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O vôo do Cisne

By JosephCastelle

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Renan Donatello é um promissor bailarino, que dedica todo tempo na carreira, até que conhece um bombeiro que... More

Personagens
Parte I - Encontros e desencontros: Capítulo I
Capítulo II
Capítulo III
Capítulo IV
Capítulo V
Capítulo VI
Capítulo VII
Capítulo VIII
Capítulo IX
Capítulo X
Capítulo XI
Capítulo XII
Capítulo XIII
Capítulo XIV
Capítulo XV
Capítulo XVI
Capítulo XVII
Capítulo XVIII
Capítulo XIX
Capítulo XXI
Capítulo XXII
Capítulo XXIII
Capítulo XXIV
Capítulo XXV
Capítulo XXVI
Capítulo XXVII
Capítulo XXVIII
Capítulo XXIX
Capítulo XXX
Capítulo XXXI
Capítulo XXXII
Capítulo XXXIII
Capítulo XXXIV
Capítulo XXXV
Capítulo XXXVI
Capítulo XXXVII
Capítulo XXXVIII
Capítulo XXXIX
Capítulo XL
Capítulo XLI
Capítulo XLII
Capítulo XLIII
Capítulo XLIV
Capítulo XLV
Capítulo XLVI
Capítulo XLVII
Capítulo XLVIII
Capítulo XLIX
Capítulo L
Parte II - Mistério do Amor: Capítulo LI
Capítulo LII
Capítulo LIII
Capítulo LIV
Capítulo LV
Capítulo LVI
Capítulo LVII
Capítulo LVIII
Capítulo LIX
Capítulo LX
Capítulo LXI
Capítulo LXII
Capítulo LXIII
Capítulo LXIV
Capítulo LXV
Capítulo LXVI
Capítulo LXVII
Capítulo LXVIII
Capítulo LXIX
Capítulo LXX
Capítulo LXXI
Capítulo LXXII
Capítulo LXXIII
Capítulo LXXIV
Capítulo LXXV
Capítulo LXXVI
Capítulo LXXVII
Capítulo LXXVIII
Capítulo LXXIX
Capítulo LXXX
Capítulo LXXXI
Capítulo LXXXII
Capítulo LXXXIII
Capítulo LXXXIV
Capítulo LXXXV
Capítulo LXXXVI
Capítulo LXXXVII
Capítulo LXXXVIII
Capítulo LXXXIX
Capítulo XC
Capítulo XCI
Capítulo XCII
Capítulo XCIII
Capítulo XCIV
Capítulo XCV
Capítulo XCVI
Capítulo XCVII
Capítulo XCVIII
Capítulo XCIX
Capítulo C
Parte III - Queria que estivesse aqui: Capítulo CI
Capítulo CII
Capítulo CIII
Capítulo CIV
Capítulo CV
Capítulo CVI
Capítulo CVII
Capítulo CVIII
Capítulo CIX
Capítulo CX
Capítulo CXI
Capítulo CXII
Capítulo CXIII
Capítulo CXIV
Capítulo CXV
Capítulo CXVI
Capítulo CXVII
Capítulo CXVIII
Capítulo CXIX
Capítulo CXX
Capítulo CXXI
Capítulo CXXII
Capítulo CXXIII
Capítulo CXXIV
Capítulo CXXV
Capítulo CXXVI
Capítulo CXXVII
Capítulo CXXVIII
Capítulo CXXIX
Capítulo CXXX
Capítulo CXXXI
Capítulo CXXXII
Capítulo CXXXIII
Capítulo CXXXIV
Capítulo CXXXV
Capítulo CXXXVI
Capítulo CXXXVII
Capítulo CXXXVIII
Capítulo CXXXIX
Capítulo CXL
Capítulo CXLI
Capítulo CXLII
Capítulo CXLIII
Capítulo CXLIV
Capítulo CXLV
Capítulo CXLVI
Capítulo CXLVII
Capítulo CXLVIII
Capítulo CXLIX
Capítulo CL - O grande final
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Capítulo XX

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By JosephCastelle


                              (Heitor)

  Haviam se passado dias desde o que aconteceu entre Renan e eu. E desde daquele dia eu não o vi mas, primeiro notei sua ausência na academia, da qual deixou de frequentar. Ainda o esperei na porta do seu prédio, mas ele nunca chegava. Ao que parece ele tinha me excluído de sua vida, e queria se esquecer de mim.

  Era tudo tão estranho, afinal agora sinto que isso me causava uma profunda agonia. Esses dias não foram fáceis, minha avó e o Adamastor se viam com frequência, o trabalho estava consumindo demais de minhas energias.

  Faz algum tempo, que venho me planejando para começar a estudar, sempre sonhei em cursar direito, nunca pude antes, mas agora posso. Agora não vejo motivo para não fazer isso acontecer. Salvar vidas é legal, mas é muito cansativo.

  Eu estava em um daqueles momentos em que nada fazia sentido, eu olhava para todos os lados e tudo parecia monótono melancólico e sem graça. Eu não conseguia parar nem um segundo de pensar no bailarino. Ainda podia ouvir seu gemido baixinho no meu ouvido.

  Onze dias, há onze dias não nos falávamos. Nem nos víamos. Muito tempo, muito tempo mesmo. Até que finalmente o vi, eu estava sentado em uma lanchonete, em uma daquela que os acentos ficam na calçada, quando ele passou e me viu. Pensei que me ignoraria, mas isso não aconteceu.

