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Em Cada Silêncio, Uma Promessa

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O sol se erguia lentamente sobre a Mansão Borboleta, pintando o céu com tons suaves de rosa e dourado. O cheiro de chá fresco e ervas medicinais preenchia o ar, misturado ao som delicado de passos apressados e folhas balançando ao vento.

Era um novo dia — calmo, raro. Um daqueles que Tanjiro sempre esperava, mesmo que soubesse que não duraria para sempre.

Mas por ora... era suficiente.

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— Levanta devagar, Inosuke! Você ainda tá se recuperando! — Aoi segurava a tigela com sopa enquanto tentava impedir o rapaz de se levantar da cama com o braço enfaixado.

— Eu não sou um velho! Já posso sair quebrando uns troncos lá fora! — resmungou ele, tentando se soltar das cobertas.

— Se quebrar mais alguma coisa, quem vai te consertar sou eu! — ela ameaçou, com a colher em riste.

Tanjiro assistia à cena encostado na parede, sorrindo. Inosuke estava melhor — mais barulhento, mais inquieto. Isso, para ele, era o som da cura.

— Vamos fazer um trato, Inosuke — disse, se aproximando com um pano úmido. — Fica na cama hoje, e amanhã a gente caminha juntos no jardim.

Inosuke o olhou, os olhos brilhando com aquele orgulho infantil que só ele tinha.

— Hmph. Tá. Mas só porque você vai comigo.

Tanjiro desviou o olhar, corado. — Combinado.

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Na ala dos fundos, Zenitsu cuidava do cabelo de Nezuko, pacientemente trançando os fios enquanto ela brincava com uma pequena flor entre os dedos.

— Tá... bonito? — perguntou ela, ainda com a voz um pouco infantil, mas mais firme a cada dia.

— Tá lindo. Igual a você. — Zenitsu corou tanto que parecia prestes a vaporizar.

Ela sorriu. Ele ficou hipnotizado.

Um segundo depois, caiu desmaiado no chão.

Nezuko riu baixinho.

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Enquanto isso, no terraço, Muichiro lia um livro antigo sobre técnicas de concentração, e Genya limpava suas armas sob a luz suave da manhã.

— Você tá... bem? — perguntou Genya, quebrando o silêncio.

Muichiro não tirou os olhos da página, mas respondeu:

— Estou. Só... pensando.

— Pensando em quê?

— Em como tudo pode acabar tão rápido. A última missão me fez lembrar disso.

Genya parou por um momento, refletindo.

— É por isso que... é importante saber o que a gente sente, né?

Muichiro fechou o livro, e dessa vez olhou diretamente para ele.

— Eu gosto de você, Genya. Ainda não sei como lidar com isso... mas sei que é real.

Genya sorriu. Sem palavra alguma, apenas estendeu a mão, como sempre fazia.

Muichiro a segurou.

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Na ala central, Tanjiro terminava de ajeitar os travesseiros de Inosuke, que agora já conseguia se sentar sem fazer careta de dor.

— Eu tô ficando mole, né? — ele comentou, irritado.

— Você foi ferido gravemente. Isso não te torna fraco. Te torna... humano.

— Mas eu não quero ser só humano. Quero ser forte. Forte o bastante pra nunca te ver daquele jeito de novo. — Inosuke olhou para Tanjiro com mais seriedade do que costumava demonstrar.

Tanjiro ficou em silêncio.

— Quando eu acordei, você tava do meu lado. Todo o tempo. E eu ouvi o que você disse quando achou que eu não tava escutando.

O coração de Tanjiro parou por um segundo.

— O-oi?

Inosuke desviou o olhar, corando. — Não precisa repetir, idiota... Mas... eu fiquei feliz.

Tanjiro sentou-se ao lado da cama, um sorriso tímido no rosto.

— Eu ainda não tô pronto pra dizer tudo... Mas eu quero ficar com você, Inosuke. Mesmo que seja só assim... cuidando. Te ouvindo reclamar. Vendo você melhorar.

— Isso já é o suficiente — murmurou Inosuke, quase num sussurro. — Por enquanto.

Os dois ficaram ali em silêncio, lado a lado. Nenhum deles precisava de palavras naquele momento. O calor da presença do outro era o bastante.

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Mais tarde, Zenitsu apareceu com doces de arroz.

— Hora da sobremesa! Se o Inosuke comer tudo, pode sair pra caminhar amanhã!

— EU COMO TUDO! — gritou ele, já arrancando o prato da bandeja.

Tanjiro riu, e Nezuko entrou na sala logo atrás, correndo pra abraçar o irmão. Mesmo sem poder falar muito, seu gesto dizia tudo: ela estava feliz por vê-lo sorrir de novo.

— É bom estar em casa — murmurou Tanjiro, olhando para os amigos ao redor.

E em seu coração, uma certeza crescia: não importava o que viesse depois. Enquanto estivessem juntos, tudo valeria a pena.

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Cora??es Queimam Como L?minas - Inotan-Onde histórias criam vida. Descubra agora