Após deixar seu grupo e decidir enfrentar o apocalipse zumbi sozinho, Shane Walsh encontra algo inesperado: uma jovem brasileira grávida, perdida e sem defesa. Relutante em assumir qualquer responsabilidade, ele a ajuda a dar à luz e acaba se vendo...
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Shane Walsh.
Fiquei aliviado quando vi Luana e Baby sã e salvas, desci do carro com certa pressa e corri para abraçá-las. Luana sorriu dócil, mas acabou se surpreendendo com a força e desespero com o qual lhe abracei, soltando um leve gemido quando lhe apertei em meus braços.
— Ei... Nós estamos bem... — Murmurou em meu ouvido, com certa dificuldade.
Beijo sua testa, sua bochecha e em seguida seu lábio. Quando afasto meu rosto, segurando-a por seus ombros, Luana tem as sobrancelhas erguidas de maneira confusa e surpresa.
— O que aconteceu? — Pergunta.
Baby resmungou em seu colo, mexendo os braços para chamar atenção. Eu acariciei seus cabelos escuros e por fim beijei sua pele delicada.
— Só estou feliz que tudo está bem. — Retruco. — Que aquele psicopata filho da... — Me freei, engolindo um palavrão. — Ele está longe. Sumiu...
— Sumiu? — Ela franziu a testa. — Isso não parece bom...
— Eu sei. Vamos fazer uma busca por ele nos próximos dias. — Comento. — O que ele fez com Andrea...
— Eu sinto muito... Ela era uma boa pessoa. — Diz, tristonha.
O ônibus de Woodbury logo estaciona no pátio, nos atraindo a atenção. Luana e até mesmo os outros encaram com surpresa.
— É o pessoal de Woodbury. — Letícia se aproxima.
Luana se afasta de mim para abraçar sua irmã, com aquele jeito caloroso. Letty pega Baby nos braços desajeitada, porém com um sorriso no rosto. Baby parece não gostar muito, mas quando Letty começa a falar, a pequena parece lhe dar uma chance. Ri, minha filha era mesmo uma coisinha desconfiada.
— Achamos que seria melhor se ficássemos todos juntos. Aquele lugar estava comprometido, aqui todos ficaríamos mais seguros. — Respondi.
— Fizeram a escolha certa. — Luana sorri, balançando a cabeça. — Eu vou até lá ajudá-los. Vocês vão descansar!
Luana se inclina em minha direção, me deixando um selinho nos lábios e então se afasta. Eu lhe observo ir até a porta do ônibus, com um sorriso lindo ela acena para as pessoas que desciam pouco a pouco. A maioria deles estavam assustados, e com razão, afinal estavam vivendo sobre a superproteção do Governador, por isso ficaram perdidos com tudo o que aconteceu.
— Ai! — Senti um tapa em meu braço. — Para de babar na minha irmã, e vamos logo pra dentro!
— Olha quem fala. — Ergui a sobrancelha. — Passou o caminho todo babando no Rick... Tsc, Tsc. Que vergonha hein! Pensei que fosse crente!
— Pra sua informação, eu tô desviada! — Ela bufou. — Não me julgue!
Ergui minhas mãos em rendição, rindo de sua expressão facial. Baby permanecia alheia a tudo, no colo de sua tia. Letty seguiu com Baby nos braços, marchando com cara de brava como fazia quando queria disfarçar que estava emocionada. Observei as duas entrarem na prisão com o restante do grupo de Woodbury, sendo recebidos aos poucos por nossos companheiros. Havia um misto de alegria e insegurança no ar, o tipo de clima que costuma aparecer depois de uma guerra. Vencemos a batalha, mas ainda não sabíamos se havíamos vencido a guerra.
