, abri e peguei a minhas pistola, era uma Taurus PT 838 calibre 380, não gosto de armas, mas tenho consciência de que no meu trabalho ela é uma forma de proteção.

Conversei com o porteiro e pedi para que ele não permitisse a entrada de absolutamente ninguém sem antes me avisar e caso ele não conseguisse falar comigo a entrada estava proibida, não importasse se fosse da polícia ou faxineira, antes teria que falar comigo, arrumei as minhas coisas, liguei para o Austin e pedi para ele segurar o indivíduo até amanhã de manhã, eu queria acompanhar o interrogatório, então tomei um banho, fiz um chá e tentei descansar.

Na manhã seguinte me dirigi até a delegacia, ainda não eram 9 da manhã, Austin levou o rapaz que agora já tinha nome, Rony Smith (R), 24 anos, passagem por roubo a mão armada e tráfico de drogas.

A: Muito bem, você sabe que a sua ficha já está bem comprometida, agora me fala o que você queria.

R: Você acha que vai ser fácil assim? Você não me conhece, eu sei de metade desse policiais aqui, inclusive de você Austin Mahone, você não me dá medo.

C: Tem razão, ele não te conhece, você conhece ele, mas novidade, você não conhece a mim, e a sua conversa vai ser comigo. (Disse entrando na sala)

R: (risos) Olha o seu tamanho. 

C: Tamanho que te jogou no chão em 10 segundos e você não conseguiu nem gritar, Austin pode deixar a gente a sós? 

A: Camila...

C: Por Favor, eu e o senhor Smith temos algumas coisas para conversar.

Austin saiu da sala e ficou assistindo do lado de fora, eu sabia que precisaria jogar o jogo dele, fui advogada criminal e gente do tipo dele sempre tem algum rabo preso.

C: Sabe Rony, antes de eu estar aqui vi muitos machões como você na minha frente, queriam segurar a barra, mas sabe qual o problema de homens como você? Vocês são sempre vigiados, nesse momento eu tenho agentes indo até a sua humilde residência, revirando o seu bairro, pegando qualquer moleque que te conheça e eles vão achar as suas drogas, você saiu da prisão faz 6 meses, o juiz iria achar muito interessante te ver de novo lá dentro.

R: Você se acha muito esperta né, só porque é promotora.

C: Eu não acho Rony, eu sou, então podemos fazer um acordo e você sai livre daqui, ou amanhã pela manhã você volta pra sua cela. 

Ele ficou pensativo.

R: Que acordo? 

C: Você vai me contar por que veio atrás de mim e para onde e para quem você iria me levar, e aí eu dou as ordens para pararem de procurar pelos seus "negócios".

R: Como eu sei que não está mentindo?

C: Como eu vou saber que você também não estará? É o risco, vamos ter que jogar com a confiança aqui, eu não volto com a minha palavra e você?

R: Eu só tenho ela.

C: Então ótimo.

R: Tudo bem, quem me contratou foi um cara, não sei o nome dele, mas era policial, ele tentou disfarçar mas eu sei já decorei a linguagem de vocês tiras, é tudo a mesma coisa, ele me pagou uma bolada pra te levar pra uma capela saindo de NY.

C: Ele te deu ordens para me matar?

R: Não, ele te queria viva, posso provar, ele me deu 50 % adiantado, está em uma mochila na estação de trem que cruza a cidade bem no ponto da 15 com a 18.

C: Meus parceiros vão conferir isso. (Olhei para o vidro, sabia que Austin tinha escutado e a essa altura já tinha ido para lá)

R: Ele estava nervoso, muito perturbado não me falou o porque e eu também não perguntei.

C: Pode descrever ele?

R: Devia ter 1,75 de altura, cabelo preto, era branco, inclusive acho que tinha uma tatuagem no tornozelo, não deu pra ver muita coisa, mas gosto de observar bem quem está negociando comigo.

C: Ótimo, assim que conferirem que você falou a verdade sobre o dinheiro você vai estar livre, quero o endereço exato de onde ele pediu para você me levar.

R: Só me dá um papel e caneta doutora.

Entrei a ele uma folha e caneta, Rony escreveu o endereço.

C: Quanto tempo ele te deu? 

R: 12 horas.

C: Fez um bom trabalho me dando essas informações, dessa vez você está livre de mim, mas se te pegarem lá fora você está sozinho entendido?

R: É a lei né doutora. (risos)

Saí da sala e o deixei algemado na mesa, liguei para o Austin e ele confirmou que estava com a bolsa do dinheiro, agora era hora de pensarmos no que iriamos fazer, mandei que soltassem o rapaz pela porta dos fundos da delegacia, eu e Austin estávamos pensando no que iriamos fazer, seria a nossa melhor chance.

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