Talvez o capítulo mais aguardado até então...
Aqui está. O combate mortal e decisivo entre Aemond e Jacaerys;
Rezemos em homenagem ao corpo de Jacaerys Targaryen; seus esforços para sua família não foi totalmente em vão. Sua morte será honrada.
___________________
Após todas as cerimônias terem sido finalizadas e todas as palavras necessárias ditas, chegou o momento da batalha.
Ambos os príncipes desapareceram dentro de suas tendas, onde os auxiliares checaram com atenção suas armaduras e armas pela última vez.
Dois auxiliares mais uma vez a plainaram a areia onde o altar fora erguido, voltando a transformar o campo em um tapete branco. O Rei, a corte e a enorme multidão observavam com expectativa esperando pelo início do Duelo.
Quando então os dois combatentes confirmaram estar prontos e todos haviam se retirado do campo pelos portões, um arauto voltou ao centro da arena. Ficou de Pé, olhando para o rei, esperando silêncio total. Os únicos sons ouvidos vinham das flâmulas tremulando sobre as tendas vermelhas e brancas e dos cavalos de guerra relinchando.
De repente, em voz alta, que podia ser ouvida de uma ponta à outra do campo, o homem gritou;
" Cumpram seus deveres!"
Antes que pudesse repetir pela terceira vez, como requerido pela lei, os dois combatentes saíram de suas tendas, com as armas ao lado, já baixados, cada um seguido por vários criados ansiosos.
Ambos, com suas armaduras que te limpavam, avançaram em direção aos cavalos, que se mantinham prontos do lado de fora dos portões em lados opostos do Campo. Ambos os homens colocaram, firmes, um dos pés calçados com sapatos de ferro no banco de montaria próximo ao animal, preparados para entrar em ação.
O Arauto deixou o campo e o mestre de cerimônias tomou seu lugar. Os quatro nobres que serviam de testemunha, também se colocaram a ppstos, dois cavaleiros de cada lado do campo, em frente aos portões abertos, impedindo a passagem com uma lança presa horizontalmente entre eles.
O mestre de cerimônias estava no centro do campo, segurando uma luva Branca. Todos os olhos voltaram para ele, enquanto os dois guerreiros estavam de pé, prontos, ouvindo e observando com atenção, o mestre de cerimônias ergueu devagar a luva acima da cabeça ponto de repente, arremesso gritando o comando.
" Deixem que passem!"
Antes que a luva tocasse o chão vírgula ou o mestre de cerimônia estivesse gritado o comando pela terceira vez, os combatentes puseram os pés nos estribos e subiram em suas selas, auxiliados pelos criados. Escudeiros postos ao lado dos cavalos asseguravam que os dois homens recebessem suas lanças e seus escudos. Ambos os príncipes já portavam espadas e adagas atadas à cintura, e cada um deles tinha uma espada maior presa a cela, além do machado.
A lança de difícil manuseio, deixada para o fim, estava também presa à sela. Com os dois montados e devidamente armados, seus criados se afastaram.
A montaria era o último contato com mãos humanas permitido antes do combate. Daquele momento em diante, cada um estaria por conta própria.
Príncipe Jacaerys e Príncipe Aemond, ao mesmo tempo, impulsionaram seus cavalos. Os quatro observadores fecharam o campo deixaram cair suas lanças e saíram do caminho enquanto os dualistas entravam pelos portões, um de cada lado. Naquele, instante, guardas fecharam os pesados portões e os trancaram, ficando por ali com suas armas a postos.
O mestre de cerimônias deixou o campo apressado, pelo pequeno portão central em frente ao palanque real, olhando cuidadosamente para trás.
Aemond e Jacaerys estavam presos no campo, com todas as saídas bloqueadas por um muro duplo e uma carta de aço afiado erguida pelos guardas. Já do lado de dentro dos portões, pararam para analisar um ao outro através dos visores baixados, os cabos batendo o casco impacientemente.
Sentaram-se em seus cavalos com elegância, sendo ambos habilidosos com arma. E os senhores do reino se deleitavam ao ver aquilo, pois tinham ido assistir aos dois homens lutando.
Escreveria futuramente O Grande Miestre.
Enquanto a multidão observava com grande e reprimida excitação, os dois inimigos mortais se estudavam intensamente, com seus hálitos quentes por trás dos visores e a parte interna de suas armaduras já úmidas de suor. Cada um deles buscava a morte do outro como a água e o fogo buscavam a aniquilação mútua.
