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Capitulo 31

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Música no topo do capítulo use fones para melhor experiência 🎧📖❤️

O alarme estridente soou como uma sirene de guerra às 5 da manhã. A cela se abriu com um tranco seco.

— LEVANTA, LIXO! DUCHA  AGORA! — berrou um dos carcereiros, batendo o cassetete na grade.

Yoongi abriu os olhos devagar. Jungkook já estava sentado na cama de cima, os cabelos desgrenhados, os olhos vermelhos de cansaço.

— Que delícia... — murmurou Jungkook, pulando da beliche. — Começar o dia com um banho gelado e ameaças de morte.

Yoongi esticou o pescoço, estalando as costas.

— É quase um spa... de guerra.

Eles seguiram pelo corredor estreito, espremidos entre outros presos. O cheiro era um misto de suor, mofo e metal enferrujado. Alguns já começavam a se empurrar antes mesmo de chegarem no vestiário. A tensão era densa como fumaça.

No chuveiro, a água caía como lâmina congelada. Não havia porta, nem dignidade.

Jungkook se virou para Yoongi, tremendo de frio.

— Precisamos de uma ligação. Eu preciso falar com Taehyung. — sussurrou. — Se alguém pode bolar um plano, é ele.

Yoongi esfregou o rosto e olhou ao redor. Um cara estava sangrando no canto, dois brigavam na outra ponta. Um terceiro apenas gargalhava enquanto esfregava sabão nos ombros tatuados.

— Já vou avisando, Jeon. — disse, entre dentes. — Depois que minha cara aparecer no Jornal... a sua vai estar ao lado. "Detetive envolvido com organização mafiosa e amante da principal testemunha."

Jungkook bufou, ainda com água escorrendo no rosto.

— Depois do que a gente descobriu sobre o chefe Park... eu acho que nunca mais piso numa delegacia na minha vida.

Yoongi deu uma risada sem humor.

— Você fala como se ainda tivesse escolha.

O silêncio pairou por alguns segundos. A água gotejava, o metal ecoava.

— No final de tudo... — Jungkook murmurou. — O que será que ela está fazendo agora?

Yoongi ficou em silêncio por um tempo.

— Espero que esteja viva. Só isso já é pedir demais ultimamente.

Ambos encararam o chão sujo.

E por um momento... o barulho da cadeia sumiu. Só o nome dela ficou.

Ada.

[...]

O sol entrava tímido pelas cortinas de linho claro. Tudo naquele quarto era impecável: o piso de mármore polido, o armário embutido de madeira esculpida, os lençóis finos de algodão egípcio. Uma mansão de revista. Um sonho para qualquer um.

Menos para ela.

Ada acordou com o rosto inchado e a garganta seca. Não sabia se tinha chorado mais durante a noite ou apenas sentido tanto que o corpo cedeu ao sono por exaustão.

Estava deitada naquela cama enorme, sozinha. A mente fervilhava. Tudo era mentira. Tudo era armadilha.

Um leve toc toc na porta.

— Senhorita Ada... o café está servido. — a voz da governanta era gentil, mas distante. — Seu pai a espera.

"Pai."

Ela quase riu ao ouvir a palavra. Quase vomitou. Afastou as cobertas devagar, o corpo dolorido de tensão, e caminhou até o banheiro de azulejos brancos. Lavou o rosto, prendeu os cabelos. Olhou seu reflexo no espelho: os olhos verdes estavam opacos. Quase irreconhecíveis.

Além do crime  +18 Onde histórias criam vida. Descubra agora