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Samantha Clowther viveu a maior parte de sua inf?ncia trancafiada no Laboratório de Hawkins, submetida a experimentos cruéis que exploravam suas habilidades psíquicas. Um dia, durante um incidente caótico, ela conseguiu fugir, mas o pre?o d...
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Cap 4:Desconfianças
Samantha descia as escadas com a mochila já apoiada nos ombros, sentindo o peso não apenas do material escolar, mas também da falta de entusiasmo para aquele dia. O cheiro de café recém-passado e torradas quentes invadia o ambiente, e seus pais já estavam sentados à mesa, esperando-a para o café da manhã.
Elizabeth, com uma xícara entre as mãos, olhou para a filha com um sorriso leve antes de perguntar:
— E então, filha, já sabe do que vai se fantasiar?
Ela levou a xícara aos lábios, soprando o vapor quente antes de tomar um gole.
Samantha puxou a cadeira e se sentou sem muita pressa, apoiando os cotovelos na mesa.
— Não acha que estou velha demais para pedir doces por aí, mãe? Eu já tenho 17 anos.
Christopher abaixou o jornal que lia, esboçando um sorriso nostálgico.
— Pra mim, continua sendo nossa criança.
Samantha abaixou os olhos para a mesa, seu rosto assumindo uma expressão mais fechada.
— Como se tivessem me visto criança... — murmurou quase inaudível, girando distraidamente a colher dentro da xícara.
— Disse alguma coisa, querida? — Elizabeth ergueu o olhar, arqueando uma sobrancelha.
Samantha rapidamente disfarçou, balançando a cabeça.
— Nada não, mãe. Enfim, eu prefiro passar minha noite de Halloween em casa, maratonando filmes e comendo muitos doces.
Elizabeth franziu o cenho, pegando um pedaço de pão enquanto perguntava:
— Não vai sair com nenhum amigo?
Samantha suspirou, desviando o olhar para a xícara em suas mãos.
— Não sei se estou no clima de festinhas, mãe. E também... não tenho amigos por aqui.
Christopher, que voltava a se concentrar no jornal, ergueu o olhar com um meio sorriso.
— Ah, não? Aquele menino que vi conversando com você ontem não era ninguém?
Elizabeth virou-se curiosa para a filha, um brilho divertido nos olhos.
— Ele não é meu amigo. Ele só é novo assim como eu. E, sinceramente, não passa de um garoto bem desinteressante pra mim.
Elizabeth trocou um olhar sugestivo com o marido antes de perguntar em um tom brincalhão:
— Mas viu alguém interessante ontem? Alguém que roubasse seus pensamentos como um romance adolescente?
Samantha deu um gole no café e, no mesmo instante, se engasgou, tossindo algumas vezes enquanto tentava recuperar o fôlego.
— Querida, está tudo bem? — Christopher perguntou, deixando o jornal de lado e observando-a com leve preocupação.