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Capítulo 21: Nunca gerar provas.

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Não tive vontade nenhuma de sair de casa no sábado, repassando aquela lista 50 vezes, tentando decidir qual outra coisa poderia fazer, enquanto tentava imaginar o que Savannah poderia já ter feito. Apostava muito que ela estaria se remoendo por dentro pensando em precisar passar alguma vergonha.

Eu estava tentando decidir sobre isso também, mas ainda não tinha chegado a nenhuma conclusão. Michael e Josh tinham me mandado mensagem falando que tinham uma ideia pra isso, mas nenhum dos dois quis me dizer que ideia era, além de afirmarem que era melhor se fosse surpresa.

—Oi, Petúnia. —Sussurrei, deixando a gatinha vir pra cima do meu colo na cama, ronronando quando passei o dedo embaixo da garganta dela. Abri um sorriso, antes de escutar uma batida na porta. —Pode entrar.

—Oi. —Minha mãe abriu um pouco a porta, se escorando no batente e olhando diretamente para as fotos na minha frente, com Gavin, Adam, Taylor, Hazel e Wyatt. —Adam me falou que vocês estavam aprontando alguma coisa. Acho que a foto com o Gavin explica você chegando de carona com o Antony.

—Papai é muito fofoqueiro. —Afirmei, e ela riu, porque óbvio que ela só sabia daquilo porque meu pai tinha contado pra ela.

—É, mas ele não sabe que quem te trouxe em casa ontem foi o Grayson. —Retrucou, e eu fingi que estava muito ocupada passando a mão em Petúnia, porque ela não parava de ronronar pra mim. —Isso tem a ver com a ex do seu irmão? Mason me disse que vocês não são mais amigas.

—Ela acha que eu fiz o Mason terminar com ela. —Expliquei, e minha mãe respirou fundo, erguendo a mão pra esfregar a testa. —Eu não fiz nada, mãe. Ela era minha amiga. Ela foi minha amiga antes de ser namorada do meu irmão.

—Eu sei, meu anjo. E eu acredito que você não tenha influência nenhuma no que aconteceu entre eles. —Minha mãe entrou no quarto e fechou a porta, vindo se sentar na cama perto de mim. —Eu conheço muito bem os meus dois filhos. Eu sei que o Mason não estava mais na mesma sintonia que ela. —Ela pegou minha foto com Adam e abriu um sorriso, passando o dedo sobre o rosto do irmão. —Nos duas somos as irmãs mais velhas das nossas famílias, Char. Eu sempre tentei proteger o Adam e eu sei que você faz o mesmo com o seu irmão.

—Bem, isso tem a ver com ela. Mas não é nada demais. —Afirmei, apontando para as fotos, antes de balançar a cabeça. —É só uma coisa super idiota.

—Então eu não preciso me preocupar? —Questionou, e eu balancei a cabeça que não, mesmo que tivesse certeza de que ela iria ficar de olho. —O pai dela veio conversar com o seu pai.

—Sério? —Soltei, surpresa, e minha mãe assentiu. Meu pai era advogado, assim como deu avó, Peter e Caleb. E eles trabalhavam no mesmo escritório de advocacia que o pai da Savannah. —O que ele queria?

—Só queria saber se o seu pai já estava sabendo e o que ele achava. Ele disse que a Savannah estava muito triste. —Fiz uma careta, porque ela não parecia triste, ela parecia com vontade de passar por cima da minha família toda pra ficar com meu irmão. —Só me avise se alguma coisa sair errada, Char. Você é só a irmã mais velha. Mas eu sou a mãe dele. Sou eu que tenho que me preocupar e cuidar e vocês dois.

—Tudo bem. —Sussurrei, abrindo um sorriso, antes de me inclinar na direção dela. Minha mãe me deu um beijo na testa e me abraçou apertado, fazendo cafuné na minha cabeça.

[...]

Eu tinha feito outra lista com a foto que tinha, já que não fazia ideia de onde havia ido parar a outra. Tinha certeza que alguém tinha roubado ela, mas também não fazia sentido nenhum alguém a pegar. E Savannah não demonstrou nenhum sinal de que poderia ter sido ela, o que era bem estranhos.

De qualquer forma, eu já tinha organizado a lista do mais fácil ao mais difícil. E meu irmão fez o favor de escolher o item pelo qual iríamos começar, fazer uma pegadinha com um professor do colégio. Não tinha certeza se ele tinha noção do quão perigoso aquilo era, mas acho que ele apenas não se importava, porque ele disse que iríamos fazer isso com o treinador.

—Ainda acho que é uma péssima ideia! —Afirmei, enquanto nos nós esgueirávamos pelo jardim da casa do treinador. Era sábado à noite, e pelas luzes acesas da varanda, deixava claro que ele estava em casa.

—E vamos escolher quem no lugar dele? —Michael parou atrás de uma roseira, se virando pra me encarar. —Tem algum professor em mente?

—Não, mas pode dar merda pra todo mundo aqui se ele nos pegar. Principalmente pra você e pro Mason! —Sussurrei, e ele balançou a cabeça negativamente, como se ele simplesmente não se importasse.

—Você podia me ajudar aqui. —Soltei, cutucando Charlie, que estava do meu lado. Ela fez uma careta, como se isso não fosse obrigação dela.

—Você se meteu nisso. Já estou fazendo muito vindo ajudar. —Afirmou, e meu queixo caiu, porque caramba, eles não estavam facilitando pra mim.

—Ah, vai ser engraçado pelo menos. —Bella sussurrou, e eu fechei meus olhos com força, incrédula. Mas tudo bem, eu não era do tipo que dava para trás. Se eles queriam que fosse o treinador, então seria ele.

—Ok, mas precisamos ser rápidos. Josh, não perde isso. Não vamos ter duas chances. —Falei, e ele ergueu a câmera, abrindo um sorrisinho, como se já estivesse pronto. —Me dá aqui.

Mason jogou a chave reserva do carro pra mim, que ele havia pegado das coisas do treinador durante o último treino. Enzo, Michael e Charlie já estava segurando as caixas e nos quatro disparamos em direção ao carro na entrada da garagem. Destravei as portas, antes que ele disparasse e avisasse que estávamos ali.

Bella precisava ficar de olho na rua e Mason na casa, enquanto Josh se certificava de que teríamos provas do que estávamos fazendo. Uma coisa que nós sempre tivemos certeza, nunca gerar provas contra nós mesmos. E agora estávamos fazendo isso, o que era um risco enorme. Se alguém soubesse, estávamos mortos.

Começamos a jogar todo papel higiênico dentro do carro, atrás dos bancos, no bando da frente, e em qualquer lugar que coubesse. Tentamos fazer isso o mais rápido possível, antes que alguém aparecesse. Michael pegou um dos rolos, colocando-o em cima do carro, antes de fecharmos as portas e corrermos de volta para os arbustos quando Bella assobiou, porquê significava que alguém estava vindo.

—As caixas. Cuidado. —Falei, porque Charlie quase deixou a dela cair pra trás. Joguei a chave de volta para Mason, levando um susto quando o alarme do carro disparou do nada.

—Eu queria pegar a reação dele! —Josh resmungou, mas Mason já havia o agarrado pela jaqueta quando saímos correndo pela rua, no momento que a porta da casa se abriu e o treinador apareceu.


Continua...

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