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C A P ? T U L O 40

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Temos ervas e algumas frutas ressecadas — Pilantra informa ao Cuidadoso. Não é animador, mas também era o esperado. Os machos caçam a gostam de comer ao ar livre, exibindo sua conquista para todos que estivessem próximo o bastante para sentir o cheiro. — Temos mantas, vasilhas, temperos e armas.

Não que o último artefato seria de importância, mas, novamente, Cuidadoso encarou o irmão.

Você não vai usar armas — ele ordenou.

Mandão, por outro lado, não ganhou esse apelido por ser bonzinho. O macho que antes espiava o que acontecia do lado de fora, voltou seu olhar para Cuidadoso.

Até mesmo Pilantra parecia desconfortável e ousou argumentar:

Se virem as armas…

Ele se calou quando Mandão rosnou.

Então Cuidadoso se levantou, em defesa. Ele agradeceu que Dan não estivesse na sala, mesmo que a lógica os forçasse a evitar machucar uns aos outros.

Mas as lâminas de aço hyffthyturiano não poderiam ser facilmente ignoradas. O machado em suas costas não pode ser facilmente ignorado.

Mas Mandão não recuou.

Não é proibido portar armas em uma briga.

Mas é proibido usá-las contra sua alcatéia. Mandão estava bem ciente disso.

Se morrer — Cuidadoso toma a palavra — que seja porque não foi forte o bastante pra lutar e não pela covardia!

Mesmo se Capacho estivesse presente, seu olhar seria o mesmo que Pilantra lançou ao Bhetta. Ninguém iria apoiar caso empenhasse armas. Ninguém iria aceitar.

Somente o Alpha tem esse direito. Apenas ele pode empunhar armas contra seu bando. Todos os demais necessitam de sua permissão.

Dandara precisa diminuir o som — Afirmou Mandão. — Não pode gritar, nem andar, nem respirar quando ficar nervosa.

Embora a conversa com Capacho esteja calma e até baixa, eles ainda conseguiam ouvir a voz da fêmea ecoando suavemente pelos corredores. Os pequenos risos do mais jovem para com ela chegavam a incomodar, mas visto as demais preocupações, ignoravam.

Ela ainda tem vestígios de outras ervas no organismo dela — Cuidadoso argumenta. — Não vou dopá-la.

Não quando Dandara começava lentamente a demonstrar estar mais à vontade sob sua presença. Mas principalmente, ele quer que ela adormeça porque quer dormir.

Um pequeno silêncio se instaura.

Ambos os irmãos sequer desviava o olhar um do outro. Pilantra estava atrás de Cuidadoso com a postura tão rígida que denuncia a tensão no ambiente.

— Que cheiro é esse? — E o faz escutar a voz de Dan, tal como a desculpa furada de Capacho.

Ela está sentido a disputa entre vocês — ele revela, a voz tão confiante quanto seu pouco interesse em desafiar autoridades.

Mas os instintos de Dandara não a enganam quando, por motivos desconhecidos, se sente arrepiada. Se sente tensa e desconfortável.

Pilantra se curva levemente ao recuar para dentro do covil. Por instinto a tiraria dali, levando-a para o fundo e a distraindo.

Você vai ficar!  — O odor pútrido a ser exalado não ficou mais fraco quando Mandão rosnou ao Pilantra.

Os poros da pele do macho se abriram e os pelos se eriçaram sob o braço e a nuca. Ele levantou o olhar ao Bhetta, ligeiramente maior. Os pelos pubianos abaixo do umbigo mais saliente e a íris dos delicadamente maiores.

ACASALAMENTO: Lua CheiaOnde histórias criam vida. Descubra agora