抖阴社区

Capitulo cinco

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Aquela calça de Viollete iria acabar matando-o.
Matando de forma brutal e contundente.
Bucky não tinha se esquecido da visão de Viollete no couro de combate — não mesmo.
Mas em comparação com a lembrança... Mãe do céu.
Cada palavra, cada língua que ele conhecia tinha sumido ao vê-la passar, com as costas eretas e sem pressa. Bucky sabia que deixaria que ela ganhasse aquela rodada, que ele havia perdido a vantagem no momento em que ela lhe lançou aquele pequeno gesto de ombros e prosseguiu para o corredor, sem
saber da vista que aquilo fornecia. Sem saber como aquela visão fazia cada pensamento, exceto aquele mais primitivo, se afastar da mente dele.
Recuperar o controle exigiu todos os três minutos em que ela ficou lá embaixo. Só a Deus sabia que ele tinha muito com que lidar naquele dia, tanto com a lição de Viollete quanto com outras coisas, sem se perder em pensamentos relacionados a arrancar aquelas calças e adorar cada centímetro daquele traseiro espetacular. Ele não podia se dar ao luxo de distrações como aquela. Por um milhão de motivos.
Mas, porra, quando foi a última vez que ele se satisfez embaixo dos lençóis? Certamente não desde o blip. Isso fazia  anos. Desde então, havia sido apenas a mão dele. Bucky devia ter aliviado essa vontade antes de decidir que morar no complexo com Viollete era uma boa ideia. Ela estava magoada,
perdida, e a última coisa de que precisava era ele babando atrás dela. Segurando o braço dela como um animal, incapaz de se manter longe.
Ela não queria nada com ele. Tinha dito isso.
Deixei minha opinião sobre o que quero de você bem evidente. Um monte de nada.
Isso tinha rachado um pedaço intrínseco dele, a última resistência e gota de esperança de que tudo por que tinham passado durante a guerra pudesse dar em alguma coisa. De que, quando ele estava
morrendo e abriu o coração para ela. Era uma esperança burra e maldita que ele não devia ter
cultivado. Então, uma noite , quando ele sabia que ela só tinha aparecido no complexo para pegar o dinheiro que Pepper tinha oferecido em troca de
sua presença, quando Viollete afirmou que não queria nada com ele... E que ela jamais o perdoaria por ter escondido tantas coisas.  Tinha chegado tão perto de cometer um erro idiota naquela noite, de abrir o coração para que ela arrancasse de seu peito. Mal conseguira sair com algum resquício de orgulho.
Viollete não faria aquilo de novo, a não ser por cima do cadáver frio dele. Ela apareceu com o cabelo trançado. Ele fez questão de não olhar para
baixo do pescoço dela. Para o corpo em exposição. Ela precisava recuperar o peso que tinha perdido e cultivar alguns músculos, mas... aquele maldito couro.

— Vamos — disse ele, com a voz áspera e fria.

Logo diante deles estavam o ringue de luta, totalmente abastecido com várias armas, pesos e equipamento de treino. Viollete não fazia ideia do que era nada daquela variedade de coisas, além dos básicos: espada, adaga, flecha, escudo, lança, arco, bola-redonda-e-cheia-de- espetos-de-aspecto-brutal-presa-na-corrente. E logo a sua frente estava alguém que a odiava pelos seus erros, após a morte do seu pai.

— O que ela veio fazer aqui?

Viollete deu a ele um sorriso dissimulado.

— Bruxaria. Não vou tentar matar o seu bichinho de estimação, desta vez Mago.

Ela podia jurar que Bucky murmurou uma súplica à Deus antes de interromper:

— Devo lembrar a você, Stranger, que Viollete é filha do Tony e será tratada com respeito. — As palavras
tinham agressividade o suficiente para que até mesmo Viollete olhasse para o rosto imperturbável de Bucky. Ela não ouvia aquele tom irredutível desde a guerra. — Ela vai treinar aqui.

Viollete só queria jogá-lo da beira do abismo mais próximo. O rosto de Stranger se contraiu.

— Qualquer arma que ela tocar precisará ser enterrada depois.

Viollete piscou.
As narinas de Bucky se dilataram.

— Não faremos tal coisa.

Stranger farejou perto dela.

SILENCE - Bucky Barnes + 18Onde histórias criam vida. Descubra agora