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Ainda tô esperando Victor chegar, ele deve ter pegado um engarrafamento no caminho, está no horário de almoço e isso pode ter o deixado preso

- Ei, Babi, abre a porta por favor - falei de novo e batendo na porta

Essa mulher não abre a porta e já vai dar mais de 30 minutos que ela tá lá dentro. Victor havia pedido para ser carinhosa com a Babi, Ok, acho que eu consigo

- Babi - falei baixinho - abre a porta por favor neném - disse como se tivesse falando com uma criança - vem minha bebê, abre a porta para mim

Escutei um suspiro e antes dela abrir, falou:

- Vo-você vai rir de mim? - pergunta soluçando

- Claro que não minha bebê, abre a porta para mim, abre - disse girando a maçaneta

Babi destranca a porta e consigo ver seus olhos vermelhos, ela estava soluçando

- Vem aqui - puxei ela para o sofá que tinha na nossa sala - senta aqui neném

Sentei do seu lado e Babi me olha nos olhos, seu olhar transmitia medo e parecia pedir ajuda

- O que aconteceu? - Aí merda, não devia ter falado isso, Babi voltou a chorar - ei, ei, tá tudo bem

Abracei ela de lado e fiz carinho em sua costa. Para que ela se sentisse mais confortável, deitei a cabeça dela em meu colo e fiz carinho em seu cabelo

Babi soltava frases desconectadas enquanto recebia minha carícia. Do nada Babi começou a tremer e repetir a frase "não deixe que eles cheguem perto de mim" de olhos fechados

- Senhora Babi - a chamei - Senhora Babi - chamei ela e a própria despertou

- Desculpa - falou levantando do meu colo - eu não devia ter feito isso - falou puxando seus cabelos de leve

- Não, está tu... - fui completar mas a porta foi aberta desesperadamente por Victor

- Cara - Victor corre até Babi e a abraça - você não sabe o susto que você me deu - Victor analisava os olhos de Babi calmamente

- Eles estão voltando Victor! - Babi falou apertando o amigo contra seu peito

- Shhhhh - deitou a cabeça de Babi em seu ombro - eles não vão chegar perto de você

QUE MERDA, DE QUEM ELES ESTÃO FALANDO

- Carolina - tirei minha atenção de Babi e olhei para Victor - pode ir embora, já está dispensada

Concordei e fui em direção a minha mesa, peguei minha bolsa e fui em direção á Babi, passei a mão em suas costas

- Fica bem - sussurrei perto de seu ouvido

Babi não respondeu. Saí da sala e fui em direção ao meu carro, O que será que a senhora Babi tem?

(...)

Já se passou quatro dias que a Babi chorou na minha frente, depois desses dias ela não foi a empresa, algo devia ter acontecido

Hoje é sábado e eu estou me arrumando para ir a uma praça aqui perto de casa, vou dar um passei por alí e respirar um ar livre, necessito

(...)

Estou aqui na praça passeando em volta de um enorme chafariz que fica no centro da mesma

Quando direcionei o olhar para o chafariz, uma pessoa esbarrou em mim e acabamos caindo no chão

- Senhora Bárbara? - perguntei com uma sorriso, mas sumiu quando vi que a mesma estava chorando