  — Oi —. Falou sorrindo

  — Oi —. Respondo.

  — Posso me sentar? —.

  — Pode.—.

  — Coincidência? —.

  — Talvez, ou quem sabe você estava me seguindo —. Brinco com ele.

  — Haha, nem morto, o que está fazendo aqui? Não deveria estar trabalhando? —.

  — Pois é, estou de folga —.

  — Hum —.

  — E você? —.

  — Estava indo comprar uma mala —.

  — Vai viajar? —.

  — Vou, depois de amanhã, para Manaus —. Explicou, fiquei preocupado pensando em quanto tempo ele passaria longe.

  — Saiu da academia? —.

  — Pois é, com essa peça nova, agora tenho que me dedicar bastante aos ensaios, sem falar que não posso forçar demais meus músculos como eu estava fazendo —.

  — Por isso não te vejo por lá —.

  — Sentiu minha falta? —. Perguntou com um sorriso bobo no rosto, tirando sarro da minha cara.

  — Por que eu sentiria? —

  — Não sei, talvez pelo fato de que há alguns dias termos transado —. Fico em silêncio por um tempo, apenas observando a forma como ele batia seus dedos na mesa.

  — Você gostou? —. Indaguei.

  — Uhum —.

  — Que bom, eu também —.

  — O que são esses papéis? —. Perguntou pelos papéis que viu sob a mesa.

  — Umas coisas minhas —.

  — Não quer me contar? Você ama um mistério não é?—.

  — Coisas de uma faculdade que pretendo fazer —.

  — Que curso? —.

  — Direito —.

  — Você tem cara de advogado, ou talvez de juiz —.

  — E você de bailarino —.

  — Bem, sei que não posso fazer muita coisa por você, mas te desejo boa sorte —.

  — Obrigado —.

  Ficamos em silêncio por um tempo, Renan estava bonito, com uma camisa Polo amarela, o cabelo jogado para trás. Mas agora ele usava um óculos.

  — Quanto tempo vai passar fora? —.

  — Uma semana, e nada mais —. Ele disse e logo em seguida tocou minha mão. Olho para aquilo um pouco surpreso.

  — Que foi? —. Pergunto e sorrio.

  — Nada, só estou lembrando da sua pele —. Eu estava feliz por vê-lo novamente depois de tantos dias, mas infelizmente hoje eu estava ocupado.

  — Acho que tenho que ir —. Olhei no relógio e vi que estava quase na hora da Universidade abrir.

  — Vai bater em retirada? —.

  — Até parece, acha que me assusta? —.

  — Um pouco —.

  — Depois nos falamos, tudo bem? —. Infelizmente eu tinha mesmo que sair.

  — Me dá seu número, cara medroso —.
O bom daquela conversa, é que soube que ele não estava tentando fugir de mim, apenas estava ocupado com o ballet.

  — Te vejo por aí  —.

                            (Renan)

  — Não, não, você está fazendo tudo errado, saia da academia — Minha mãe falava enquanto me servia um pouco de chá — Você tem que fazer exercícios leves, caminhadas e nada mais —.

  — Por isso que ultimamente me sinto um pouco cansado —. Eu a visitava com pouco frequência, geralmente porque nessas visitas ela sempre me dava um sermão.

  Lembre do Heitor, vestindo aquela blusa listrada com uma jaqueta marrom. Ele estava tão bonito.

  — Pensando no quê? —.

  — Na minha ida a Manaus —.

  — Não vai pensar demais, tem que ensaiar pra agradar o pessoal do ballet —. Ela continuou falando por um dois minutos, eu fingia que ouvia, mas pensava no Heitor. Ao que parece, o ballet não era mais o objeto central da minha mente. Pois durante horas do meu dia eu pensava naquele bombeiro.

  Nosso breve encontro naquele café, só me fez pensar e pensar ainda mais, pude agita saber um pouco mais sobre ele. Seu objetivo era cursar direito, algo tão inesperado quanto o que aconteceu entre nós.

   Nesses próximos dias, nossos encontros seriam quase impossíveis, já que ambos éramos ocupados. E creio que depois que ele entrasse nessa faculdade tudo seria ainda pior.

  Agora eu tinha seu número, era apenas mandar uma mensagem, que ele certamente responderia. Só me faltava coragem.

  Pode parecer bobagem mas não é fácil agir normalmente perto daquele bombeiro. Somente aquele seu olhar já era suficiente para me desconcertar.

  Mais tarde fui para o ballet, ensaiei um pouco, foi difícil se concentrar com ele invadindo minha mente constantemente. Mas nada que tenha me prejudicado. Eu sabia muito bem conviver com isso.

  Eu o conhecia a pouco mais de um mês, e mesmo assim não consigo mais tirá-lo da minha cabeça, foi como uma doença incurável. Desde a primeira vez que o vi me encantei, mesmo enfurecido por ele ter me derrubado.

  Seria ele a pessoa a quem eu deveria entregar meu coração? Como em todas aquelas histórias absurdas de amor, daqueles livros que leio. Confesso que nossa transa foi a maior aventura que fiz na minha vida. E também a mais prazerosa.

Enfim algumas coisas apenas o tempo pode responder, e somente com tempo para algumas coisas acontecerem.

CONTINUA NO PRÓXIMO CAPÍTULO.

                              

 

 

 

 

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