Aemond e Jacaerys lutariam sem refúgio até que uma das três coisas acontecessem; Um homem matasse o outro, provando a verdade de suas acusações e a culpa de seu inimigo. Um homem forçasse o outro a confessar que jurará em falso, resultando na sumária execução deste por decaptação. Ou, um deles expulsasse o oponente do campo o que provaria sua culpa e o condenaria a morte. Isto se, o outro já não fosse morto em meio direto a luta.
Embora não fosse declarado, era conhecido que ambos lutariam não apenas se refúgio, mas também sem regras, em um combate mortal.
Ao contrário de um torneio amigável, nada impediria um homem de atingir seu oponente pelas costas ou pelos orifícios dos olhos de seu elmo, ou mesmo de cegá-lo com areia, fazer outro tropeçar, chutá-lo ou pular em cima dele caso escorregasse caísse.
Em um duelo antigo, como exemplo, os dois combatentes, exaustos, largaram suas armas e lutaram no chão, batendo um outro com suas luvas de ferro, até que um deles alcançou o interior da armadura do inimigo e arrancou-lhe os testículos, o matando imediatamente.
O cavaleirismo poderia estar vivo e saudável em duelos esportivos, e mesmo nas cerimônias anteriores ao duelo necessário, mas, uma vez iniciado o combate deixava de existir.
Aemond, como acusador, começou o combate, sendo o primeiro a atacar. O cavaleiro abaixou sua lança, agarrando-a firme sob o braço direito, e mirou o inimigo com precisão.
Depois, cravou as esporas no cavalo e começou a avançar pelo campo. Jacaerys, vendo seu tio a caminho, na mesma hora abaixou sua lança e também fez com que seu cavalo se movesse para a frente, em direção ao oponente.
No momento em que começaram a disparada, estavam a uma distância de talvez quatro e sessenta metros, mas um cavalo de guerra forte poderia sair da inércia a galope em poucos segundos. Mesmo em um modesto trote de seis e dez a quatro e vinte quilômetros por hora, a velocidade combinada dos dois cavalos movendo-se um em direção ao outro faria com que se encontrassem em menos de cinco segundos.
Para a princesa herdeira, a mãe, Rhaenyra, que observava de sua plataforma, tais segundos devem ter sido eternos. Viu o filho abaixar a lança e esporear o cavalo, flexionando seus músculos do flanco, enquanto deixava para trás uma nuvem de areia branca.
Todos os olhos estavam postos nos dois guerreiros e em suas lanças. Como não se tratava de um duelo esportivo, o campo não tinha uma cerca no meio para guiar os cavaleiros e impedir que seus cavalos colidirem, mas mesmo assim, avançaram em linha reta como se o caminho tivesse sido desenhado por uma corda.
Os dois avançaram um contra o outro, com as pontas afiadas de suas lanças à frente, voando pelo ar como espadas mortais.
O peso combinado do cavalo, cavaleiro, armadura e lança, era quase uma tonelada no momento do galope. Um golpe com a lança, naquelas circunstâncias poderia penetraram o escudo, a armadura e a carne, atingindo o osso, ou obstruir uma placa de metal e deslocar um ombro, ou mesmo derrubar o cavaleiro, tombando-o ao chão com todo o peso de sua armadura, quebrando ou deslocando seus membros.
Aa dandeirolas tremulavam nas lanças dos dois, e os xairéis dos cavalos agitavam-se sobre a nuvem de areia. A luz do sol refleti em seus elmos polidos e nas placas de suas armaduras, lançando raios de sua luz em todo o campo enquanto os cavalos corriam um em direção ao outro. No centro do campo, a luva Branca do mestre de cerimônias ainda estava caída no mesmo lugar.
Próximo a esses ponto, os dois se encontraram com um choque terrível, batendo um no escudo do outro em cheio e com força, fazendo com que quase caíssem no chão.
Todos os espectadores contraíram com o impacto violento, e os dois homens se dobraram quase completamente para trás na cela de seus cavalos. Mais os dois eram cavaleiros um tanto experientes e se agarraram nos cavalos com as pernas, permanecendo montados.
Ao se atacarem simultaneamente com as lanças, eles equilibraram seus golpes ponto nenhum deles ficou machucado ou caiu, nenhum perdeu a lança ou o escudo. Recuperando-se da pancada, os dois voltaram aos respectivos lados do campo.
