Meu ?nico Amor (1) ?? (Em Revis?o)

Oi leitores! Sejam bem-vindos a mais um capítulo! 🤗

Espero que gostem! 😉
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Uma vez alguém especial me ensinou, que um simples abraço cura as maiores mágoas que podem existir no coração. E esse alguém foi o meu avô Olavo. Nas poucas lembranças que tenho dele, esse ensinamento eu nunca esqueci. Meu avô sempre sabia o que dizer na hora certa, infelizmente esse foi um dom, o qual eu não herdei.

Após alguns minutos abraçada ao Lucca, as minhas lágrimas pararam de escorrer e secaram nas minhas bochechas. Permaneci do mesmo jeito que estava, ele continuava quieto e apenas passava a mão em meu cabelo. Me afastei, quando senti meu braço ficar dormente.

Nós rimos.

-- Se sente melhor agora? -- ele pergunta.

Eu apenas balancei a cabeça afirmando. Realmente, eu já me sentia melhor.

-- Tem certeza? Saiba que o meu ombro amigo sempre vai estar disponível para você. -- ele completou abrindo os braços e sorrindo.

-- Tenho sim. De verdade, muito obrigada Lucca. -- respondo o abraçando novamente.

Passo as costas das minhas mãos em meu rosto ao me sentar na cama. Lucca caminhou pelo quarto observando meu mural e as decorações que estavam por perto, como o pianinho que ele me deu. Ele arqueou a sobrancelha quando notou que faltava algumas fotos.
Sem tirar os olhos do mural ele me perguntou:

-- Você quer me contar agora o que aconteceu?

-- Sim -- respondo com toda certeza -- Mas antes, lhe peço desculpas por ter escondido isso de você. -- dou um suspiro -- Sei que tinha prometido que não ia esconder mais nada, mas é que...-- ele me interrompeu e se sentou ao meu lado.

-- Tudo bem May, eu já sabia que você e o Gustavo estavam tendo alguma coisa. -- imediatamente o olhei surpresa.

Como ele sabia?

Certo que não sou a melhor pessoa quando o assunto é ser "Discreta", mas durante essas últimas semanas, Gustavo e eu éramos muito cuidadosos para que o Lucca não nos descobrisse.

Eu estava boquiaberta e um pouco angustiada, pelo Lucca ter descoberto antes que eu pudesse contar.

-- L-Lucca eu posso explicar.

-- Não precisa May. Eu não estou chateado. -- ele deu um sorriso sereno.

-- M-Mas, como você ficou sabendo? -- gaguejei ao perguntar.

-- Bom, que você tem um sentimento por ele e vice-versa, disso eu já sabia desde o dia que você o apresentou para mim -- ele se levanta novamente e caminha até à varanda -- Sem contar, que eu notei o olhar de vocês na festa e também a aproximação que tiveram enquanto estávamos brigados.

-- L-Lucca eu não sei o que dizer -- digo me sentindo culpada.

-- May não precisa ficar assim, de verdade -- ele se aproxima -- Eu sei, que você tá estranhando a maneira qual estou agindo, mas é que durante esse tempo que ficamos afastados. Eu pensei melhor e percebi que o "amor" que sentia por você não era paixão e sim apenas um carinho diferente, como o de irmãos. Eu estava confuso comigo mesmo.

Por um momento, senti um alívio.

Lucca tinha amadurecido bastante, e eu ainda não tinha me dado conta dessa mudança. Ele não era mais aquele garoto que tinha se mudado do seu país de origem, só para ficar perto de mim. Pelo contrário, ele era um jovem que só quer terminar sua faculdade, curtir com a sua banda, realizar os seus sonhos e poder encontrar um grande amor o qual saiba retribuir o seu sentimento.