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24 - O fim

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Theo está quieto no meu colo, os olhos escuros e atentos como se ele sentisse cada uma das emoções que borbulham em mim

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Theo está quieto no meu colo, os olhos escuros e atentos como se ele sentisse cada uma das emoções que borbulham em mim. Com o focinho encostado em minha mão, ele me lança um olhar que parece sussurrar silenciosamente: "Ei, humana, vai ficar tudo bem." Eu queria acreditar nele, mas a verdade é que estou esperando meu pai, e conversas com ele nem sempre acabam bem. A ansiedade me faz respirar fundo, buscando acalmar o tumulto que sinto no peito.

Para distrair a mente, ergo os olhos para a tela grande do café. A sessão de qualificação acaba de começar, e meu coração dá um salto ao ver os carros prontos para entrar na pista. Será que Arturo vai cumprir sua promessa? Mordo o lábio, sentindo uma onda de nervosismo e esperança que quase me assusta.

Meu pai aparece então, se sentando à minha frente, e noto que está observando o ambiente ao redor com uma expressão curiosa e um tanto surpresa.

— Esse lugar é uma loucura. — Ele comenta, ajeitando-se na cadeira.

Eu sorrio, porque, embora para ele pareça confuso, para mim esse mundo é um caos vibrante e fascinante, minha própria loucura favorita.

— É sim. — Respondo, acariciando os pelos de Theo com suavidade. — Mas com o tempo, a gente se acostuma.

Ele me observa com um olhar que há muito tempo não via, um que não carrega nem julgamento nem crítica. Apenas sinceridade.

— Você parece feliz aqui. — Ele diz, quase em um sussurro, e o comentário me surpreende. Antes que eu tenha tempo de responder, o garçom chega com uma xícara de café, interrompendo o momento.

Assim que ficamos sozinhos novamente, ele leva o café aos lábios, refletindo por um instante, e me lança um olhar curioso.

— Para alguém que quer tanto que você se demita, Arturo parece gostar bastante de você.

Eu respiro fundo, tentando manter a calma. Claro que ele teria descoberto sobre o "manual" — o paddock é um redemoinho de rumores e fofocas. Só espero que ele não tenha ouvido a mais recente, a que sugere que eu e Arturo estamos juntos.

— Acho que ele está... começando a aceitar minha presença. — Respondo, mantendo um tom casual, sem querer entrar em terreno perigoso.

Meu pai então desvia o olhar para Theo, que, como se entendesse que está sendo observado, ergue as orelhas e encara meu pai com uma desconfiança engraçada.

— E esse filhote? — Ele pergunta.

— É do Arturo. — respondo, incapaz de esconder o sorriso ao ver a pequena bola de pelos confortavelmente aninhada no meu colo. — Acho que ele pensou que me irritaria e sobrecarregaria. Mas, na verdade, eu sou completamente apaixonada por esse carinha. Ele faz meus dias mais leves.

Meu pai observa Theo por um momento e, para minha surpresa, seus lábios formam um leve sorriso.

— Você parece ter se adaptado bem. — Comenta, e não há sarcasmo em sua voz, o que é uma surpresa para mim.

Sete passos para se livrar de uma assistenteOnde histórias criam vida. Descubra agora