Para o segundo embate, os dois apontaram suas danças um pouco mais alto que antes, mirando a cabeça do adversário. Jace agarrou sua lança, segurando com força o escudo e esporeando o cavalo. Quando Aemond viu que ele se aproximava, não ficou parado, e sim cavalgou em sua direção seguindo a linha mais reta possível, avançando contra o furiosamente.
Os dois se encontraram mais uma vez em um terrível choque, atingindo um elmo de aço do outro, com um golpe tão duro que saíram faíscas. Mas, quando as lâminas golpearam o alto de seus elmos, as lanças escorregaram e os dois cruzaram sem qualquer dano.
Ambos, aparecendo mais aquecidos e preparados, agarraram seus escudos e examinarem um ao outro através dos visores do elmos. Mais uma vez cravaram as esporas em seus cavalos e se desafiaram com as lanças abaixadas empunhadas, dessa vez, queriam atingir o escudo um do outro, e assim fariam.
Atravessando o campo feito um raio atingiram-se com grande violência, cada um dirigindo a ponta da sua lança para o escudo do oponente, causando um estrondo tremendo que ecoou além das paredes de pedra que circundavam o campo.
A força do impacto estilhaçou as lanças e as peças voaram muito mais alto do que poderiam ter sido lançadas. Os cabos das lanças se quebraram e as pontas ficaram presas nos escudos. O choque fez os cavalos vacilassem, dobrando o corpo dos combatentes para trás e quase os atirando ao chão, mas a quebra das lanças absolveu grande parte do Impacto, e os dois conseguiram manter-se nas selas.
Aemond quando se recuperou, voltou ao seu lado do campo, largando ruidosamente a lança inútil e retirou a ponta cravada em seu escudo. Depois, pegou o manchado da argola que o prendia à sela. Jacaerys, do outro lado do campo, fez o mesmo.
Com seus machados a postos, os dois homens seguiram um em direção ao outro, dessa vez mais lentamente, manobrando em busca de uma melhor posição. Quando se encontraram no centro do campo, fecharam um círculo bem menor, com os cavalos quase tocando um o rabo do outro, e assim puderam combater com suas armas no pequeno espaço entre eles.
Enquanto os cavalos andavam em círculos, lançando areia para todos os lados, os dois lutaram quase corpo a corpo, peito a peito, com as lanças dos manchados acima da cabeça de ambos. Durante essa cavalheiresca da dança da morte, seus machados se encontraram várias vezes. Avançando e recuando em suas selas, os dois tentaram fazer com que o outro perdesse o equilíbrio e caísse, atingindo-o na parte curva do seu hache.
Várias vezes se afastaram e voltaram a se encontrar com os machados levantados, com se fossem partir o outro em dois. Muitas das tentativas terminaram em golpes ferozes, com os cavalos agitados, tão próximos que os dois choravam um ao outro com os pés nos estribos, em seus calçados de metal, que tiniam quando manobrava seus animais.
Algumas vezes, lutavam com apenas uma das mãos, erguendo os respectivos escudos com a mão livre para se esquivarem dos golpes. Mas não seriam capazes de atingir o outro em cheio assim, e por isso, outras vezes, deixavam o escudo solto e movimentavam o machado com as duas mãos, usando-o para ataque e defesa. As lâminas de aço tiniam uma contra a outra e os cabos de madeira chocavam-se.
A batalha com os machados seguiu-se sem que qualquer um dos lutadores levasse vantagem, até que ambos se cansassem.
Várias vezes se afastaram enquanto recuperavam o fôlego, depois continuariam em vã a luta.
Jace, em momento específico, afastou seu cavalo, como se quisesse partir, mas então repentinamente atacou seu tio por trás.
Aemond então levantou seu escudo, para se proteger do ataque premeditado, enquanto Jacaerys deu uma ginada em seu cavalo, voltando a posição de ataque.
Agarrou o machado pelas duas mãos e usou toda a força.
A lâmina atingiu o canto do escudo do seu tio, resvalando e caindo sob o pescoço do cavalo montado, logo abaixo das placas sobrepostas que cobriam o chanfrado até sua crina.
A lâmina cortou a coluna vertebral do animal, que gritou e estremeceu sob Aemond. Suas pistas se dobraram e ele caiu na areia, com sangue saindo das narinas e do pescoço. Quando o animal caiu, o Cavaleiro desceu imediatamente de sua montaria, tendo a presença de espírito de antes agarrar seu machado.
