Conex?o Incomum!

Voltando passamos pelo pomar do meu avô, Maciel pegou uma maçã pra mim, ele desceu chegando perto de casa e veio puxando a corda do cavalo, vi Fernando na porta com meu avô os dois estavam sorrindo assim como eu.

Maciel- Olha quem eu levei até os   campos e voltou no meu cavalo.

Fernando- Está maravilhosa, vem eu te ajudo. Disse me pegando, eu desci fazendo carinho no cavalo do Maciel.

Eu- Eu gostei muito de ajudar Maciel.

Avô- Muito bom, isso é muito esplêndido minha menina, sinta-se privilegiada por que Maciel não dá seu cavalo pra ninguém.

Maciel- Você é a primeira pessoa que senta no Max a anos, parabéns.

Eu- Obrigada, acho que estou pronta pra andar no Lipe quando quiser.

Fernando- Claro te ensino a hora que quiser montar, te procurei pra tomar café aí Maria disse que você tinha ido junto.

Eu- Eu acordei cedo e resolvi ver o Maciel, então ele convidou pra ir junto com todos.

Maciel- Ela foi muito bem tocando os gados.

Avô- Claro Maciel, ela é da família minha boiadeira.

Fernando- Vou resolver algumas coisas na cidade com o tio Marcelo, quer ir junto ou vai ficar aqui.

Eu- Maciel disse que ia me ensinar cuidar do Lipe, eu posso esperar aqui.

Fernando- Tá bem, não demoro prometo. Disse beijando minha cabeça, eu lhe dou tchau.

Avô- Vamos tomar um café primeiro.

Maciel- Aí depois quando terminar estarei no estábulo escovando os cavalos pequena.

Eu- Tá Maciel, vovô eu posso andar pela fazenda depois.

Avô- Mas claro que pode, pode ir aonde você quiser. Disse fazendo eu segurar o braço dele.

Eu- E posso levar o Lipe comigo.

Avô- Passear igual um cão com ele.

Eu- Se não for problema sim.

Avô- Claro que não, problema nenhum em andar pela fazenda com seu cão gigante.

Eu- Obrigada vovô, bom dia vovó. Falo vendo ela chegar com algumas flores.

Avó- Bom dia Maia, já estava de pé tão cedo.

Eu- Primeiro dia a gente perde o sono.

Avó- Entendo, venha Maria preparou café pra todos.

Chegando na mesa a vovó colocou as flores no vaso e nós sentamos, todos estavam aqui menos Fernando, tio Marcelo e Caio.

Clara- Como foi no campos Maia.

Eu- Eu gostei muito.

Luis- Quem sabe da próxima eu acordo pra ir junto.

Clara- Da próxima você sonha, anda pra escola.

Luis- Tchau pra todos.

Caio- Bom dia família, vou trabalhar mas volto a tarde pra gente receber as visitas. Disse passando, mas ninguém falou nada.

Eu- Que visita.

Avô- As vezes ou quase nunca os novos vizinhos vêm aqui, mas não ficam muito tempo.

Clara- Eles criam cavalos também e todos de sangue puro.

Isa- Claro são ricos e só querem do melhor.

Estava no quarto colocando uma roupa mais confortável e apresentável, então sai pela cozinha de novo indo pro estábulo, Maciel não estava e tinha aquele tal Henry aqui com mais uns três homens, ele estava escovando meu cavalo que não parava quieto.

Eu- Oie, onde está Maciel.

Henry- Ele foi no banheiro da casa dele, te deram esse cavalo né.

Eu- Sim o nome dele é Lipe. Falo passando a mão em seu rosto.

Henry- Ficou com o cavalo mais rebelde.

Eu- Ele só está agitado.

Começo passar a mão nele até sentir que ficou mais tranquilo, então ele encostou seu rosto no meu, achei tão fofo.

Maciel- Que cena bonita, uma conexão entre seu parceiro e animal é a melhor coisa que se faz. Disse olhando pra gente, eu sorri do jeito dele.

Eu- Vovô disse que eu poderia caminhar com ele, vocês terminaram com ele.

Henry- Já terminei, você quer ajuda pra colocar cela.

Eu- Não, ele pode ficar sem cela mesmo.

Maciel- Vai caminhar com ele.

Eu- Sim.

Maciel- Bom passeio então.

Eu- Trago ele logo. Falo pegando na corda dele.

Maciel- Se precisar de ajuda sabe onde estaremos.

Eu- Está bem. Falo sorrindo do seu jeito e sinto um empurrão do Lipe.

Maciel- Parece que ele também quer andar.

Eu- Já vamos.

Fomos andando pelos campos até chegar no pomar eu peguei uma maçã verde pra ele, Lipe parecia feliz passei por onde ficava a casa dos meus pais, havia um celeiro agora mas foi suficiente para me lembrar de tantas coisas, tirei meus pensamentos quando Lipe me empurrou.

Eu- Você quer passear mais, você é muito bonzinho e especial. Falo lhe abraçando, ele me aperta com a cabeça como se realmente tivesse me abraçando.

Escutei barulho de carro alto, olhei pra estrada uma caminhonete prata vindo, deve ser os vizinhos acredito, lhe dou outra maçã verde então voltamos pro estábulo.

Henry- Foi bom o passeio.

Eu- Sim, olha como ele esta calmo agora.

Henry- Não sei se percebeu senhorita, mas ele só fica calmo com você. Disse recebendo uma rabada e eu dou risada.

Eu- Pode guardar ele pra mim por favor.

Henry- Claro posso. Disse pegando a corda, eu dou um beijo no rosto de Lipe.

Eu- Até depois, eu volto mais tarde.

Maciel- O passeio foi longo, ele realmente gostou de você Maia. Disse olhando da porta, eu vou até ele.

Eu- Ele é um ótimo cavalo, quem chegou.

Maciel- Os vizinhos para conversar com seu avô, talvez eles façam um trato e trouxeram também algumas caixas que seu avô pediu.

Eu- Meu avô comprou coisas deles.

Maciel- Sim um estoque grande, quer olhar.

Eu- Quero por favor.

Maciel- Você vai gostar muito.

Fomos até a caminhonete onde estavam tirando as caixas, quando chegamos perto eram muitos morangos, Maciel pegou uma caixa mostrando pra mim.

Eu- Vovô lembrou.

Maciel- Você é a neta preferida, então ele sempre vai lembrar, pegue alguns.

Eu- Obrigada. Falo pegando três morangos eram grandes e bem vermelhos.

Maciel- Você não mudou nada, só estava escondidinha não é. Disse sorrindo do meu jeito, isso me fez dar risada.

Escutamos barulho de cavalo alto seguida por barulho de batida, então o Lipe aparece correndo em nossa direção agitado.

Maciel- Ótimo, calma garoto. Disse entrando na minha frente, tentando pegar a corda do Lipe enquanto dou alguns passos pra trás.

Sinto uma mão me puxando pra trás e meu avô me chamando, mas a mão era de outra pessoa, ignoro indo até o Lipe tocando em seu rosto até ele se acalmar, ele colocou a cabeça em cima do meu ombro.

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