Unexpected Love ? Polin

Nota da autora:

Olá, queridos leitores.

Espero que estejam todos bem. Gostaria de compartilhar uma pequena observação sobre este capítulo. É possível que alguns de vocês não encontrem o conteúdo conforme suas expectativas. Enquanto escrevia, o fluxo dos meus pensamentos levou a uma direção que não havia sido planejada inicialmente. A composição das próximas linhas surgiu de forma bastante natural e espontânea.

Agradeço profundamente a cada um de vocês por sua compreensão e por fazerem parte desta jornada. Seu apoio e feedback são sempre valiosos para mim.

Com amor,  Clarissa.

•••

Penélope leu e releu as palavras de Colin, sentindo o coração bater descompassado em seu peito. Ela sempre guardou aquela memória com carinho, o dia em que seu destino se entrelaçou ao dele, ainda que de maneira desastrosa. Jamais poderia imaginar que ele também tivesse sentido algo em relação a ela naquela ocasião. A revelação era ao mesmo tempo estarrecedora e reconfortante.

Ela se recordava vividamente da própria vergonha e constrangimento, dos risos abafados ao vê-lo coberto de lama, e da admiração ao testemunhar a leveza com que ele rira e lidara com a situação. Desde aquele dia, seu amor por Colin só cresceu, silencioso e profundo, como raízes que se espalhavam secretamente sob seu coração, enredando-se em cada batida.

Agora, saber que ele não havia se aproximado por achar impróprio mostrar interesse por uma garota cinco anos mais nova era quase doloroso. Quão diferente poderia ter sido sua história se não fosse por aquela barreira invisível? Penélope suspirou, encarando o diário com uma mistura de carinho e admiração.

Ela olhou para Colin, que estava sentado ao seu lado, o rosto dele iluminado por uma expressão de curiosidade. Os olhos dela se suavizaram, transbordando os sentimentos que há tanto tempo guardava.

— Colin, — ela começou, a voz baixa e carregada de emoção, — nunca imaginei que você tivesse sentido algo por mim desde aquele dia. Para mim, foi o início de um amor que jamais pensei ser correspondido.

Colin a olhou intensamente, suas próprias emoções à flor da pele.

— Pen, eu... eu não sabia. Não até agora.

Penélope sorriu, sentindo-se mais próxima dele do que nunca. A revelação trouxe uma nova dimensão à sua relação, uma esperança de que, talvez, o amor que ela nutriu por tanto tempo pudesse, finalmente, ser correspondido e florescer à luz do dia.

Eles se aproximaram como imãs, como se alguma força invisível os atraísse irresistivelmente. Seus olhos se encontraram, e o mundo ao redor pareceu desvanecer. Os lábios ficaram a uma curta distância, quase se tocando, e ela podia sentir o calor de sua respiração, a promessa de um beijo tão próximo que fazia seu coração acelerar.

— Estamos aqui — Hyacinth os lembrou, chamando a atenção, rindo com Felicity. — Comportem-se.

— Maldição — Colin sussurrou, olhando para Penélope, que tentava sufocar uma risada. — Precisamos nos casar o mais rápido possível — acrescentou com um sorriso, o brilho malicioso nos olhos suavizado pela paixão evidente.

— Ansioso? — Penélope perguntou, seus olhos brilhavam, a voz carregada de uma doçura quase palpável.

— Nem imagina o quanto — ele respondeu, afagando a mão dela com ternura. — Você pode continuar a ler, se quiser — disse, encorajando-a.

Penélope o encarou feliz, a curiosidade iluminando seus olhos com um brilho de antecipação. Com um gesto delicado, ela virou a página do diário e se surpreendeu ao encontrar mais um texto sobre ela.