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Capítulo trinta e um

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Viollete

Viollete engoliu em seco uma vez. Duas. O retrato do medo hesitante conforme permanecia deitada e acorrentada na mesa de metal, com a feiticeira
esperando sua resposta. Então ela disse, com a voz falhando:

— Quando terminar de me destruir no fim do dia, qual será a  sensação de saber que sua irmã ainda estará morta?

A feiticeira sorriu.

— Parece que algum fogo ainda resta em você. Que bom.

Ela sorriu de volta pela máscara.

— Você só recebeu esse poder  por causa de mim . Porque matei a sua irmã. Por mim. Sem mim, você não é nada. Voltará a ser nada.

Os dedos da feiticeira se fecharam sobre a pederneira.

— Continue falando, vadia. Veremos aonde isso a leva.

Uma risada rouca saiu de dentro de Viollete .

—  Precisa me amarrar pra me ferir porque isso faz com que se sinta melhor. — Viollete virou os olhos expressivamente para entre as pernas dela. — Você é uma vadia covarde.

Um tremor a percorreu.

— Quer que eu lhe mostre o quanto sou uma vadia covarde ?

Ela bufou outra gargalhada, arrogante e tranquila, e olhou para o teto, para o céu que clareava. O último que veria, se fizesse aquilo direito. Sempre houvera outro, um sobressalente, para tomar seu lugar caso
fracassasse. Então Viollete falou na direção do céu, das estrelas:

— Você não é mulher o suficiente para poder usar seu poder sem alguém gritando, é? — Diante do silêncio, ela deu um sorriso sarcástico. — Foi o que pensei.

A jovem apenas riu e ajustou o corpo, como se estivesse se acomodando.

— Vá em frente, sua feiticeira de merda.

O lobo acorrentado soltou um choro de aviso.

Ela esperou; esperou, mantendo o sorriso, com braços e pernas relaxados. Uma mão se chocou contra seu estômago, com tanta força que Viollete se
curvou conforme seu fôlego foi sugado. Então outro golpe, nas costelas, e um grito escapou de dentro dela.. Fechaduras estalaram, abrindo-se.
Hálito quente fez cócegas em sua orelha quando a feiticeira a puxou para cima, para fora da mesa.
As pernas acorrentadas fracassaram em segurá-la antes que a feiticeira agarrasse a nuca de Viollete e batesse com seu rosto contra a beira da mesa de metal. Estrelas explodiram, ofuscantes e doloridas, quando metal contra metal e osso estalaram dentro de Viollete . Ela cambaleou, caindo para trás, e os pés acorrentados a derrubaram no chão.
Mas a feiticeira estava ali, agarrando os cabelos dela com tanta força que os olhos de Viollete se encheram de água, e ela gritou mais uma vez ao ser arrastada
pelo chão na direção daquele grande braseiro aceso.
A feiticeira a colocou de pé pelos cabelos e empurrou seu rosto, coberto pela máscara, adiante.

— Veremos se debocha de mim agora.

O calor imediatamente a queimou, as chamas subindo muito perto da pele. A máscara se aqueceu no rosto dela, e as correntes ao longo do corpo
também. Apesar de não querer, apesar de seu plano, Viollete fez força para trás. No entanto, a feiticeira a segurou firme e a empurrou na direção do fogo, enquanto o corpo dela se contorcia, lutando por algum bolsão de ar frio.

— Vou derreter tanto sua cara. — sussurrou ela ao seu ouvido, fazendo força para baixo.

Os braços e as pernas de Viollete começaram a tremer conforme o calor lhe queimava a pele, assim como as correntes e a máscara. Ela a empurrou dois centímetros para mais perto das chamas. O pé de Viollete deslizou para trás, entre as pernas firmes dela. Agora. Precisava ser agora...

SILENCE - Bucky Barnes + 18Onde histórias criam vida. Descubra agora