Auto Destrui??o

Bravo

Ainda me lembro do primeiro desgraçado que fiz o favor que manda pro inferno, as memórias eram frescas na minha cabeça como se fosse ontem.

Depois que eu tive a certeza de quem era mermo minha mãe e meu pai, eu me tornei outro.
Foi automaticamente, quando percebi já tava morto por dentro.

Uma parada inexplicável, na minha concepção nem vivo eu deveria tá.

Eu era podre, fadado ao fracasso... digno de dó.

Mais aí o sentimento de pena é o pior a ser sentido e entregado a alguém.

Ainda me lembro dos olhares que recebi, daqueles que sabiam minha verdadeira história e eu odiava qualquer papinho mole ou até mermo aquela frase "Tadinho dele" toma no cu.

Antes mermo de saber qualquer verdadeira história sobre a minha pessoa, eu já tinha um amor e um carinho pela, Ana como se ela realmente fosse a minha mãe.

Afinal era ela a figura materna eu tive a minha vida toda, e o Bruno, era o mais próximo de um pai que eu já tive.

Odiava relembrar a morte dele, foi um bagulho que mexeu muito com a minha cabeça.

São detalhes pra outro momento, eu não tava afim de lembrar nada do meu passado e menos ainda a forma que eu fui concebido.

Oque eu tinha pra fala, é que depois de tanta merda... achei melhor me afasta da vida da Ana, ela já tinha sofrido demais na vida e não merecia ter um filho de um verme.

Ana Clara, vulgo minha mãe, foi a única mulher nesse mundo que foi capas de tirar o melhor de mim, que tinha um lado bom do Guilherme. E devido a tanta merda na minha cabeça, achei melhor me afasta e deixa ela só com a imagem de um filho bom.

A quase cinco anos atrás eu até tentei me reaproxima, tentei mermo – até por que eu senti falta da minha mãe – mais por culpa minha, destruíram a vida dela... tiraram dela, mais uma vez... A sua felicidade.

A última vez que ouvi fala deles, que procurei sabe como ela tá... soube que ela tava com uma puta depressão e que tinham voltado pro morro do alemão.

E eu, ainda tentava descobrir como o desgraçado do, Marcelo, descobriu onde ela morava.

Russo sempre tomo muito cuidado com ela e seus filhos – meus irmãos – ninguém fazia ideia de onde eles residia, bem mermo o Binho, e com isso era bom pra sobrevivência deles. Mais foi logo depois da minha visita lá, que aconteceu o fatídico dia.

Quase cinco anos se passaram e eu tô aqui e eles lá. Ela ainda tenta contato, mais eu cortei tudo e qualquer relação... seria melhor assim. Fora o fato que peguei uma bronca fudida do cu de apito do Fabrício, o que antes eu admirava passei a ter bronca desde o dia que vi a forma que ele tava tratando a minha mãe grávida.

Passei por dias e dias vendo ela chorando pelos canto da casa deles, eu vi ela se definhando em preocupação com um nóia que só soube humilhar ela, e sinceramente que se não fosse eu chega lá naquela hora... se pá ele teria batido na minha mãe e eu teria mandando ele de arrasta.

O fato dele tá vivo hoje condiz mais pelo meu amor que tenho pela minha mãe, que eu tô ligado que é de quatro por aquele cu de apito.

Qual moleque ia vê tua mãe passando por todo aquele sofrimento e fica quieto?!

Ele só me fez perder o respeito que eu tinha por ele, independente do que ele fez pra ela antes ou como vivem hoje... Aquela cena eu nunca vo me esquecer.

Ela já tinha passado por muito humilhação, foi abusada, vários problemas psicológico e ainda um viciado de merda, ao invés de zela pela mulher que tinha ele foi e fudeo com tudo – ou quase tudo – sei lá.
Mais a fita é que se ela perdoou ele, já é problema dela, mais eu não tinha que perdoa nada por que não sou Deus.