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O vento quente da tarde soprava pelas janelas da suíte, balançando as cortinas brancas como se tentassem acalmar a inquietação que começava a crescer dentro de Ada. O céu estava azul. A ilha, silenciosa. Mas por dentro... tudo gritava.
Yoongi saiu do banho com a toalha pendurada no quadril, despreocupado, e encontrou Ada sentada na beira da cama, olhos perdidos em algum ponto do carpete.
— Ei... — chamou ele, se aproximando devagar. — Tá tudo bem?
Ela não respondeu de imediato. Só então se levantou de repente e foi direto até a mala.
— O que você tá fazendo? — ele perguntou, confuso.
— Fazendo as malas. A gente precisa ir.
— O quê? Agora? Por quê?
— Eu não sei — ela disse, empurrando roupas às pressas dentro da mala. — É só... intuição. Se não foi você quem mandou bater no Jimin, então quem foi?
Yoongi cruzou os braços, apoiado no batente da porta.
— E daí? Talvez alguém cansou do mimimi dele. Não vejo problema.
Ela parou, o zíper da mala pela metade.
— Você tá falando sério?
— Ele compactuou com teu pai, Ada. Ele não é inocente nessa história.
— Eu sei disso! — ela rebateu, o tom mais alto. — Mas ele é meu irmão. E, mesmo que eu não queira admitir... agora somos só nós dois. Não tenho mais ninguém.
Yoongi ficou em silêncio por alguns segundos. Depois suspirou, passando a mão pelos cabelos ainda úmidos.
— Uau. Tem a mim. Serve?
Ela caminhou até ele, encostando a testa em seu peito nu.
— Amor... você sabe do que eu tô falando.
Ele a envolveu nos braços, sem responder de imediato. O calor do corpo dele sempre a fazia respirar mais devagar. Mas não agora.
— Tá, tá. — murmurou ele, beijando o topo da cabeça dela. — Espera. Vou ligar pro Taehyung. Ele pode dar uma olhada. Ver se o drama do Jimin tem fundamento ou se é só um chilique mafioso.
— Promete?
— Prometo. A gente não precisa abandonar a lua de mel... ainda.
Yoongi pegou o celular, já discando, enquanto Ada suspirava, tentando acalmar a ansiedade. Mas no fundo, ela sabia: alguma coisa estava errada. E se havia uma coisa que ela aprendera com os anos no crime... era nunca ignorar a intuição.
[...]
Yoongi digitava no celular, de pé na varanda com vista para o mar cristalino. O sol se punha no horizonte, tingindo o céu de laranja e dourado, como se zombasse da tensão que pairava no ar.
Ada, dentro do quarto, andava de um lado para o outro como um animal em jaula. Os ombros tensos, as mãos inquietas.
Do outro lado da linha, Taehyung atendeu.
— Yoongi?
— Precisamos de um favor. Dá uma olhada no Jimin. Disseram que ele tá machucado. Nada confirmado, mas a Ada tá surtando aqui.
— Machucado tipo...?
— Olho roxo, drama de órfão, não sei. Vai lá e vê se o garoto tá respirando. Me avisa depois.

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Além do crime +18
FanfictionEm uma cidade onde a escurid?o n?o dorme e a justi?a é apenas uma ilus?o bem ensaiada, três destinos colidem em um jogo mortal de segredos, sangue e escolhas impossíveis. Jeon Jungkook é o detetive mais jovem a subir aos escal?es do FBI - inteligent...