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30. Conversar.

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— Você não está tomando remédio controlado, Lalisa? — Nayeon pergunta quando viro a terceira garrafinha de cerveja na boca e a encaro sem o mínimo de paciência

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— Você não está tomando remédio controlado, Lalisa? — Nayeon pergunta quando viro a terceira garrafinha de cerveja na boca e a encaro sem o mínimo de paciência.

— Foda-se, Nayeon.

— Só estou perguntando, filha da puta — ela me entrega outra garrafinha e senta do meu lado, olhando para cima enquanto reflete. — qual a brisa de ser internada?

— Porra, sério mesmo? Muda o disco.

— Caralho, de um dia para o outro você estava em uma clínica psiquiátrica, quero saber qual a brisa — ela sorri, completamente chapada. Fico olhando pra ela sem a mínima paciência, mas aqui é o único lugar onde eu posso beber em paz, se eu fosse no QG, as meninas descobririam e me tirariam de lá.

Empurro o quadril pra frente e relaxo o corpo no sofá que parece ter puxado as medidas da minha silhueta, de tanto que já fiquei aqui bebendo. A casa está silenciosa pela primeira vez na vida, não há ninguém além de nós, é um milagre Nayeon estar sozinha em casa, ela nunca fica sozinha, está sempre com alguém aqui dentro porque detesta ficar sozinha. Eu a entendo de certa forma, quando fico sozinha, meus pensamentos nem um pouco amigáveis me atacam e eu entro em surto.

— Não é brisa nenhuma, Nayeon, é um inferno. Tive sorte que a enfermeira me deixou assinar minha própria alta, porque se dependesse dos meus pais, eu ficaria lá até meus oitenta anos.

— É tão podre assim?

— Horrível, não tem nem janela, eu estava ficando maluca lá dentro.

— Que merda. Os merdinhas da faculdade calaram a boca? Posso resolver se você quiser.

— A Jennie conversou com o imbecil e ele fez um comunicado geral pedindo para que parassem de falar sobre esse assunto, como se ele falar fosse adiantar alguma merda — reviro os olhos e encosto a cabeça no sofá — tô cansada daquele lugar.

— Já cansei faz tempo — ela ri e ergue um cigarro até a boca — faculdade só faz mal.

Ela olha em direção a porta e, quando faço o mesmo que ela, vejo algumas meninas entrando com várias sacolas de bebidas nas mãos. Volto a encostar a cabeça no sofá e tomo o resto da cerveja antes que esquente.

— E aí — uma das meninas sorri ao se sentar do meu lado, e olhando para ela, ela não me parece estranha. Talvez eu tenha ficado com ela em alguma festa, sei lá.

Aceno com a cabeça, sem paciência para cumprimentar todo mundo que chegou. Puxo uma garrafa de cerveja de dentro do baldinho com gelo que Nayeon trouxe para a sala e abro com o dente antes de dar uma golada no líquido congelante que desce curando toda minha inhaca. Estou podre de cansaço hoje, queria cair na cama e dormir um pouco, mas não vou voltar pra casa agora.

Puxo o celular do bolso, notando as diversas ligações perdidas da Jennie e da Rosé e pressiono a conversa com a Jennie para ler as mensagens que ela enviou. Ela está me mandando mensagem desde as cinco da tarde, agora já são quase onze da noite. Respiro fundo e começo a ler.

Wicked | JENLISAOnde histórias criam vida. Descubra agora