Sem parar, Jacaerys girou e o desafiou mais uma vez, com o machado ameaçadoramente levantado para o tio sem cavalo. Enquanto avançava sobre ele, virou a lâmina ensanguentada para trás e mirou com o martelo pontiagudo da arma.
A ponta afiada do metal poderia cravar um buraco no elmo e na cabeça do homem, especialmente quando lançada do alto de uma sela contra um inimigo desmontado.
Aemond, vendo o sobrinho aproximar-se com o Machado levantado, e ouvindo os murmúrios de morte de seu cavalo logo atrás, encarou o desafio com sua hache preparada.
Quando seu sobrinho começou outro movimento com as duas mãos, ele de repente saiu do caminho, fazendo com que o outro perdesse o equilíbrio ao girar na sela para acompanhar a esquiva de seu alvo.
Quando o cavalo do filho da princesa passou por ele, o príncipe verde adiantou-se e enfiou a ponta em sua forma de lança de seu machado na barriga do animal, logo abaixo da correia que a circundava. A extremidade da arma penetrou completamente suas entranhas, lança, lâmina e trava, cravando-o como um arpão, e ao passar a galope e o cavalo arrancou o bastão das mãos do cavaleiro.
O animal foi ao chão com o grunhido terrível, tombando em cima do príncipe herdeiro. Surpreso, Jacaerys, foi lançado para a frente na sela, mas se manteve firme, segurando seu machado e precariamente empoleirado no topo dos dois cavalos mortos.
Aemond, já sem o seu machado, pegou a espada ponto era a mais curta, para uma das mãos, cujo o fio a mantinha preso a cintura. Sua espada maior, para duas mãos, estava sobre o cavalo morto.
Jacaerys livrou-se de sua sela, deixando o machado para trás, preso ao cavalo agonizante. Enquanto corria, pegou sua espada curta, depois olhou para o seu tio por trás da pilha de carne morta.
Os dois rapazes estavam sem fôlego, por isso pararam por um momento para tentar manter-se de pé, estáveis. Durante todo esse tempo, nenhum som foi ouvido na multidão, que observava tudo em silêncio, emudecida pelo medo e pela fascinação.
Rhaenyra lançou o corpo para a frente, Levantando-se do assento, como seus outros filhos fizeram a muito tempo, agarrando a barra de madeira de sua plataforma, rígida, o rosto sem cor.
Aemond fez o primeiro movimento, avançando em volta dos cavalos para confrontar seu sobrinho com a espada. Jacaerys hesitou, como se estivesse calculando suas chances de recuperar o martelo ou uma de suas espadas mais longas, ainda presas aos animais empilhados.
Quando o mais vbo se aproximou, o filho primogênito da princesa deu alguns passos para trás em direção à plataforma real e depois ficou parado, em uma extensão de areia lisa e plana, esperando seu tio com a espada abaixada.
Cansados da luta extenuante e da batalha com o machado, e já fora da sela e a pé, os dois sentiram o peso da armadura de quase trinta quilos. Com espada e escudo em mãos, tinham de estar preparados para golpear, para esquivar-se e se proteger.
Seu primeiro golpe veio na cabeça de Jacaerys. Ele desviou o golpe e deu um passo para trás. O próximo veio em seu torso. Novamente desviou e deu outro passo para trás, recusando-se a deixar o outro atordoá-lo com poder absoluto. Então o cavaleiro verde levantou sua espada e cortou diagonalmente. Jacaerys abaixou-se e dançou para fora do caminho.
" Lute seu covarde. SEU BASTARDO." Sua voz soou oca sob seu grande elmo.
Cada músculo do corpo deles transbordava de energia contida, uma mola carregada pronta para ser liberada, mas Jacaerys continuou esperando.
Aemond lançou uma combinação e o empurrou para trás, e o principe cedeu terreno prontamente. Porém o quarto golpe de maia velho foi apressado e descontrolado – o homem não colocou o peso do corpo atrás do golpe porque viu que não era rápido o suficiente para pegá-lo. Então Jacaerys plantou o pé, rebateu o golpe dele e atacou. O golpe acertou o lado da cabeça de seu tio e o cavaleiro cambaleou para o lado.
Jacaerys não perseguiu, mas aguardou ansiosamente a próxima rodada, vagamente ciente do som de espada contra espada ao redor dele. Nenhum outro chegou perto dele, no entanto.
