Imagines Harry Potter

A noite caiu sobre a Floresta Proibida com uma rapidez que até assustava. O clima já estava denso antes mesmo da Lua aparecer no céu. Sentia uma mistura de tensão e empolgação. Estávamos ali, eu e os outros Marotos, prontos para nos transformar em nossos respectivos animais e fazer companhia a Remus enquanto ele enfrentava sua transformação de lobisomem.

A gente já sabia como tudo funcionava. Cada mês era mais ou menos a mesma coisa: nós, os "espertinhos", nos transformávamos para garantir que o Remus não ficasse sozinho durante o processo. Não era fácil, mas sempre dava certo... até que, bem, nem tudo sempre ia de acordo com o plano.

- Beleza, vamos logo com isso antes que a Lua venha e a gente vire estátua de pedra - falei, com aquele tom travesso de sempre.

James, com aquele sorriso de "não tem nada que a gente não possa dar conta", já começava a se transformar.

- Relaxa, S/n, é só mais uma noite de trabalho. Já tá na nossa rotina!

- É, rotina de pura maluquice - murmurei, olhando pra ele, que já estava começando a se tornar um enorme veado. - Não sei como você aguenta ser isso, parece até mais fácil ser um cachorro pequeno e fofinho, tipo eu.

- E você? Como vai a transformação de cachorro peludo, hein? - James riu de leve, brincando com meu pequeno estado de ansiedade. - Acho que o Remus vai gostar de uma companhia peluda e fofinha.

- Em primeiro lugar.. não é um cachorro me transformo em uma Loba tá bom - Digo olhando fixamente para ele

- Que seja, mas é peludinha e fofinha mesmo assim - Agora Sirius fala

Logo Sirius já estava transformado em um grande cão negro, sentindo a energia pulsando na floresta, acenei pra ele, enquanto Peter, já com seu formato de rato, deu uma risadinha. Ele sempre foi o mais empolgado com essas transformações.

- Se alguém perguntar, é a lua cheia que deixa a gente com mais energia ou é só a sensação de poder que a transformação nos dá? - Peter perguntou, apertando os bigodes como um ratinho travesso.

- Poder, sim - murmurei, já me transformando em um cachorrinho peludo, um pouquinho mais baixinho que o normal. - Agora, vamos logo fazer o que a gente veio fazer. O Remus já deve estar na fase mais difícil.

E não demorou muito para que a Lua cheia finalmente se erguesse. A transformação de Remus já estava em andamento. Ele uivava e se retorcia, mas eu sabia que, se ele visse a gente ali, ao lado dele, a coisa ficaria um pouco mais tranquila. Então, seguimos em silêncio pela floresta, os quatro animais acompanhando o nosso amigo enquanto ele lidava com o lobisomem dentro dele.

Ouvimos um outro uivo, agora mais perto. Remus já estava no estágio mais avançado de sua transformação, e a tensão no ar era palpável. Ele sempre começava a se contorcer de uma forma que dava calafrios, e eu sabia que aquilo não era fácil para ele. Mas, ao mesmo tempo, não podíamos deixar que ele passasse por aquilo sozinho. Não era só uma questão de amizade, era uma promessa.

Sirius, com seu instinto de cão negro, farejou o ar, seus olhos brilhando na escuridão.

- Acho que estamos chegando perto - ele disse, já com a voz mais baixa, mais grave, característica de seu formato de cachorro.

Peter, como rato, estava inquieto, como sempre ficava quando o clima ficava mais tenso.

- A gente tem que ficar perto dele, sabe? Vai que ele fica... sei lá, mais agressivo? - perguntou, sua voz abafada pelos bigodes.

- Fica tranquilo, Peter - falei, ainda me sentindo um pouco estranha no formato de loba, mas confiante. - Se ele ficar descontrolado, estamos todos prontos para ajudar. E lembra que a gente sempre faz isso juntos, né? Isso ajuda.