Após um erro fatal em uma cirurgia, Jungkook, um cirurgi?o renomado, vê sua vida se desfazer em culpa e incerteza, enquanto é perseguido pela justi?a e por um Burnout que parece querer afundá-lo em trevas. Enquanto ele busca encontrar uma saída para...
Olá, gatinhos e gatinhas! Como estão? Estão aproveitando o feriado? Espero que sim! Peço desculpas pela demora, mas recentemente não tenho tido tempo nem para respirar direito! Então peço a compreensão de vocês.✊😣 Eu tava super ansiosa pra lançar esse capítulo aqui, espero que gostem, de verdade! Ultimamente escrever tem sido uma tarefa bem difícil, então se eu não estiver atendendo bem as expectativas de vocês, já fica aqui minha justificativa. Vamos aos avisos: ⚠️No capítulo de hoje vocês podem encontrar: Linguagem imprópria e explícita, conteúdo adulto e inapropriado para menores, consumo de álcool e drogas ilícitas, menção a homicídio/feminicídio, agressão/violência e ansiedade. Boa leitura.🩷
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Durante toda a minha vida, me perguntei se acordar era uma bênção ou uma maldição. Sempre odiei a ideia de abrir os olhos e enfrentar os mesmos demônios que me aguardavam dia após dia.
As pessoas têm essa mania irritante de romantizar a vida. Dizem: "Seja grato, Deus lhe deu mais um dia. Aproveite suas bênçãos." Mas nunca enxerguei nenhuma bênção em ser quem sou.
Para elas, eu era privilegiado. Tinha tudo: uma carreira respeitada, uma casa espaçosa, um carro do ano, status, educação, saúde. Uma família tradicional e bem-sucedida. O retrato perfeito de uma vida invejável.
Mas ninguém via as rachaduras.
Ninguém enxergava o que se escondia por trás da fachada: uma criação abusiva que me moldou com punhos de ferro, uma família disfuncional que nunca foi refúgio, mas palco de tormentos. Um filho que aprendeu cedo o significado da violência. Um homem de psicológico frágil, esculpido por anos de dor silenciosa.
Ninguém via.
Exceto Jimin.
Ele enxergava as rachaduras, até mesmo aquelas ainda ocultas, como se as procurasse deliberadamente. E, naquela tarde, entendi o quanto isso era verdade.
Acordei de supetão em um ambiente claustrofóbico e estéril, iluminado por uma luz branca que parecia agredir meus olhos. Tudo ao meu redor era frio – desde o piso até a corrente de ar cortante que atravessava o consultório médico improvisado no tribunal.
A dor na cabeça foi a primeira a me atingir, latejante e insistente, seguida pela realidade do que havia acontecido: eu desmaiei. Minha pressão despencou, e fui socorrido às pressas.
No processo, ainda bati a cabeça.
As consequências foram previsíveis: roupas trocadas às pressas, soro na veia, uma compressa de gelo sobre o hematoma que começava a se formar, pernas elevadas para aumentar o fluxo de sangue para o cérebro e o coração. E, claro, a humilhação de ouvir o diagnóstico óbvio do médico: desidratação e jejum prolongado.
Não era surpresa. Minha última refeição tinha sido o café da manhã do dia anterior, e fazia uma semana que eu não tomava mais do que um litro de água por dia – mesmo sabendo bem que o mínimo recomendado para um adulto era dois.