抖阴社区

Capítulo 12

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Leiam com cuidado, tem uma cena delicada no final do capítulo.
Se quiserem conversar sobre a fanfic comigo, minha DM está aberta! <3


Duas semanas haviam se passado sem que Carina tivesse notícias de Maya e a italiana estava tentando não surtar.

Resistiu a vontade de ligar, enviar mensagem, de ir até a estação. Ela fez o que tinha prometido, estava dando espaço para Maya.

Mas esse espaço já estava durando demais, e Carina não sabia se iria aguentar.

Ela seguia sua rotina normalmente. Deixava Andrea na escola, iria trabalhar, e no fim do dia iria para casa. Todos os dias a mesma coisa.

Deus, ela sentia a falta de Maya.

Ela sentia falta do sorriso de Maya ao abrir a porta, da forma como ela a olhava como se o mundo parasse por um segundo. Sentia falta dos silêncios confortáveis, das conversas até tarde, das mensagens trocadas, de ir até a estação fazer uma surpresa, de cozinhar para ela.

Por mais que tentasse seguir em frente, havia um vazio que insistia em permanecer. Um espaço que nenhuma rotina preenchia, que nenhum esforço conseguia apagar.

Mas ela seguia. Um dia de cada vez. Porque, no fundo, ainda tinha esperança, de que um dia, talvez, seus caminhos voltassem a se cruzar.

Carina encontrou Andy um dia no supermercado após o expediente.

Andrea havia pedido naquela manhã que jantassem lasanha, então no caminho de volta Carina parou para comprar os ingredientes.

Ela empurrava o carrinho pelos corredores com a cabeça longe, distraída entre pensamentos e lembranças. Pegou o molho de tomate, conferiu a lista mentalmente, virou a esquina do corredor das massas.

E então a viu.

Andy estava alguns metros à frente, segurando uma caixa de cereal, os olhos varrendo as prateleiras como se procurasse algo específico. O coração de Carina deu um salto involuntário no peito. Um frio percorreu sua espinha e, por um instante, ela parou de andar.

Andy percebeu sua presença. Seus olhos encontraram os de Carina por um breve segundo. Ela não sorriu, não franziu a testa. Apenas acenou com a cabeça, um gesto educado, seco, quase automático, e então, virou-se e continuou seu caminho.

Carina ficou parada por alguns instantes, como se tentasse absorver o que acabara de acontecer. Sentiu o rosto esquentar, o peito apertar. Sabia que Maya teria contado tudo às amigas. Era o esperado. Era o justo.

Ela respirou fundo, retomou o controle do carrinho e seguiu em frente. Ainda havia lasanha para preparar e uma filha esperando em casa.

No trabalho, Carina continuava sendo a melhor no que fazia. Cada paciente que passava por suas mãos fazia questão de elogiá-la, afirmando nunca terem recebido um cuidado tão atencioso e competente quanto o dela.

Seu relacionamento com Miranda, que já era bom, ficou ainda melhor depois de Carina contar tudo para ela. Todos os dias elas almoçavam juntas nos seus intervalos, às vezes Amelia e Jo também se juntavam, e Carina não poderia agradecer por ter feito amizades tão boas em Seattle.

Ela sentia falta de Gabriela, no entanto.

As duas mulheres não se falavam com a mesma frequência de quando Carina chegou nos Estados Unidos. Com o trabalho exaustivo de ambas e o fuso horário entre elas, elas só conseguiam se falar uma vez por semana. E nem conseguiam falar sobre tudo que Carina queria, porque, uma vez que Andrea ouvisse a voz da tia, ela corria para o colo de Carina, querendo participar da conversa.

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