Um recome?o. Um plano.
Anna Júlia acabou de sair de seu complicado relacionamento com Katherine, uma garota com tra?os narcisistas que a fez desistir de seus sonhos. Decidida a ter um recome?o em sua vida - e ficar o mais longe possível de sua ex...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
As luzes piscando me permitem alguns segundos de distração enquanto tento ignorar o cara insistente ao meu lado no bar.
Quando o copo é deixado à minha frente pelo bartender, me viro para o lado com rapidez, tentando fugir.
‐ Onde vai com tanta pressa, lindinha? – Paro no caminho ao ouvir a voz rouca do cara atrás de mim.
Reviro os olhos antes de girar para encarar seu rosto.
‐ Indo encontrar meus amigos. – Ele se aproxima ainda mais do meu corpo, e me forço a continuar. – E minha namorada.
Uma pequena mentira, é claro, mas às vezes essas situações são necessárias.
A inclinação de seu corpo para e seus músculos se tensionam.
‐ Você namora uma mulher? – Questiona, usando um tom meio enojado ao dizer a última palavra.
Inclino a cabeça, cruzando os braços em frente ao peito.
‐ Sim, algum problema?
‐ Não, é que você não tem cara de… – Levanto uma sobrancelha, o instigando a continuar. – Sapatão.
Meu rosto se contorce em uma provável careta.
‐ Péssima escolha de palavras. – Deixo o copo apoiado na mesa enquanto aproximo meu rosto do seu. – E, não que seja da sua conta, mas eu sou bissexual.
Sua boca se abre, mas o interrompo antes que ele fale mais alguma merda.
‐ Mas acredite, esse fato não faria diferença alguma mesmo que eu não estivesse namorando uma mulher. – Faço questão de enfatizar a palavra que ele disse com tanto desgosto. – Você nunca seria uma opção.
Observo seu rosto ficar mais vermelho a cada palavra dita e sua respiração acelerada pela irritação enquanto me afasto.
Pego minha bebida novamente e pisco um olho em sua direção.
‐ Tenha uma ótima noite. – Completo sorrindo e saindo de perto dele e do bar, procurando a mesa que meus amigos estão.
Passo os olhos pelo ambiente, tentando me lembrar em qual mesa estou, mas, dessa vez, as luzes piscando não me ajudam.
No meio do caminho esbarro com alguém, quase derrubando a pessoa, mas consigo evitar a queda, apertando minha mão livre do copo no antebraço da desconhecida.
Levanto meu olhar para a vítima da minha desatenção e encontro os fios avermelhados que tanto tem me perseguido.