Aemond balançou a cabeça e voltou com um rugido. Ele parecia esperar que o sobrinho ficasse na defensiva novamente, então Jace se recusou a atendê-lo.
Ele atacou a mão da espada do outro e acertou seu pulso no meio do golpe; isso teria cortado sua mão se ele não estivesse usando suas manoplas, mas o golpe violento arrancou a espada de Aemond de sua mão.
Então Jacaerys plantou seu pé no peito do cavaleiro para ganhar espaço e começou a cortar seu escudo, um golpe após o outro, cortando a perseguição de ferro e enviando lascas de madeira voando.
Ele nunca se comprometeu com o ataque, no entanto, sabendo muito bem que não poderia sobrepujar as defesas de Aemond ainda, então quando o cavaleiro respondeu se jogando nele, Jacaerys rapidamente saiu do caminho. Não importava que ele ganhasse uma chance de recuperar sua espada.
Jace pensou em ter uma chance de respirar, mas um grito do lado anunciou outra ameaça. Se virou a tempo de desviar o grande machado de outro cavaleiro direto para o chão. Sem planejar, se viu dentro da guarda do cavaleiro e cortou para cima. Sua lâmina encontrou o vão entre a proteção do pescoço do seu tio e seu capacete, e um jato de sangue coloriu sua placa peitoral e sua viseira; Jacaerys podia sentir o gosto do sangue do seu tio na ponta da língua.
Ele empurrou o homem para longe e então a parte de trás de sua cabeça explodiu de dor. Sua visão ficou momentaneamente branca, o mundo girou, e foi o seu instinto de anos de treinamento que o fez levantar sua espada imediatamente, o que o salvou do segundo golpe de Hightower.
Jacaerys tem certeza que poderia ouvir os gritos dos seus em sua mente. Ou simplesmente foi a dor absurda o evocando. Cambaleou para o lado, piscando para limpar sua visão.
E ainda assim Aemond o golpeou e cortou, e o braço de Jace doeu mais a cada golpe. Mas ainda assim, ele esperou e, quando seu equilíbrio retornou, começou a bloquear e aparar para testar as águas. Os golpes de se7 tio perderam a maior parte de sua força e perderam ainda mais velocidade a cada segundo. Então, quando parecia desesperadamente precisando de uma pequena pausa, Jacaerys começou a atacar.
Contra-ataques rápidos e relâmpagos visavam enfraquecer ainda mais seu oponente. Um golpe deixou um longo arranhão na placa do peito do outro, um golpe amassou sua proteção de ombro, e então Aemond teve que cambalear para trás para evitar um golpe em sua garganta.
A bravata de Aemond havia desaparecido silenciosamente; nenhuma outra maldição saiu de seus lábios e nenhum grito selvagem. Ele recuou e esperou pelos ataques de Jace agora, e ele atacou do mesmo jeito, fintando aqui e ali, rápido demais para que o verde pegá-lo e cauteloso demais para escorregar. Então o traidor tentou um golpe selvagem, Jacaerys desviou o golpe, girou e cortou para baixo na parte de trás do joelho.
O cavaleiro verde cambaleou para frente, mas permaneceu de pé, embora estivesse claro que ele não colocaria mais muito peso na perna ferida. Depois de aparentemente avaliar sua situação, ele deu um grito alto e se jogou em seu sobrinho, que dançou para fora do caminho e bateu sua lâmina na parte de trás da cabeça do cavaleiro quando ele tropeçou.
Aemond caiu no chão, de cara. Ele rolou e encontrou a lâmina de Jacaerys pressionada contra seu pescoço.
"Renda-se, Sor.”
"Não."
"Colheita!"
“Não."
Em um movimento sujo, Aemond jogou areia no rosto de seu sobrinho, como a muito tempo atrás teve o mesmo sob seus olhos. E embora o elmo protegesse muito, ainda assim o atingiu no olho funcionante, o fazendo momentaneamente ir para trás.
Tempo o suficiente para Aemond pegar sua adaga e gravou-a na coxa do sobrinho. O sangue brotou rapidamente da ferida e começou a escorrer pela perna e armadura.
Ainda assim, Aemond cometeu um grave erro, em vez de aproveitar-se de sua vantagem, tirou a adaga da perna ferida do sobrinho e deu passos para trás no chão.
Uma ferida de tal forma poderia ser Fatal para o príncipe caso o tio tivesse mantido a lâmina no local. Mas o tio tirou rapidamente a lâmina. Isso foi seu erro.
