抖阴社区

|13| unusual dawn

Come?ar do início
                                    

— Que susto, porra! – esbravejei.

Ele deu um muxoxo, e sabia que me olhava de soslaio porque já conhecia sua cara de ranço. Iluminação se fazia desnecessária para tal.

— Que susto digo eu, tá fazendo o quê parado feito um fantasma no corredor vazio?

Pôs as mãos na cintura.

Já eu, não sabia nem o que responder, porque de fato não sabia qual era o plano. Subi porque o canalha pediu.

— O hall está um caos – foi tudo que respondi.

Fizemos silêncio, ao que novos sons de tiro chegaram aos nossos ouvidos de forma muito mais estridente. Era como se os estalos ecoassem por dentro da casa, em vez de somente na porta.

Sunny foi quem gritou, se agarrando a mim de forma brusca. Me assustei com o ato.

— Ai, seu medroso! – falei ríspido, livrando pelo menos os braços de seu enlaço.

Ficamos grudados por pelo menos alguns minutos até os sons darem uma pausa.

Me desvencilhei, ao que o fofoqueiro se encolheu todo.

— O que tá acontecendo, Honey? – ele perguntou.

Dei de ombros.

— Não sei, mas está estranho pra cacete…

Porque realmente era estranho. Até demais.

— E por que você tá aqui no segundo andar? – mesmo na escuridão, pude percebê-lo com o cenho franzido.

Droga

Eu precisava ir até o meu quarto, pelo menos buscar o celular. Contudo, o receio falava bem alto.

— Mal enxerguei para subir até aqui, Sunny – sussurrei e ele não retrucou, mas a expressão desconfiada era presente. — Você estava atendendo?

Ele negou.

— O cliente saiu assim que ouviu os disparos, e foi assim que subimos – me explicou.

E como por coincidência, os estalos recomeçaram. Sunny se colou em mim pela segunda vez.

Eu mereço…

— Melhor sairmos daqui, medroso – falei.

Ele assentiu, todo trêmulo.

Mas foi firme ao abrir aquela boca grande para sussurrar o melhor que poderia sugerir naquele momento: — Vamos para o meu quarto.

·•·

Estávamos a um tempo considerável ouvindo o alvoroço ao lado de fora, e vimos pela janela que a rua estava aparentemente vazia.

Porém, os estalos eram frequentes – com uma curta duração entre pausas mais longas.

Sunny andava de um lado a outro, impaciente e quase roendo as unhas, enquanto eu ocupava o estofado da poltrona com ambas pernas junto do tronco.

Eu estava apreensivo como ele, porém dois agitados não ajudariam em nada.

— Por que não senta, hein? Tá me dando nos nervos – bufei.

Sunny só fez parar na minha frente, com ambas mãos na cintura.

— Não venha achando que vai mandar no que faço dentro do meu quarto, metido – me olhava afiado de cima, e eu ergui as sobrancelhas. — Você é o queridinho lá fora, mas pra mim-

Foi interrompido pelo som de novos disparos, e só abriu mão daquela pose de ganso briguento ao vir correndo na minha direção, quase saltando no meu colo.

?QUARTO 32 | (jikook).Onde histórias criam vida. Descubra agora