抖阴社区

                                    

Ela pigarreou, pegando o guardanapo para limpar a boca rapidamente.

— Estou... E estou bem atrasada. Vamos, pai?

Ela se levantou de forma abrupta, ajustando a mochila nos ombros. Christopher soltou uma risada baixa antes de pegar as chaves e acompanhá-la até a porta.

[...]

O som estridente do sinal ecoou pelos corredores, marcando o fim da aula. O burburinho dos alunos se espalhou rapidamente enquanto todos saíam apressados em direção aos armários antes da próxima matéria. Samantha caminhava com passos rápidos, tentando evitar qualquer contato desnecessário. Mas então, no meio da multidão, seus olhos encontraram os de Jonathan. Ele sorriu de leve e acenou para ela.

Samantha fechou os olhos por um breve instante, como se quisesse se preparar para o inevitável. Quando os abriu novamente, ele já estava vindo em sua direção. Não havia mais como escapar.

— E aí, Sam — Jonathan disse de forma casual, parando diante dela.

— Oi... Jonathan... — Sua voz saiu um pouco hesitante. Ela já sabia o que viria a seguir, já estava esperando. Mas ele não disse nada além do cumprimento. Estranho.

— Não vai me chamar de esquisita? — Ela perguntou, arqueando uma sobrancelha.

— E por que eu faria isso? — Ele inclinou levemente a cabeça, genuinamente confuso.

— Por quê? Isso não é óbvio? Depois do mico que passei ontem por fugir da conversa. — Samantha cruzou os braços, esperando a resposta.

— Ah... — Jonathan coçou a nuca, parecendo se lembrar. — Eu confesso que achei estranho. Mas a Nancy disse que você estava passando mal.

— Entendi... — Ela desviou o olhar, um pouco surpresa por Nancy ter encoberto aquilo.

Ele sorriu de canto e mudou de assunto.

— Você vai?

— Aonde?

— Na festa de Halloween da Tina.

Samantha franziu o cenho.

— Eu não faço ideia de quem é Tina e nem da festa dela.

Jonathan soltou uma risada baixa.

— Eu confesso que também não ia, mas a Nancy insistiu. — Ele suspirou. — É uma festa comum para adolescentes comuns que têm vidas comuns, apesar de eu não ser nada comum.

— É, eu também não.

Jonathan ergueu as sobrancelhas e soltou uma risada divertida.

— Sério? — Ele a analisou por um instante. — Você parece ser a garota mais comum que já vi. Sem ofensa, mas não parece ter nada de especial.

Samantha o encarou por um momento antes de soltar um leve sorriso.

— Você não entenderia, mas isso foi a coisa mais legal que já me falaram. Eu adoro a ideia de não ter nada "especial".

Jonathan riu junto com ela, e os dois continuaram conversando enquanto o corredor se esvaziava aos poucos, até que o sinal tocasse novamente, chamando-os para a próxima aula.

[...]

A biblioteca estava silenciosa, apenas o som suave de páginas sendo viradas e passos discretos entre as prateleiras quebrava a quietude. Samantha estava ali, sentada a uma mesa próxima à janela, tentando forçar sua mente a focar nos estudos. Seus olhos percorriam as palavras do livro aberto à sua frente, mas sua mente estava longe dali. Ela precisava de uma distração, precisava esquecer, nem que fosse por alguns minutos, da sua vida "nada comum".

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