Eleanor Whitmore nasceu para seguir regras. Filha de uma família aristocrata inglesa, sempre foi impecável, elegante e discreta. Como advogada de um dos maiores escritórios de Londres, sua especialidade era negociar contratos multimilionários sem ja...
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A rotina do escritório seguia seu ritmo usual, mas para Eleanor, a manhã parecia se arrastar mais do que o normal. O tempo lá fora estava nublado, algo raro em Mônaco, e combinava perfeitamente com a necessidade de foco absoluto no trabalho. Era melhor assim. Menos distrações. Ou pelo menos era o que ela tentava convencer a si mesma. Eleanor chegou cedo ao escritório, decidida a mergulhar no trabalho e evitar qualquer distração. Mas a lembrança da noite anterior ainda pairava na sua mente, mesmo que ela tentasse afastá-la. Eleanor estava em seu escritório, imersa nos contratos que precisavam de sua atenção, tentando, sem muito sucesso, apagar qualquer lembrança da noite anterior.
Beijar Max Verstappen não estava em seus planos.
Mas, assim como tudo nele, a experiência tinha sido intensa, carregada de algo que ela não queria nomear. Era só química. Um desejo momentâneo. E ela era uma mulher prática—sabia lidar com isso.
Charlotte entrou em sua sala sem bater, como de costume, segurando uma xícara de café e um sorriso carregado de segundas intenções.
— Me conta tudo! — Charlotte sorriu, sentando-se na cadeira à frente da mesa de Eleanor. Ela sabia do jantar entre os dois e estava apenas esperando ansiosamente Elle chegar ao escritório.
Eleanor sequer levantou os olhos dos documentos.
— Só foi um jantar — respondeu, mantendo o tom neutro.
— Um jantar com direito a carona para casa. E?
— E nada.
Charlotte riu, claramente se divertindo.
— Então foi só um jantar e ele te deixou na porta? Que cavalheiro. Max Verstappen deve estar perdendo o toque.
Eleanor finalmente ergueu os olhos, estreitando-os para a amiga.
— Não aconteceu nada, além de um beijo. E isso não significa nada.
— Claro que não — Charlotte concordou, fingindo seriedade. — Beijos entre pessoas adultas nunca significam nada.
— Exato.
Charlotte deu um gole no café e balançou a cabeça.
— Ok, mas ele vai viajar hoje, certo? Acho que temos um experimento interessante aqui. Vamos ver se ele te manda mensagem de Londres.
Eleanor não respondeu. Mas ao longo do dia, seu olhar foi para o celular mais vezes do que gostaria.
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O celular vibrou no final da tarde. Eleanor olhou para a tela e viu o nome dele.
Max: "Não sei como você sobreviveu com o café da Inglaterra. Em Milton Keynes, pelo menos o chá presta."
Ela mordeu o canto do lábio, ponderando se deveria responder ou simplesmente ignorar. Charlotte, que havia acabado de entrar novamente na sala, percebeu o dilema e não perdeu a oportunidade de provocar.
