Desde que aprendeu a andar, Elodie Bennet tinha expectativas impostas a ela, expectativas que todas as jovens tinham. Como a segunda mais velha, ela deveria cuidar das irm?s mais novas e fazer o que lhe fosse pedido sem reclamar.
Isso também si...
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PRIMEIRO UMA MULHER,
DEPOIS UMA FILHA.
Com as irmãs agora fora da sala, a atmosfera ficou opressivamente estranha quando o Sr. Collins se moveu para ficar atrás da minha cadeira. Eu mantive os olhos firmemente na mesa, recusando-me a reconhecê-lo.
Após um breve momento de silêncio, uma mão áspera apareceu ao lado, segurando uma flor roxa murcha — uma erva daninha, reconheci com desdém, que crescia em abundância perto do lago. Enquanto ele empurrava a flor para mais perto, virei a cabeça, lambendo os lábios rachados em uma prece silenciosa. Não, por favor, Deus, não!
"Querida, Srta. Elodie," o Sr. Collins finalmente falou, colocando a flor no meu prato, derrotado, e indo para o lado. Lhe lancei apenas um olhar de soslaio, minha expressão azedando. "Tenho certeza de que minhas intenções foram muito mascaradas para serem enganosas. Quase assim que entrei em casa, escolhi você para ser a companheira da minha vida futura."
Meus dedos agarraram o tecido do vestido com força, minha boca fechada para não soltar a resposta áspera que quase escapou de meus lábios.
O Sr. Collins limpou a garganta, preparando-se para continuar. "Antes que eu me deixe levar pelos meus sentimentos, talvez eu possa dizer minhas razões para me casar—"
Imediatamente engasguei com a palavra que tão veementemente desejava não ouvir e o impedi de continuar seu discurso. "Sr. Collins—"
Mas ele continuou, atrapalhando-se com seu casaco enquanto falava. "Primeiramente, é dever de um clérigo dar um exemplo de matrimônio em sua paróquia. Em segundo lugar, estou convencido de que isso aumentará muito minha felicidade. E em terceiro lugar, é a pedido de minha estimada padroeira Lady Catherine de Bourgh que eu escolho uma esposa."
"Meu objetivo ao vir para Longbourne era escolher uma esposa dentre as filhas do Sr. Bennet." Ele engoliu em seco enquanto seus braços caíam ao lado do corpo. "Eu herdarei esta propriedade, e tal aliança certamente... agradará a todos."
Não conseguia acreditar que aquelas palavras horríveis e cheias de ameaças saíram da boca dele. Em minha mente, ele essencialmente disse que eu tinha apenas duas opções: casar com ele ou perder a casa. Ambas as perspectivas eram igualmente aterrorizantes.
"E agora," o Sr. Collins retomou após uma breve pausa, permitindo que suas palavras fizessem sentido, "nada me resta senão assegurar-lhe, na linguagem mais animada, a violência de minhas afeições..."
Ele caiu de joelhos, fazendo com que eu saltasse do assento e recuasse para a mesa, com as mãos firmemente seguras na borda.
"Sr. Collins," disse firmemente, o horror ainda estampado em meu rosto. Ele olhou para mim, perplexo com minha reação. "Você certamente é muito precipitado. Se você não se importou em notar, eu não lhe dei uma resposta à sua... proposta sincera."
