Predestinado

Vitória Duarte

Acabamos de chegar na festa, o Gabriel grudou na minha cintura, e eu já cumprimentei metade da festa junto com ele.

Sério, é muita pessoa.

Ainda bem que é o Gabriel que conversa, eu apenas digo "oi" e sorrio de uma forma simpática.

E ficamos nessa durante um bom tempo, até cumprimentar todo mundo desse lugar.

Agora eu estou junto com o nosso grupinho, enquanto o Gabriel está em uma rodinha com alguns amigos dele.

Valdemir: esse lugar tá cheio. - ele olha ao redor.

Vitória: está mesmo.

Lindalva: cadê o Gabriel?

Vitória: ele tem que dar um pouco de atenção para os convidados. Daqui a pouco ele vem pra cá.

Jorge: voltei. - ele se aproxima da gente. - estava conversando com o Filipe Luís.

Meu Deus, tadinho do Felipe.

Vitória: pai, o que você falou pra ele?

Jorge: nada. O cara é um ótimo técnico, não tenho motivos pra reclamar.

Respiro aliviada.

Deixar meu pai conversar com o técnico do Flamengo é um perigo. Na cabeça dele, ele entende mais que o cara que estudou pra estar treinando o time.

Gabriel: voltei. - ele passa o braço pelo meu ombro.

O Wesley aparece com uma garrafa de vodka, e o Arrascaeta segura aquele copinhos de dose.

Wesley: vamos virar.

Ele entraga um pra cada um, incluindo nossos pais.

Angélica: gente, eu não vou não. - ela devolve o copo.

Wesley: tia, só hoje. Por favor.

Valdemir: eu também não posso, estou dirigindo.

Gabriel: eu contratei motorista pra levar a gente pra casa. Podem beber.

Amanda: vamos fazer um brinde?

Vitória: vamos.

Wesley: pelo Gabriel!

Todo mundo repete e bebemos a vodka em um só gole.

Dhiovanna: nossa. - ela faz careta. - quero mais.

Daqui pra frente foi só pra trás.

A garrafa de vodka acabou em menos de cinco minutos.

O Gabriel chamou o Matuê pra cantar na festa dele, ele subiu no palco, foi incrível.

Cantei tanto que minha garganta tá ardendo.

Fabinho: Vitória, tô muito bêbado. - ele para do meu lado.