— Café? – perguntou Katie.
— Café. – confirmou Mina, parecendo muito satisfeita consigo mesma. Depois se lembrou de acrescentar: – Por favor.Katie continuou olhando para ela, com toda a paciência. Às vezes, apareciam clientes que faziam um protesto consciente contra o sistema de nomenclatura da dona. Katie sabia como lidar com aquilo.
— Que tipo de café? – questionou ela.
Ela pensou por um momento.
— Café. – insistiu.
— Mas que tipo? – Katie apontou para o cardápio, um gesto que já tinha feito outras tantas vezes. – Somos Cintilantes é nosso café de torra clara, Somos Exuberantes é nosso café de torra escura, Somos Vivazes é…Em algum momento, mais clientes deviam ter aparecido, porque de repente havia uma fila atrás de nós. Ignorando-os, Mina se virou para mim e disse:
— Esses nomes são ridículos.
— Mesmo assim, você precisa pedir alguma coisa.
— Eu nunca bebo café, Chaeyoung. – me lembrou ela, parecendo tão ofendida que tive que morder o interior da bochecha para impedir uma risadinha de escapar. – Talvez não tenha sido uma boa ideia.
— Só escolhe um. – aconselhei. Eu me aproximei dela para que as pessoas na fila não me ouvissem, então sussurrei: – Se não vai beber, pode escolher qualquer coisa. Não é? Você não queria treinar?Ela inclinou a cabeça enquanto pensava a respeito.
— Tem razão. – Mina se virou para Katie. – Quero um… – Ela parou por um momento para olhar o cardápio de novo e fez uma careta. – Quero um Somos Vivazes.
— Um Somos Vivazes. – Katie apertou um botão no caixa. Então, com a paciência que costumava reservar aos clientes de setenta e cinco anos, o que, dadas as circunstâncias, era mais apropriado do que ela se dava conta, perguntou: – Que tamanho? Lua, Supernova ou Galáxia?Foi a gota d’água para ela.
— Reconheço que as palavras que acabou de dizer fazem parte da língua. – replicou ela, parecendo perplexa. – No contexto, no entanto, nada do que você disse faz sentido.
— Mina…
— Um líquido se adapta ao tamanho e à forma do recipiente em que é colocado. Café não tem tamanho.O volume de sua voz estava aumentando. Já havia cinco clientes na fila atrás de nós. Eu me virei e notei alguns cochichando e olhando para Mina.
Era hora de intervir.— O que ela quer saber, Mina, é o tamanho da caneca de café que você quer.
Apontei para o cardápio. Embaixo, havia desenhinhos em giz das canecas pequena, média e grande, ou Lua, Supernova e Galáxia, e o preço de cada uma. Eu havia desenhado as canecas no cardápio em minha primeira semana de trabalho. Tinha sido divertido.
— As bebidas podem vir em canecas de tamanhos diferentes, e você escolhe um dependendo de quanto quer beber. – expliquei. – Cada tamanho tem um nome relacionado ao espaço.
O lindo rosto dela adotou um tom de compreensão.
— Entendi. – Mina olhou para Katie. – Você deveria ter dito isso logo.
Pela primeira vez, a paciência de Katie pareceu fraquejar. Ela olhou para mim e murmurou:
— Você conhece essa mulher?
— Mais ou menos. – admiti, tímida. – Mina, que tamanho de caneca você quer pedir?Ela pareceu refletir sobre a questão com muita seriedade.
— O que as pessoas normais pedem? Eu gostaria de uma caneca desse tamanho.
— Um Somos Vivazes grande, por favor. – soltei antes que Katie pudesse responder. Precisava encerrar aquela conversa o mais rápido possível. – Desculpa, digo, um Somos Vivazes tamanho Galáxia. E eu quero um Somos Empoderados tamanho Lua, com espuma dupla.

VOC? EST? LENDO
Morando com uma Vampira - Michaeng
VampireChaeyoung Son vive para a arte, mas a realidade insiste em atrapalhar seus sonhos. Com as contas acumulando e prestes a ser despejada, ela precisa encontrar um lugar barato para morar - e rápido. Quando descobre um quarto para alugar em uma localiza...
Capítulo 8
Come?ar do início