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Cap 3: Fora da zona de conforto

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Cap 3: Fora da zona de conforto

Samantha estava diante do espelho do banheiro, seu reflexo trêmulo e pálido. As mãos firmemente apoiadas na pia, os dedos apertando a borda fria de porcelana. Sua respiração estava pesada, descompassada, como se o ar ao redor estivesse rarefeito.

Ela inclinou-se ligeiramente para frente e jogou um punhado de água fria no rosto, sentindo as gotas escorrerem por sua pele. O impacto gelado a fez estremecer, mas não aliviou aquela sensação estranha que tomava conta de seu corpo. Era como se algo dentro dela estivesse se revirando, tentando sair, tentando se manifestar.

Seus olhos voltaram para o espelho, e ela viu seu próprio reflexo—mas não parecia apenas ela. A sombra daquela revelação ainda pairava sobre sua mente. O garoto de seus sonhos... ele era real. Ele estava bem ali, de carne e osso, falando com ela como se nada fosse diferente. Como se ela não o visse morrer todas as noites em sua mente.

Isso apenas confirmava o que, no fundo, Samantha já temia: aqueles não eram apenas sonhos. Eram avisos, presságios. Algo em Hawkins a chamava, puxava-a para dentro como se ela já fizesse parte desse lugar muito antes de sequer voltar para cá.

E, cada vez mais, parecia claro que esse chamado não era para o lado bom.

Ela fechou os olhos, tentando afastar os pensamentos, tentando se concentrar apenas no momento presente. Mas, de repente, tudo ao seu redor ficou em silêncio absoluto.

Nenhum som da escola. Nenhum barulho de passos nos corredores. Nem mesmo o zumbido fraco das lâmpadas fluorescentes.

Samantha abriu os olhos.

Seu coração parou.

O banheiro não era mais o mesmo.

O espelho estava quebrado, rachaduras se espalhando pelo vidro como se estivessem lá há anos. As pias estavam desgastadas, sujas, algumas completamente destruídas. As portas das cabines estavam podres, algumas pendendo apenas por uma dobradiça enferrujada. Tudo parecia ter sido abandonado há décadas.

E a neblina branca rastejava pelo chão, sinuosa, viva, infiltrando-se pelo ambiente como um predador à espreita.

Seu peito subia e descia rapidamente.

"Não... não de novo..."

Ela fechou os olhos e pressionou as mãos contra os ouvidos, tentando bloquear tudo aquilo. Sua voz saiu como um sussurro desesperado:

— Não... não... vai embora...

Mas nada desapareceu.

Um arrepio percorreu sua espinha quando ouviu o sussurro frio e distante.

— Você tem um destino programado... e não pode sair dele.

Samantha apertou ainda mais as mãos contra os ouvidos, seu corpo tremendo. Seu coração batia contra suas costelas com força, quase doloroso.

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