? ?u sei que n?o posso apagar suas cicatrizes, nem fazer com que parem de surgir mais. Mas se você me permitir, eu quero estar aqui, todos os dias, para te lembrar que elas s?o só parte das coisas que te fazem ser brilhante, ??? ?????. ? ????...
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Quando o primeiro jogo da temporada, Grifinória contra Sonserina, começou a se aproximar, as reuniões da AD foram suspensas porque Angelina insistiu em fazer treinos quase diários.
O fato de que a Copa de Quadribol não se realizava havia tanto tempo aumentava o interesse e a excitação que cercava o próximo jogo; os diretores das Casas das equipes competidoras, embora tentassem disfarçar sob um falso espírito esportivo, estavam decididos a ver o seu próprio time vitorioso.
Harry percebeu o quanto a Profª McGonagall queria derrotar a Sonserina quando ela se absteve de passar dever de casa na semana que antecedeu ao jogo.
──── Acho que no momento já temos muito com que nos ocupar ──── disse com altivez. Ninguém quis acreditar no que estava ouvindo até vê-la olhando diretamente para Harry e Ron, e dizer muito séria: ──── Me acostumei a ver a Taça de Quadribol na minha sala, rapazes, e realmente não quero ser obrigada a entregá-la ao Prof. Snape, então usem o tempo extra para treinar, sim?
Snape não foi um partidário menos óbvio; reservou o campo de quadribol para a Sonserina com tanta frequência que a equipe da Grifinória teve dificuldade em encontrá-lo livre para treinar. Fazia-se também de surdo com relação às muitas queixas de que os alunos da Sonserina estavam tentando azarar os jogadores da Grifinória nos corredores da escola.
Apesar de tudo, Harry se sentia bastante otimista quanto às chances da Grifinória; afinal, nunca haviam perdido para o time de Draco Malfoy antes.
É verdade que a presença de outra Malfoy na equipe poderia ser uma novidade preocupante, mas Harry tinha certeza de que Lilith devia ser tão incompetente quanto o irmão no quadribol.
Lilith, por outro lado, não poderia estar mais focada. Enquanto Harry confiava no histórico da Grifinória e não se matava nos treinos, a garota não havia perdido um único dia de prática. Ela estava em sua melhor forma. Havia tanta coisa em sua cabeça ─ problemas, dúvidas, crises existenciais, o de sempre ─ que treinar até seus músculos implorarem por descanso era a melhor forma de fugir dos próprios pensamentos.
Outubro se despediu com ventos uivantes e chuvas implacáveis, enquanto novembro chegou como uma lâmina de gelo, trazendo geadas espessas e rajadas cortantes que queimavam a pele exposta. A temperatura no castelo despencara tanto que muitos alunos começaram a usar grossas luvas de pele de dragão nos corredores.
No dia do jogo, o frio cortante deixava qualquer um hesitante em sair da cama. Qualquer um, menos Lilith, é claro. Como no dia do teste para o time, ela estava de pé às quatro da manhã. Só que, dessa vez, não estava sozinha.
Com pouco mais de um mês e meio de namoro, Lilith já havia aprendido que, para convencer Lorenzo a fazer algo, bastava pedir com um "por favor" e piscar seus olhos cinzentos. Ainda assim, ao vê-lo de pé tão cedo e enfrentando o frio, sentiu uma pontada de culpa. Por um momento, quase sugeriu que ele voltasse para a cama, mas lembrou-se de que ele poderia descansar depois. No momento, ela precisava treinar.