抖阴社区

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#AtéSeQueimar

— Deixa eu ver se entendi. Você me repreende o tempo inteiro por ter fechado um acordo com o Ruber, mas a senhorita vai lá e se torna cibus de um assassino de aluguel? Qual o sentido mesmo? — Jimin diz cada palavra enquanto concentra a atenção no pescoço da amiga, de onde escorria um pequeno fio vermelho e agora se encontra devidamente limpo e fechado com um curativo.

Após se encontrarem no beco há alguns minutos atrás, Jimin fez questão de trazer Leila até em casa para tratá-la e entender melhor o que está acontecendo, porque não é todo dia que alguém ouve que a melhor amiga virou cibus de um assassino. Não é algo que dê para ignorar, muito menos quando ela parece estar sendo perseguida pelo próprio.

— Para começar, eu não sabia que ele era um assassino.

A mais velha leva a mão até o pescoço, onde a gaze se encontra fixa por algumas fitas. Ela olha o melhor amigo se afastar para deixar os curativos na mesinha de centro e se ajoelhar à sua frente, colocando as mãos em suas coxas para manter a atenção fixa no que ela tenha a dizer.

Leila simplesmente não sabe por onde começar. Como vai explicar para Jimin que se dispôs a ter o pescoço perfurado por presas de um completo desconhecido porque simplesmente por luxúria?

A mulher não tinha do que reclamar, nem do trabalho e muito menos do salário que recebia, mas no momento em que colocou os pés na Daemonis, com todas aquelas pessoas trajadas de luxúria e maliciosidade, algo dentro dela despertou, e não pode dizer que foi para o seu bem. Leila via aquelas pessoas esbanjando poder e só conseguia pensar que queria o mesmo, ainda que fosse uma mera humana. Vampiros com os queixos erguidos em uma pose esnobe e notas de dinheiro dançando em seus dedos.

Ela queria um pouco daquilo e sabia que a maneira mais fácil de conseguir era se aproximando destas mesmas pessoas que detinham sua inveja. Então Leila começou a frequentar com mais afinco aquela boate, dando oportunidade para homens — vampiros ou humanos — a bancarem durante a noite toda. Eles não reclamavam, contanto que conseguissem o que queriam no final e sempre foi algo que ela estava disposta a dar em troca do que desejava. Nunca foi para a cama com ninguém em troca de dinheiro, mas já perdeu a conta de quantas bocas beijou por isso.

Ela se divertia como ninguém nas festas, procurando escapar dos problemas da vida adulta e cair em um pouco de luxo, mas já tinha começado a ficar monótono de novo. Até o dia em que um homem de cabelos compridos e escuros, pele marrom, olhos chamativos e mais dinheiro do que a mulher podia contar apareceu em seu encalço e a convidou para um drink. Dali em diante um novo mundo e novas oportunidades se mostraram possíveis para si.

Lúcio, como o vampiro se chamava, pagou-lhe doses de champanhe, uma dança sensual e um beijo aterrador. Tudo isso foi o suficiente para que ele conseguisse levá-la até sua casa — de uma exuberância tremenda — e a tomasse em seus braços na cama durante o resto da madrugada. Leila estava acostumada a se deitar com desconhecidos por diversão, e Lúcio, mesmo sendo um vampiro e tendo um beijo de outro mundo, não tinha se mostrado nada demais; os toques, o ritmo, a química haviam sido como qualquer outro humano ou vampiro.

Tudo estava na mais completa normalidade, até o momento em que Leila, pronta para deixar a mansão do mais velho, fora convidada a se tornar o cibus do próprio.

Um rio de dinheiro fora oferecido para ela e, com o estilo fausto de vida do homem, não tinha motivos para ela duvidar que ele a pagaria sem reclamar. E Lúcio pagou no primeiro mês, no segundo, no terceiro e agora no quarto. Nenhuma nota a menos ou a mais na bolada que Leila ganhava em troca de dar seu sangue ao homem com o qual aproveitava também para saciar seus desejos carnais.

Olhos Rubi ? jikookOnde histórias criam vida. Descubra agora