Jacaerys no entanto, mesmo ferido, mostrou o sangue fervente do dragão que havia em seu sangue, atacando sem medo.
Com sua mão esquerda o príncipe pegou o tio pelo topo do elmo, aproximou-se do seu corpo e dando alguns passos para trás atirou ao chão onde ele ficou deitado, impedido de voltar a colocar-se pelo peso da própria armadura.
Com o movimento repentino ponto Jace inverteu a situação e entrou novamente na vantagem. Chocado com a queda e imobilizado pela própria armadura, o príncipe verde não podia mover-se ou levantar a espada do chão. O sobrinho estava parado bem em cima dele, brandindo a espada, com facilidade para evitar qualquer ataque do inimigo pudesse tentar deferido enquanto estivesse deitado na área de areia novamente.
Aemond embora buscasse percebeu que não poderia ultrapassar a armadura do sobrinho. Algo que o trouxe irá ao perceber ainda mais a proteção que o outro tinha mais sobre si do que ele teve a oportunidade.
Desesperado para explorar sua vantagem o fugaz conquistada as duras penas, enquanto o tio permanecia deitado no chão, afastou a espada do inimigo com um golpe de espada hábil e caiu em cima do adversário.
Jave se sentou com as pernas abertas sobre o tio, com o joelho em cada lado do seu peito, mesmo em meio a dor dos ferimentos, e começou a penetrar seu elmo com a ponta da espada.
Com o mais velho se debatendo e dando chutes, areia foi levantada para todos os lados. A espada do recém-nomeaso cavaleiro continuava apontada para abertura do visor pesado do oponente, que se aferrava ao solo.
Finalmente, Aemond então parou de se debater então e começou sou a mexer de forma desajeitada na trava que mantinha o visor fechado enquanto ainda lutava significativamente. O outro percebendo o objetivo do tio, moveu-se ainda com mais força.
Ambos moviam-se de um lado para o outro vírgula praticamente se virando na terra logo mais, fazendo assim ambos afastarem-se de sua espadas. Jacaerys sentiu a agonia ao receber um chute em cima de seu ferimento, e ainda mais quando Aemond lhe puxou a cabeça e bateu ambos os elmos contra si, fazendo sua cabeça girar em dor.
Areia grudou em suas armaduras vírgula em suas cotas de malha pensa e em suas boças e manchas de sangue. Ao mesmo tempo e que se impediam de atacar, ambos buscavam inutilmente por suas espadas na areia. Aemond ainda tinha sua adaga junto ao corpo, mas não conseguiria empunhá-la enquanto o sobrinho estivesse grudado a ele.
Os dois lutaram, e a multidão observava o espetáculo horrorizada, fascinada e ansiosa.
Aemond ainda resistia a força do sobrinho de tentar abrir seu visor, enquanto ainda ambos passavam-se a se atingir propositalmente em cima de suas feridas.
Jacaerys, movendo-se desesperadamente em agonia e determinação, atingir o desastradamente na trava com sua luva de ferro, voltou a usar a espada curta recuperada, mas agora atingindo a trava com a sua lâmina afiada. O barulho de metal contra metal podia ser ouvido em todos os cantos do campo, e dentro do elmo deveria ser ainda mais horrível.
Enquanto Aemond agitava-se de um lado para o outro, Jacaerys agarrou seu elmo com a mão livre para que ficasse em boa posição para seus ataques.
Ambos prosseguiam perdendo sangue, principalmente Jacaerys, e sua força se esvaia lentamente, com a adrenalina se sobressaindo momentaneamente. Assim, embora ainda mantivesse com força o tio abaixo de si, diminuiu os esforços, com pausas as mais longas após cada tentativa, para atingir-lo de forma mais certeira. Por fim, após nova tentativa com a espada, mais direta, conseguiu liberar o pino que prendia o visor, o que se abriu e esposo o rosto do príncipe verde da testa ao queixo.
Aemond piscou em seu olho direito ao encarar a luz e a face coberta do sobrinho, que estava a poucos centímetros de distância.
Aemond em uma tentativa desesperada, tentou agarrar com as mãos o elmo do outro, mas foi impedido quando a adaga do outro atingiu sua mão em seu meio, o fazendo soltar um grito furioso ao vê-la passar pelo seu osso e a ponta sair do outro lado antes de ser retirada.
