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Ventos que Carregam o Que Está no Cora??o

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A brisa fria soprava pelas colinas enquanto o grupo deixava a mansão da Hashira do Amor. As fitas floridas ainda balançavam em seus pulsos como lembretes dos dias tranquilos, mas agora o destino era outro.

— A Mansão do Hashira do Vento... — murmurou Tanjiro, encarando o céu claro. — Sanemi-san é um pouco... intenso.

— Um pouco? Ele quase me jogou num rio uma vez! — resmungou Zenitsu, encolhido de frio. — Por que não podemos ficar em lugares com cobertores fofos e comida boa?

Nezuko caminhava tranquilamente, seus olhos brilhando sob a luz suave da manhã.

Inosuke marchava à frente, peito estufado. — Tô pronto pra lutar contra esse cara de cicatriz de novo! Quero ver se ele é mais forte que antes!

Tanjiro riu, mas sentia um pequeno aperto no peito. Era como se algo o acompanhasse — um pensamento que ele não conseguia nomear.

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A mansão de Sanemi ficava em um vale montanhoso, cercada por ventos fortes que assobiavam pelas árvores. A arquitetura era rígida, de madeira escura, com poucas decorações — prática, limpa, fria.

Quando chegaram, foram recebidos por Giyuu Tomioka, parado na entrada com sua típica expressão neutra.

— Vocês chegaram. Entrem. Sanemi está nos fundos.

Zenitsu escondeu-se atrás de Nezuko.

— Ele ainda tem aquele olhar de quem quer arrancar sua alma... — sussurrou.

Nezuko bateu levemente na cabeça dele com o bambu. Tock.

Tanjiro curvou-se, sorrindo. — Obrigado por nos receber, Tomioka-san.

— Eu não recebi ninguém. A casa é de Sanemi. — respondeu Giyuu, mas com a voz baixa, quase gentil.

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Nos fundos da mansão, Sanemi treinava sozinho, os músculos tensos e os olhos concentrados. Quando viu o grupo, bufou.

— Vocês demoraram. Espero que tenham deixado as frescuras da Mansão do Amor pra trás.

— Oi pra você também, Sanemi-san. — disse Tanjiro, educadamente.

Sanemi passou o olhar por todos, mas parou por um momento a mais em Giyuu, que já estava ali, em silêncio. Havia uma tensão entre eles — não de hostilidade, mas de algo não dito.

— Hmph. Treinamento começa amanhã. Hoje vocês descansam. Não quero ninguém reclamando de dor no meio da aula.

Inosuke estalou os dedos. — Eu nunca reclamo!

— Você grita. O tempo todo. — disse Zenitsu, exausto.

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Naquela noite, após um jantar simples, os jovens foram deixados à vontade. Nezuko dormia tranquila em um dos quartos. Zenitsu já roncava, agarrado ao travesseiro.

Tanjiro caminhava pelo pátio, admirando o céu estrelado. O frio da noite tocava sua pele, mas não o incomodava. Ele sentia algo se agitando dentro de si.

Inosuke se aproximou em silêncio incomum, ficando ao lado dele. Os dois olharam juntos para o céu.

— A lua está linda esta noite. — disse Inosuke, com voz suave.

Tanjiro sorriu. — Está mesmo.

Houve um momento de silêncio.

— Você sabe quem mais é bonito? — perguntou Inosuke, olhando para cima.

Cora??es Queimam Como L?minas - Inotan-Onde histórias criam vida. Descubra agora