抖阴社区

Capítulo 5

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Quando se percebe que deseja passar o resto da sua vida com alguém, você quer que o resto da sua vida comece assim que for possível.
— Meghan Quinn
•••

Acordar com a respiração quente de Colin contra seu pescoço foi uma das melhores sensações que Penelope já sentira na vida. O peito dele subia e descia em um ritmo lento e tranquilo, e o calor do seu corpo envolvia o dela de uma maneira que parecia feito sob medida.

Ela piscou devagar, aproveitando cada segundo daquele momento precioso. A luz suave da manhã entrava pelas frestas da cortina, iluminando a pele dourada de Colin, que dormia profundamente, com um braço jogado sobre sua cintura, como se até inconscientemente quisesse mantê-la perto.

Penelope sorriu, sentindo o coração aquecido ao perceber que nunca havia acordado assim antes—completamente segura, envolvida por um afeto que não precisava ser dito em palavras. Era como se, ali, nos braços dele, o mundo lá fora não importasse.

Com cuidado para não acordá-lo, ela deslizou os dedos pelo braço dele, sentindo a textura quente de sua pele. Mas, mesmo em sono, Colin reagiu, apertando-a mais contra si e soltando um murmúrio rouco e sonolento.

— Hmm... ainda é cedo, Pen... — ele murmurou contra sua nuca, a voz carregada de sono e carinho.

Ela sorriu, fechando os olhos novamente e se permitindo ficar ali mais um pouco. Se o paraíso existia, Penelope tinha certeza de que se parecia exatamente com aquele instante.

Penelope ficou olhando para Colin, memorizando cada detalhe dele enquanto dormia. O cabelo bagunçado caindo levemente sobre a testa, a barba por fazer que deixava seu rosto ainda mais irresistível, os lábios entreabertos em uma respiração tranquila. Ele parecia tão sereno, tão à vontade ali com ela, como se aquele momento fosse a coisa mais natural do mundo.

E talvez fosse.

Porque, por mais que tentasse racionalizar, nada naquilo parecia errado. Pelo contrário, estar nos braços de Colin era como encontrar um lar que ela nem sabia que procurava.

Com Alfred, ela nunca sentiu isso. Nunca sentiu essa paz, essa sensação de pertencimento, como se finalmente estivesse onde deveria estar. Alfred sempre a fez duvidar de si mesma, sempre a fez sentir que precisava ser mais, fazer mais, provar algo. Com Colin, era diferente. Ele a fazia se sentir suficiente apenas por existir.

Seu peito se apertou ao perceber o que aquilo significava. Ela não podia mais fingir que Colin era só um acaso em sua vida. Porque não era. Ele já estava se tornando muito mais.

Sem resistir, Penelope ergueu a mão e deslizou suavemente os dedos pelo rosto dele. Colin suspirou baixinho e, mesmo dormindo, inclinou o rosto para o toque dela. Como se, mesmo inconsciente, também sentisse que pertenciam um ao outro.

Penelope sorriu suavemente antes de inclinar o rosto e encostar seus lábios nos dele em um selinho demorado. Foi um beijo casto, mas cheio de sentimentos que ela ainda tentava compreender.

Ela sentiu Colin suspirar contra sua boca, como se, mesmo adormecido, reconhecesse aquele toque. Seu coração acelerou. Como ele conseguia fazê-la sentir tanto sem nem ao menos estar acordado?

Quando se afastou, ficou ali, observando-o por mais alguns instantes, sentindo a respiração quente dele contra sua pele. Aquele momento parecia algo saído de um sonho. Um sonho do qual ela não queria acordar.

Penelope tentou se mover com cuidado, afastando-se dos braços quentes que a envolviam. Mas, no instante em que começou a se desprender, sentiu um aperto firme ao redor da cintura.

Wrong Number, Right Fate - PolinOnde histórias criam vida. Descubra agora