抖阴社区

Capítulo 98

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ENTRE CACOS DE VIDRO E SANGUE


Ela estava ali, na minha frente. Cumprida, cilíndrica, exatamente como minha mãe havia descrito. Tinha que ser ela. Minhas mãos tremiam enquanto me inclinava para pegá-la. Os segundos se estendiam, e cada fibra do meu corpo dizia para ser rápida, antes que ele…

Meus dedos mal tocaram o objeto quando senti a dor explodir na raiz do meu couro cabeludo. Ele havia me alcançado. "Não" foi tudo o que conseguir soltar quando sua mão brutal agarrou meu cabelo com força, puxando minha cabeça para trás enquanto o ar escapava em um grito. Antes que pudesse sequer reagir, ele me lançou contra a parede.

Meu crânio encontrou a superfície dura da parede com um baque, e o mundo ao meu redor piscou em flashes de luz e escuridão. Uma dor lancinante pulsou na parte de trás da minha cabeça, e meu corpo escorregou para o chão.

Mas não seria isso que iria me parar, eu sabia que a caneta estava ali, próxima. Era minha única saída, minha única chance. Eu precisava pegá-la. Precisava correr dali antes que fosse tarde demais.

Meu corpo inteiro protestava enquanto me arrastava pelo chão. O piso frio e áspero raspava minha pele,. Minhas mãos tateando cegamente à frente.

– Por favor, por favor… – Murmurei baixinho para mim mesma, como se as palavras pudessem milagrosamente trazer a caneta para mim.

Meus dedos passaram por cacos de vidro e detritos espalhados, mas continuaram avançando, determinados.
Eu podia sentir o ar pesado atrás de mim, eu sentia sua presença ainda ali, me olhando, me vigiando.

Foi quando senti algo diferente. Não foi imediato, mas um toque frio contra meus dedos me fez parar. Meu coração quase parou antes de disparar como uma explosão no peito. Era ela. A caneta.

Meu alívio foi brutalmente interrompido. Antes que pudesse fechar os dedos em torno da caneta, algo pesado e cruel atingiu o dorso da minha mão com força. Um chute. A dor explodiu de imediato, queimando como se meus ossos tivessem sido esmagados.

Soltei um grito, um som desesperado e involuntário. Minha mão latejava, pulsando em ondas de agonia. Instintivamente, a puxei contra o peito, a apertando como se isso pudesse conter o sofrimento ou apagar o impacto cruel que eu havia acabado de sofrer.

– Patética – Sua voz soou ao longe.

Meus olhos, ainda embaçados, buscaram desesperadamente a caneta novamente. Tudo parecia um borrão confuso, mas o movimento de uma sombra pesada tomou o meu campo de visão. Ele estava se aproximando, rapidamente.

Sua mão brutal agarrou meu cabelo com uma força impiedosa, arrancando um gemido de dor dos meus lábios. A dor na raiz do meu couro cabeludo era como fogo, queimando até os nervos. Eu tentei me soltar, mas a pressão era esmagadora, me imobilizando completamente enquanto ele puxava minha cabeça para trás.

– Você nunca aprende, não é? – Ele rosnou.

E então, como se eu não pesasse mais do que um boneco de pano, fui jogada novamente contra o chão com uma força brutal. Meu corpo atingiu o piso com um impacto que tirou o ar dos meus pulmões, e meu braço caiu direto sobre cacos de vidro espalhados.

A dor foi imediata, um choque que percorreu meu corpo inteiro. Tentei puxar o braço, mas era tarde demais. Senti o líquido químico que vazava dos frascos ao redor escorrer pelas feridas recém-abertas. A queimadura era intensa, como se minha pele estivesse sendo corroída lentamente, e o cheiro forte do produto invadiu meu nariz, agravando o tormento.

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