┃Vaelyssa Targaryen nunca conheceu o amor paterno, apenas o peso de sua origem e as feridas de um passado esfacelado. Filha de Daemon Targaryen com Rhea Royce, sua existência sempre foi uma incógnita para Westeros, um fantasma que carrega o sangue d...
Das jovens de sangue real, poucas possuíam a graciosidade e dever que os Sete tanto prezam. Vaelyssa Targaryen, em seus primeiros anos na corte, demonstrou tal virtude. Antes de ser consumida pela ira e pela frieza que viriam a marcar sua história, era uma jovem de presença marcante, de fala sagaz e de olhos que carregavam a chama ardente de sua linhagem, mas ainda assim conservava certa doçura.
Embora não fosse inocente sobre o que se passava ao seu redor, Vaelyssa possuía uma crença genuína no dever e nos laços familiares. Vivia seus dias com intensidade, fosse nos salões do castelo ou nas páginas de livros que tanto apreciava. Sua alma era viva, e sua ambição, alinhada à lealdade que acreditava ser inabalável. Mas, como os relatos mostram, as maiores ilusões são aquelas que mais profundamente despedaçam um coração.
Foi após um misterioso dia que todos buscam saber o que de fato aconteceu na beira do lago que mudou completamente a jovem alguns dizem que o real culpado é o príncipe Daemon Targaryen seu pai, o homem que jamais se importou em conhecê-la. Desde aquele dia misterioso a esperança que outrora iluminava sua essência se tornou uma chama gelada. A justiça que antes vinha da razão passou a ser guiada pela vingança.
Entre aqueles que testemunharam essa mudança, poucos viram tão de perto quanto o Príncipe Aemond. Desde cedo, os dois se tratavam com a impaciência de quem se conhece bem demais sempre desafiando um ao outro, como se competissem por cada espaço, cada palavra, cada olhar. Eram fogo e ferro, inconciliáveis e inseparáveis ao mesmo tempo. O príncipe, com sua disciplina implacável e sua visão estratégica, nunca recuava diante da mordacidade de Vaelyssa. E ela, jamais cedia ao ar de superioridade que ele carregava.
Suas trocas eram afiadas, suas presenças, elétricas. Como os cães que latem sem nunca se afastar e os gatos que se esgueiram, dispostos a atacar ao menor deslize, sua relação oscilava entre o desafio e a estranha familiaridade que vinha da convivência inevitável.
E, no final, mesmo os que acreditavam na ordem dos Sete não podiam negar que, entre eles, existia algo que nenhum preceito conseguia explicar.
━━━ Septão Eustace.
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