Jacaerys o dominou e levantou sua adaga a cima, seu olho lilás o encarava com nada além de frieza. Duro. Frio. Morto.
E Aemond arregalou seu olho ao ver a adaga descer certeiramente em si, abaixo da mandíbula, enquanto agarrava seu elmo com a mão livre, e com toda a força que o outro parecia expor, enterrou a lâmina fina e afiada na carne branca exposta, enfiando a arma até o punho na sua garganta.
Um espasmo sacudiu o corpo do segundo filho do Rei, e sangue espirrou na ferida. Os olhos de Aemond se fecharam, se abriram e se fecharam rapidamente, e sua garganta soltou um ruído com as respirações finais. Seu corpo tremeu mais uma vez sobre o sobrinho, depois seus membros relaxaram e ele ficou estirado.
Jacaerys permaneceu acima do tio mais um momento ou dois, respirando, sentindo cada membro do seu corpo, assimilando cada ação, movimento e som. Vivo.
Depois, se levantou lentamente, deixando a adaga presa o corpo sem vida estendido na areia coberta de sangue. Fraco após tanta exaustão e perda de sangue, Jacaerys abriu o visor e olhou para sua mãe na arquibancada, olhou para toda sua família. A princesa herdeira agarrou-se à barra de proteção, limpando as lágrimas ponto enquanto a multidão silenciosamente observava mãe e filho trocarem um longo olhar, os dois parecendo ganhar forças.
Virando o rosto para a plataforma real, o neto do Rei fez uma reverência e depois, a acenando para os dois lados, saldou a multidão, que estava pasma frente ao espetáculo de sangue.
O Mais jovem cavaleiro, morto de cansaço e sede, jogou a cabeça para trás e gritou mais alto que pode;
" Você graça. Eu honro e Protejo seu reino, seu sangue e sua honra.... Você graça... eu cumpro com o meu dever?"
Mais de cinco e dez mil vozes, silenciadas desde o começo do duelo, sobre penas severas de punições, gritaram em uníssono;
Sim!
Sim!
Sim!
Mas foi o rei, com um aceno orgulhoso de cabeça. Parecendo um tanto verde e doente, mas ainda forte o suficiente para se levantar, com apoio, e acenar com sua cabeça que o fez respirar em alívio. Que limpou sua alma lavada em sangue. Que levou a multidão em completa loucura.
O rugido da multidão confirmando a vitória do príncipe e levou-se sobre o campo de batalha e foi além dos muros, onde um grande silêncio reinava até então.
Por toda a estrada real e nas demais ruas ao redor, as pessoas ouviram o alto brando e pararam por um momento o que faziam, talvez imaginando que a batalha estivesse chegado ao fim, mas ainda sem saber quem ganhará o duelo.
Quando o enorme grito da multidão ecoou para fora dos muros de Pedra da construção, os guardas abriram o portão da direita e Jacaerys Targaryen saiu do campo.
Mancando e sagrando. Mas vivo. E vingado. Por si mesmo, por seu irmão que em outra vida teria sido morto por aquele que agora jazia flácido na areia.
Por todos os aldeões e senhores que foram mortos ou ameaçados por aquele homem e Vhagar. Pela própria Vhagar, que merecia uma montaria digna, como sua prima.
Por todos.
E acima de tudo.
Pelos seus deuses.
" Por Shrykos e Arrax. Que considerem como uma oferenda digna. Por Caraxes e Meleys, que aceitem meu sangue com sua benção. Por Meraxes e Tessarion, dos quais não resistiria sem ajuda... Obrigada..."
Pensou enquanto seguia para dentro, encontrando sua família quase inteira o esperando, o olhando entre entusiasmo, choque e admiração.
Isso com certeza não era o fim, Aemond era um soldado dos verdes, mas não o único, no entanto, não poderiam negar que ele era aquele com mais vantagem, foi o que permaneceu mais perto, e foi preparado, mesmo com todos os cuidados, para os desafiar.
Ele era um soldado, sim, mas ainda era uma peça dos verdes. Que ele derrubou.
Enquanto seu irmão e Cregan ajudavam a retirar suas proteções e armadura, enquanto seu pai Laenor e o Meistre Geraldys o cuidavam ele sabia que sua vida quase partiu ali; foi um combate mortal verdadeiramente...
Mas guerra só tinha acabado de começar.
____________________
Brincadeira kkkkkkk
E aí? O que acharam?
Alguém caiu nessa?