P.S. Je T'Aime

tomás pov's
quando acordei pela manhã, sara ainda estava dormindo, me levantei sem fazer barulho, me vesti e desci para cozinha, sabrina, luís e enzo já estavam lá comendo.
-bom dia.-digo cumprimentando eles.
-bom dia.-eles responderam.-ah, a gente precisa de mais carne, e buscar o bolo às 17h.-enzo disse.
-e estão esperando o quê?.-perguntei me sentando ao lado de luís.
-bom..você é o dono da casa, então pensamos em pedir para você ir comprar a carne e depois ir buscar o bolo.
-claro, claro, tudo eu.-digo.-que horas pra ir comprar a carne?
-bom, são 11h agora.-enzo disse e riu.-sei lá, na hora que o pessoal acordar.
-bom dia.-akemi e thomaz gabriel apareceram coçando os olhos.-que horas são?
-11 horas.-luís respondeu.
-o que a gente tomou ontem pra dormirmos tanto?.-akemi perguntou.
-acho que não lembro...estou tão cansado.
-eu acordei 9h.-luís disse sorrindo.
-você é o luís feliz, a gente vai morrer cedo.-thomaz gabriel disse e luís sorriu.
-bom dia.-rafael apareceu.-me sinto revitalizado.
-ok, agora só falta a sara, e ai você vai no mercado basch.-enzo disse.
-vou acordar ela...pelo amor de deus, acha que aqui é festa.-thomaz gabriel disse subindo.
-o que ele tem?.-sabrina perguntou.
-ele tá meio sequelado ainda, por causa da história da thayná.-akemi disse.-ele ficou bem ansioso com isso.
-sei lá, achei tão doentio da parte dela agir assim.-sabrina disse.-mas nada me surpreende, ela é prima da juliana.
-elas são meio doidinhas.-enzo diz.-mas eu não sei.
-meu deus do céu, se depender da gente os dois morrem.-thomaz gabriel e sara apareceram.
-pelo amor de deus, o que vocês têm?.-luís perguntou.
-a gente tá só cansado...não aguento mais isso na minha vida.-thomaz gabriel diz.
-okay, agora já podem ir comprar a carne.-enzo diz.
-eu te odeio tanto enzo.-digo.-alguém quer ir no mercado comigo?
-eu vou, preciso me distrair.-luís diz.
-eu vou também...estou sem nada pra fazer.-akemi diz.
-eu e a sara vamos também, preciso comprar uns cigarros.-thomaz gabriel diz.
saímos nos 5, enzo queria ir junto, mas eu disse que ele era chato e deveria ficar ali com o casalzinho.
-ai eu cansei dessa vida gente, estou com saudade da thay.-luís disse triste.-não aguento mais.
-a thayná vai me jogar da escada.-thomaz gabriel disse rindo.-ai, eu vou morrer.
-eu acho que isso deve ser um reflexo...ela é bem insegura.-akemi diz.
-mas sei lá, pro gabriel dar insegurança pra ela, isso tá muito sério.-sara diz.
-e você, que é toda doente e deu insegurança pra juliana.-thomaz gabriel diz.
-ela precisa de terapia..eu não fiz nada de ruim.
-as vezes ela acha que é uma coisa, mas não é...-luís diz.-acho que o problema da thay foi a juliana não sei..
-a juliana é uma doida narcisista, mas culpar ela por tudo ai é exagero.-digo.-sei lá, talvez seja algo da thayná...é por isso que eu não namoro, só arrumar problema pra minha cabeça, vou ouvir de todo mundo que sou egoísta e pipipipopopo, ridículo, estou evitando dor de cabeça.
-mas amar alguém as vezes é bom.-luís diz.-revelar seu lado humano.
-você fala como se o tomás tivesse um.-akemi diz e ri.-depois do que aconteceu entre você e a ju provavelmente ela vai te difamar.
-com certeza vai.-sara diz.-a juliana é doida por atenção alheia.
-todo mundo gosta de um pouco de atenção...talvez, seja isso.-luís defende.
