Viollete
Viollete engoliu em seco uma vez. Duas. O retrato do medo hesitante conforme permanecia deitada e acorrentada na mesa de metal, com a feiticeira
esperando sua resposta. Então ela disse, com a voz falhando:— Quando terminar de me destruir no fim do dia, qual será a sensação de saber que sua irmã ainda estará morta?
A feiticeira sorriu.
— Parece que algum fogo ainda resta em você. Que bom.
Ela sorriu de volta pela máscara.
— Você só recebeu esse poder por causa de mim . Porque matei a sua irmã. Por mim. Sem mim, você não é nada. Voltará a ser nada.
Os dedos da feiticeira se fecharam sobre a pederneira.
— Continue falando, vadia. Veremos aonde isso a leva.
Uma risada rouca saiu de dentro de Viollete .
— Precisa me amarrar pra me ferir porque isso faz com que se sinta melhor. — Viollete virou os olhos expressivamente para entre as pernas dela. — Você é uma vadia covarde.
Um tremor a percorreu.
— Quer que eu lhe mostre o quanto sou uma vadia covarde ?
Ela bufou outra gargalhada, arrogante e tranquila, e olhou para o teto, para o céu que clareava. O último que veria, se fizesse aquilo direito. Sempre houvera outro, um sobressalente, para tomar seu lugar caso
fracassasse. Então Viollete falou na direção do céu, das estrelas:— Você não é mulher o suficiente para poder usar seu poder sem alguém gritando, é? — Diante do silêncio, ela deu um sorriso sarcástico. — Foi o que pensei.
A jovem apenas riu e ajustou o corpo, como se estivesse se acomodando.
— Vá em frente, sua feiticeira de merda.
O lobo acorrentado soltou um choro de aviso.
Ela esperou; esperou, mantendo o sorriso, com braços e pernas relaxados. Uma mão se chocou contra seu estômago, com tanta força que Viollete se
curvou conforme seu fôlego foi sugado. Então outro golpe, nas costelas, e um grito escapou de dentro dela.. Fechaduras estalaram, abrindo-se.
Hálito quente fez cócegas em sua orelha quando a feiticeira a puxou para cima, para fora da mesa.
As pernas acorrentadas fracassaram em segurá-la antes que a feiticeira agarrasse a nuca de Viollete e batesse com seu rosto contra a beira da mesa de metal. Estrelas explodiram, ofuscantes e doloridas, quando metal contra metal e osso estalaram dentro de Viollete . Ela cambaleou, caindo para trás, e os pés acorrentados a derrubaram no chão.
Mas a feiticeira estava ali, agarrando os cabelos dela com tanta força que os olhos de Viollete se encheram de água, e ela gritou mais uma vez ao ser arrastada
pelo chão na direção daquele grande braseiro aceso.
A feiticeira a colocou de pé pelos cabelos e empurrou seu rosto, coberto pela máscara, adiante.— Veremos se debocha de mim agora.
O calor imediatamente a queimou, as chamas subindo muito perto da pele. A máscara se aqueceu no rosto dela, e as correntes ao longo do corpo
também. Apesar de não querer, apesar de seu plano, Viollete fez força para trás. No entanto, a feiticeira a segurou firme e a empurrou na direção do fogo, enquanto o corpo dela se contorcia, lutando por algum bolsão de ar frio.— Vou derreter tanto sua cara. — sussurrou ela ao seu ouvido, fazendo força para baixo.
Os braços e as pernas de Viollete começaram a tremer conforme o calor lhe queimava a pele, assim como as correntes e a máscara. Ela a empurrou dois centímetros para mais perto das chamas. O pé de Viollete deslizou para trás, entre as pernas firmes dela. Agora. Precisava ser agora...

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SILENCE - Bucky Barnes + 18
FanfictionBucky Barnes é designado a trazer Viollete de volta a equipe. Mesmo ela o odiando com todas as for?as. Viollete se isolou do mundo, depois dos eventos trágicos da batalha contra Thanos . Afogando sua raiva entre bebidas e festas obscenas, ultrapass...