Caveira:
Esfreguei a mão no rosto, sentindo o nervoso bater e o ódio subir, principalmente depois de ver a porra da publicação do irmão da Andriele. Ela sentada numa cadeira e um filho da puta do lado, rindo pra ela, comendo da carne que tava no prato dela, e a voz do irmão dela dizendo que eles já tinham decidido o nome do meu menor.
Que ele já ia iniciar o ano com nome fixo. Claro, porra. Ele vai se chamar Ruan. Aí a Andriele ainda ri, dizendo que ela que era a mãe nem sabia qual era o nome. Porra... tô me controlando pra caralho pra não fazer mais merda. Quero ver se ela tiver mudado o nome.
Durante esses dias que se passaram, pensei pra caralho. Percebi e admito que fui longe demais. Coloquei a vida da minha preta e do Ruan em risco. Minha mãe e a Yasmim também pesaram pra caralho na minha mente; falaram umas verdades que ficaram martelando.
O arrependimento bateu, não por ter feito o que fiz com aquele desgraçado, mas por ter duvidado que o Ruan fosse meu. Agi na emoção, no calor da raiva, falei os bagulhos sem pensar. Tudo ficou bagunçado na minha cabeça desde o dia que vi aquela mensagem no celular da Andriele, o cara perguntando se o filho era dele ou não. E como eles tinham ficado em julho e ela tá de quatro meses agora, na hora eu fiz as contas e perdi o controle. Se fosse dele, já teria cinco meses. Não raciocinei, só deixei a raiva falar mais alto.
Hoje, com a cabeça um pouco mais fria, eu vejo a merda que falei pra ela. O jeito que olhei pra ela e as palavras que saíram da minha boca... ela não merecia ter ouvido aquilo tudo.
Tentei entrar em contato esses dias, mas ela me bloqueou de tudo. Liguei pelo celular da Yasmim, pelo da minha mãe, mas quando ela via que era eu, desligava na hora. Decidi respeitar o momento dela, deixá-la pensar, não dar mais estresse, já que o médico disse que ela tinha que evitar esses bagulhos.
Mas a saudade tá maltratando pra caralho. Toda madrugada acordo sentindo falta dela na cama. Sei que o Ryan também sente; o moleque vive perguntando por ela, porque ela não estava mais com a gente.
Hoje de madrugada, quando vi ela falando com o Ryan e ele virou o celular na minha direção, meu coração acelerou. A saudade bateu forte. Desejei feliz ano novo, perguntei se ela tava bem e pedi desculpas. Não por ter matado o filho da puta lá, mas por ter feito ela assistir até o final. Só que ela não deu brecha, fingiu que nem escutou e desligou.
Depois de uns minutos, o irmão dela apareceu aqui pra buscar o Ryan. Liberei, mas mandei segurança atrás. Ainda fui pro baile, só pra marcar presença, e voltei cedo pra casa.
Hoje de manhã vi a porra do vídeo e fiquei bolado. E como eu já tava com a ideia de ir na Penha ver ela e levar os remédios que a médica passou, já vou aproveitar pra ter essa conversa cara a cara. Quero saber que porra é essa, quem caralho é aquele filho da puta pra tá cheio das intimidades com ela.
Independente de qualquer coisa, ela é e sempre vai ser a minha mulher. Se tiver que matar mais alguém pra deixar isso claro, eu mato. Andriele é minha desde os 15, desde o primeiro olhar. Ninguém nunca vai mudar isso.
Posso ter o ódio que for por ela ter se relacionado com outros, posso surtar, sair matando geral por ter tocado nela, mas ela é minha.
Fabiana: Vou me encontrar com uma colegas antigas. – falou assim que apareci na sala e encarei ela, vendo ela estava de biquíni e concordei.
Caveira: Vou mandar gente pra descer na tua segurança. – ela me olhou – Cadê a Yasmim?
Fabiana: Foi passar o dia com a sogra e o namorado. – fez careta – Tu que vai ficar sozinho mesmo, é bom pra ver se aprende. Ver se deixa de ser idiota de tá falando merda com a única mulher que tava com você sem ser por interesse.
VOC? EST? LENDO
A alma do crime.
FanfictionEm um mundo onde a sobrevivência é tudo e a confian?a é uma fraqueza, A Alma do Crime revela os limites do poder e a alma corrompida de um homem disposto a sacrificar tudo para manter o controle. O Caveira, que sempre foi imbatível, verá sua lealdad...