-espero que ela se trate.-akemi diz.-é irritante ver gente falando demais na cabeça dos outros.
sara pov's
eles compraram tudo o que tinham para comprar e voltamos para a casa do tomás, eu ainda estava com muito sono, já que havia sido acordada à força, depois do almoço fui tomar banho, estava com tanto sono que imaginei que só um bom banho resolveria isso.
tomei o banho, percebi que não havia pego roupa, então fui para o quarto enrolada na toalha, peguei uma roupa na mala, e fui me vestir.
-me desculpa.-ouvi uma voz enquanto eu me trocava, e uma batida de porta.
terminei de me vestir e penteei meu cabelo, saío do quarto.
-sara quer ir comigo buscar o bolo?.-tomás me perguntou.
-é..pode ser.
-então vem.-tomás me colocou dentro de um carro, ele dirigiu em silêncio até a casa da moça do bolo.-fica aqui.-ele disse saindo do carro, ele voltou com o bolo alguns minutos depois, e colocou-o no meu colo para podermos voltar para casa.-pronto, vamos.
percebi que estávamos indo para um lugar diferente da casa dele.
-onde estamos indo?
-quieta.-ele dirigiu até a praia, quando chegamos lá ele tirou o bolo do meu colo e me fez descer.-vem.
-okay.
—finalmente um momento de paz..
—o final de semana foi bem conturbado.
—eu digo, dos meus 18 anos...—ele disse se sentando na areia e eu me sentei ao seu lado.—ficar com eles me deixa feliz, mas minha bateria social está quase acabando.
—entendo...—digo e ele sorriu.
—eu queria tanto poder mudar minha vida.—ele disse e parecia chateado.—viver uma vida onde eu posso ser eu mesmo, sem me preocupar com nada..eu sei lá, quero fugir.
—para onde?
—qualquer lugar longe daqui...
—tipo...a china?
—é...china me parece um bom lugar.—ele disse e sorriu.—queria ter a chance de voltar no tempo e reviver tudo o que eu perdi..
—você pode tentar viver isso agora.
—estou velho demais para isso..
—não está velho...mas não está novo.—digo e ele me lançou um olhar mortal, mas depois riu.
—estou velho para aprender a viver de forma normal...são anos apenas criando regras... e vivendo no automático...eu odeio minha vida.
—eu também odeio a minha.—digo.—achei que a sua vida era...incrível...você faz ela parecer mágica.
—acredite ter surtos de raiva do nada, uma família conturbada e vontade de morrer todos os dias não é nada mágico.—ele disse e se levantou.—daria tudo para fazer tudo diferente..
—você é bonito, engraçado..inteligente..e é tão esforçado.—digo.
—ham..bonito?.—ele perguntou ignorando tudo o que eu havia dito.
—sim...muito...—respondo me levantando timida.
—mas a minha vida ainda é péssima...mas, acho que isso compensa.—ele me disse fazendo com que eu olhasse para ele. —ela fica melhor contigo.
—por que você acha isso?
—não sei...mas eu sinto mais vontade de viver...do seu lado.
—ah, então aquela história de lado humano existe?.—perguntei e ele riu.
—não querida, isso é loucura...eu só me sinto melhor...entende? vamos.
nós voltamos para o carro, e fomos para casa, em silêncio.
—pelo amor de deus, a mulher tava fazendo os ingredientes do bolo?.—rafael perguntou.
—cala a boca...onde o luís e a sabrina estão?
—os dois estão com a akemi pintando a unha.—thomaz gabriel respondeu.
—okay.
tomás saiu, me sentei ao lado do meu primo.
—você nem sabe.
—o quê?
—eu e o tomás fomos na praia, e nossa..eu acho que posso acabar me apaixonando por ele.
—você é doente? se a juliana descobre te mata.
—eu não tenho culpa.
—ai sara, é cada uma que você me arruma..
depois que cortaram o bolo, comeram mais um pouco e limpamos a casa, na hora que eu estava arrumando minha mala, tomás entrou no quarto.
—vem mais vezes...foi bom...ter você aqui.—ele diz se sentando na minha frente.
—claro..é só me chamar.
—quer vir aqui sábado?
—vão fazer outra festa?
—não...mas meus pais não vão estar...e eu não quero ficar sozinho.
—é..pode ser.
—okay então.
eu não entendia o que estava acontecendo, mas, talvez estivesse rolando algo.