Militar obcecado por ela.
Amy Lancaster sobrevive entre turnos exaustivos, dívidas impagáveis e a responsabilidade de cuidar da irm? mais nova sozinha. Estudante de medicina, ela mal consegue respirar em meio ao caos, até que uma noite muda tudo: u...
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Amy Lancaster
A cama era grande demais. Macia demais. E cheirava a ele. O apartamento todo cheirava a ele. Fechei os olhos, virei pro lado, puxei o cobertor até o queixo. Nada adiantava. Era impossível relaxar num lugar que mais parecia cenário de revista. Tudo ali tinha a cara do Logan - sóbria, impecável, cara de quem nunca deixa nada fora do lugar. Nem os sentimentos.
Suspirei.
Como fui parar aqui?
Ah, sim... eu pedi pra casar com um estranho que apareceu baleado no meu chão. Eu sou uma gênia.
Rolei na cama de novo. A cabeça latejava de dúvidas, e o peito... bom, o peito era um caos. Desde que o vi de farda, parado naquela cafeteria, mandando aquele sorrisinho arrogante como se soubesse exatamente o que estava fazendo comigo, eu perdi qualquer noção de lógica.
Rolei na cama ficando de bruços enfiando a cara no travesseiro. Deus... Como ele fica gostoso de farda.
Logan não era só bonito. Ele era perigoso. Intenso. Magnético. E, pior: tinha um senso de controle que me deixava em alerta o tempo todo.
Mas, quando ele falou "as pessoas de quem me importo", hoje, na cozinha...Minha barriga revirou.
Ninguém tinha dito isso pra mim em muito tempo. Talvez nunca com aquele tom.
Virei na cama de novo e olhei pro teto. Pensei em Amber. Em como tudo ainda podia dar errado. Em como talvez eu estivesse depositando minha vida nas mãos de um homem que eu mal conhecia - mas que, de alguma forma, fazia meu corpo confiar nele mais do que devia.
Me encolhi entre os lençóis e fechei os olhos me forçando a dormir.
[...]
Vinte e um dias.
Três semanas inteiras morando com Logan.
É engraçado como a convivência com alguém pode ser tão... inesperadamente fácil. Logan era sarcástico, provocador, mas também gentil nos momentos certos - o tipo de cara que te deixava sem saber se queria bater nele ou rir. E ultimamente, a segunda opção vinha ganhando.
Naquela manhã, estávamos na cozinha - ou melhor, eu estava tentando fazer panquecas enquanto ele implicava com a minha falta de talento culinário.
