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A casa era linda. Mas sufocante.
Ada descia os corredores em silêncio, os passos ecoando pelo mármore gelado. As janelas eram grandes, mas os vidros escurecidos e as cortinas pesadas tiravam qualquer sensação de liberdade.
Depois do almoço, ela tentou vasculhar a mansão. Discretamente.
Olhou ao redor da biblioteca — dezenas de livros antigos, mas nenhum computador.
Na sala de estar, não havia nem televisão. Apenas móveis de luxo e um piano que parecia não ser tocado há anos.
O celular, ainda sem sinal. Nem uma barrinha. Nem Wi-Fi. Nada.
Tentou perguntar a uma das serviçais, mas a mulher apenas curvou a cabeça e se afastou. Como se fosse proibida de falar.
O lugar parecia uma bolha isolada do resto do mundo. Como se tivesse sido feito exatamente para prender alguém... e impedir que qualquer coisa vazasse dali.
"Área restrita", Tae havia dito.
"Sem sinal. Sem drone. Sem nada."
Ada apertou os dedos no próprio celular até os nós ficarem brancos.
Ela estava presa. Em uma mansão luxuosa, vigiada, com um homem perigoso, silencioso e que ela ainda nem conseguia definir o que era.
Mas uma coisa era certa:
Não era do bem.
E por algum motivo, esse homem queria ela ali.
Já era fim de tarde quando ela voltou à cozinha. Pediu à cozinheira uma refeição leve, rica em nutrientes e fácil de digerir.
— Pode deixar, doutora. — respondeu a mulher, com um olhar rápido, quase nervoso.
— O jantar será entregue em vinte minutos.
Quando o prato ficou pronto — uma carne desfiada com purê e legumes — Ada subiu com a bandeja nas mãos.A mansão já estava mergulhada em sombras.
Ela respirou fundo antes de abrir a porta do quarto.
Yoongi estava sentado, a cabeça encostada na cabeceira, olhos semicerrados. Uma das mãos repousava sobre o abdômen, a outra caída sobre o lençol.
— Trouxe comida. — ela anunciou, entrando.
— Outra tortura? — ele murmurou, a voz rouca.
— Vai me bater com o garfo ou só jogar o purê em mim?— Ainda não decidi. Depende do seu humor.
— E do grau de colaboração.Ela colocou a bandeja na mesinha ao lado, e o olhou por alguns segundos.
O curativo no braço precisava ser trocado.— Como está a dor?
— Tolerável. Mas sua cara fechada incomoda mais.
Ela bufou.
— Vou checar o ferimento e depois você come.
— Depois disso, eu vou pro quarto. Não sou sua babá.Yoongi não respondeu. Apenas observava.
Enquanto ela trocava o curativo com mãos firmes, ele perguntou:
— Você procurou algo pela casa hoje?
Ela parou por um segundo. Não levantou os olhos.
— Talvez.
— E achou?

VOC? EST? LENDO
Além do crime +18
FanfictionEm uma cidade onde a escurid?o n?o dorme e a justi?a é apenas uma ilus?o bem ensaiada, três destinos colidem em um jogo mortal de segredos, sangue e escolhas impossíveis. Jeon Jungkook é o detetive mais jovem a subir aos escal?es do FBI - inteligent...