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Capítulo 55: Ela é minha?

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O tempo pareceu parar na mesma hora, enquanto Justin olhava pra ela e soltava um suspiro, como se estivesse com medo de não ser ela a atender a porta, ao mesmo tempo que surpreso por vê-la depois de tanto tempo. Madelyn estava petrificada, parecendo sequer estar respirando ao olhar pra ele.

—Justin? —Madelyn soltou, a voz tão baixa que parecia que ela não tinha certeza se queria falar aquilo.

—Oi, Mady. —Justin abriu um sorriso sem fôlego e eu podia jurar que estava ouvindo o coração dos dois batendo, tão rápido quanto o outro. Eles não desviaram os olhos um do outros. Eles não estavam nem mesmo piscando, como se ambos estivessem com medo que aquilo não fosse real.

—O que você... Como você... —Madelyn parou, soltando uma respiração pesada quando deu um passo para trás.

—Desculpe aparecer assim. Eu não tinha certeza se deveria ligar ou não. —Ele engoliu em seco, erguendo a mão para esfregar a nuca, parecendo nervoso. —Fiquei com medo de aparecer aqui também, mas hoje simplesmente não consegui aguentar e... —Ele balançou a cabeça negativamente, como se não fosse aquilo que ele tivesse se preparado para dizer. —Eu procurei por você. Mas você sumiu e... Você se casou? Você tem alguém?

—Não, eu não... —Ela parou, piscando várias vezes como se quisesse conter uma avalanche de sentimentos. —Você me procurou?

—Um mês depois das férias, voltei pra Atlanta e fui até seu alojamento. Mas me falaram que você havia ido embora. Não me falaram pra onde você tinha ido e nem nada. Tentei encontrar você por dias, mas você simplesmente sumiu. —Afirmou, enquanto ela parecia completamente perdida com aquelas informações, com os olhos ficando vermelhos como se estivesse prestes a chorar. —Eu continuei procurando por você. Me mudei pra cá depois da formatura.

—Você mora aqui em Atlanta? —Ela se engasgou com as palavras, como se estivesse em choque. —Esse tempo todo você estava morando aqui?

—Eu esperava encontrar você. Esbarrar com você algum dia. Mas a sorte não estava do meu lado, eu acho. —Ele riu, esfregando o rosto. —Pelo menos não até ontem a tarde. Eu... eu continuei escrevendo as cartas. Todas as semanas. Eu pensei em trazer, mas não sabia se você ia ficar feliz em me ver e são tantas.

—Você continuou escrevendo pra mim? —A voz dela tremeu, como se ela estivesse a um segundo de chorar. —Todo esse tempo? —Ele balançou a cabeça que sim. Os olhos fixos nos dela, como se ela fosse a coisa mais solida do mundo. —Eu ainda tenho as outras. Eu as guardei.

—Jura? —O sorriso dele ficou maior, como se ele não conseguisse mais se conter. Mas então ele parou, soltando o ar com força. —Mady, o que aconteceu? Por que você largou a faculdade?

Ela não precisou responder, porque o motivo estava voltando pra sala com mas três travesseiros, alheia ao que estava acontecendo na porta. Prendi a respiração quando Justin olhou pra Millie, no momento que ela riu ao lançar os travesseiros em mim e em Julian.

—Que caras são essas? —Ela ajeitou o óculos, finalmente se virando para a porta onde os pais estavam, ficando completamente imóvel quando viu quem estava ali.

Madelyn estava branca como um papel, olhando para Justin como se não soubesse o que esperar naquele momento. Justin estava encarando Millie como se ela fosse um fantasma. Como se tivesse ficado surdo e mudo ao mesmo tempo. Vi os olhos dele se demorarem nela, antes dele encarar Madelyn de novo e depois Millie, como se várias peças de um quebra-cabeça estivessem se juntando na sua cabeça.

—Ela é sua... —Ele não completou, porque Madelyn balançou a cabeça que sim, puxando Millie para perto dela como se estivesse com medo da reação dele. —Foi por isso que você sumiu? Por isso eu não a encontrei quando voltei? —Ela balançou a cabeça que sim de novo, incapaz de dizer algo. Ele franziu a testa ao olhar pra Millie, os próprios olhos ficando vermelhos quando apontou pra ela. —Ela... Ela é minha?

Ela hesitou, então balançou a cabeça que sim, engolindo com dificuldade.

—Eu tentei encontrar você pra contar. Mas eu não tinha dinheiro pra ir até Los Angeles e meus pais me expulsaram de casa. —Madelyn finalmente começou a chorar. Lágrimas silenciosas que escorriam pelas suas bochechas enquanto apertava a mão de Millie. —Eu precisei largar a faculdade. Eu não ia conseguir continuar. Eu sinto muito. Eu realmente tentei, mas...

—Você não tem que me dizer isso. Eu deveria ter me esforçado mais pra encontra-la. Eu deveria ter estado aqui pra ajuda-la. —Ele balançou a cabeça negativamente, sem tirar os olhos de Millie um segundo sequer. —Como você...

—Millie. —Millie respondeu, rápido demais.

—Millie. —Justin repetiu, como se estivesse testando o nome. Ele olhou para Madelyn por um segundo, dando um passo hesitante na direção nas duas antes de parar e fechar os olhos com força, como se tivesse tentando conter todos os sentimentos dentro de si. —Eu posso... eu posso te dar um abraço, Millie?

Millie encarou ele com as bochechas pintadas de vermelhos e os olhos marejados. Mas não respondeu, apenas soltou a mão da mãe e cruzou o espaço entre eles e o abraçou. Acho que meu próprio coração parou de bater quando vi Justin a abraçar de volta, como se fosse algo que ele esperou esses anos todos sem nem saber. No final das contas, Natalie tinha total razão.

Ele a abraçou apertado, tocando seus cabelos enquanto erguia os olhos para Madelyn, que observava os dois ainda chorando, mas com um sorriso feliz nos lábios. Só de ver aquela cena eu soube que havia feito a coisa certa em ligar pra ele e deixa-lo procura-la. Sabia que Millie estava feliz, mesmo que não dissesse isso com palavras.

—Me perdoe por não ter estado aqui, Millie. —Ele beijou o topo da cabeça dela, se afastando para segurar o rosto dela e sorrir ao encara-la. —Com você e com a sua mãe.

—Tudo bem. —Millie abriu um sorriso pra ele. —Você está aqui agora. É isso que importa.

—Como você me achou? —Madelyn indagou, e eu me encolhi ao lado de Julian na mesma hora. Eu sabia que iria conhece-lo pessoalmente em algum momento, mas não estava esperando que fosse tão rápido assim.

—Ah, eu recebi uma ligação de um rapaz chamado Victor. —Justin deu de ombros, um pouco confuso, enquanto Madelyn erguia as sobrancelhas e Millie se virava para me encarar. —Ele me deu seu endereço e seu telefone.

—O Victor? —Madelyn repetiu, girando lentamente pra onde eu estava. Julian se engasgou com uma risada quando Justin seguiu o olhar dela e bateu os olhos de mim. Abri um sorriso nervoso, acenando com a mão pra ele.



Continua...

Como conquistar Victor Summer / Vol. 3Onde histórias criam vida. Descubra agora