Após alguns anos estudando no colégio Owls, Ayla percebe um garoto.
Isaac Willian, o cara mais inteligente do colégio Olws, um exemplo de aluno e filho, sonho de toda m?e, educado, bonito, inteligente e focado em seu futuro. Tem uma inteligência ún...
— Não vai adiantar. Os assassinos sabem quem somos. Eles querem nos eliminar antes dos agentes descobrirem quem é essa família perigosa.
— Eu não quero matar ninguém, Marcus — murmuro, olhando ao redor, tentando parecer apenas uma garota falando sobre qualquer bobagem ao celular.
— Você não vai, se seguir as regras. Dessa vez, sem vacilo, ouviu?
— Tá... me mantém informada.
Ele desliga sem se despedir. Fico parada por um momento, o celular ainda colado na orelha. A brisa gelada corta minha pele, e o mundo parece mais cinza.
Suspiro fundo e volto ao refeitório, derrotada e faminta. Não tenho nem energia pra pensar direito. Ryan ainda está lá, rindo, me olhando com aquele olhar de demônio travesso.
Levanto o dedo do meio para ele sem nenhuma cerimônia.
Ele ri de novo, satisfeito. Idiota.
***
Minha atenção está na prova. Algo não está certo. Essa questão está estranha.
— Terminou? — a voz grave de Isaac me tira do torpor.
— Ainda não — murmuro sem levantar os olhos.
— Tá com dúvida?
Meu corpo enrijece. Ele se levanta e caminha até mim com passos lentos. Quando apoia uma das mãos na mesa, perto do meu braço, sinto o calor subir direto para o rosto. Seu perfume é amadeirado, marcante... quase sufocante. E viciante.
— É essa questão aqui? — ele aponta, e apenas concordo com a cabeça, envergonhada. — Está certa.
— Sério? — ergo o olhar e encontro o rosto dele mais próximo do que eu esperava.
Ele ergue as sobrancelhas, olhos escuros fixos nos meus.
— Sim.
— Então... terminei. — entrego a folha, me forçando a respirar normalmente.
Ele corrige rápido. O som da caneta passando no papel parece mais alto do que deveria. Quando termina, empurra a prova de volta.
— Tirou nove. Bom trabalho.
— Sério? — sorrio — Nove é ótimo!
— É um progresso excelente. Em menos de uma semana, você evoluiu muito.
— Será que consigo tirar essa nota nas outras?
— Depende. — ele me encara. — Antes da prova, vou te mostrar onde encontrar as respostas. As provas desse colégio são todas baseadas nos livros. É só saber onde procurar.
— Isso é normal?
— Em outros colégios, não. Alguns criam questões só com base no que passaram por alto. Aqui... são mais preguiçosos.
Rio, aliviada. De certo modo, acho isso melhor. Mais honesto.
Ele abre um dos livros grossos sobre a mesa e começa a me explicar um texto de história. A forma como ele fala... é diferente. Ele conta, como se tivesse estado lá. Me faz enxergar o passado com clareza. A voz dele é firme, envolvente, quase hipnotizante.
Depois, me entrega a parte das questões. São longas, e começo a coçar a testa, já tensa. Mas me esforço.
— Posso te fazer uma pergunta? — arrisco, enquanto anoto uma resposta.
— Vai.
— Por que você mora em um prédio... se tem claustrofobia?
Ele demora um segundo antes de responder.
— Pela Liz. — seu olhar se suaviza. — É mais seguro pra ela. Tem dias que eu preciso sair pra resolver as coisas, pagar contas... fazer compras. E prefiro deixá-la em um lugar que, na época, parecia seguro. Casa é mais vulnerável. Eu não queria correr esse risco.
— E um condomínio com casas?
— O mais próximo do colégio... é o dobro do preço do prédio onde moro.
Eu sei exatamente de qual ele está falando. As casas ali parecem saídas de um filme.
— Você pensa em se mudar?
— Talvez. — ele empurra outra folha em branco pra mim — Estou analisando as opções. Quero deixar minha irmã em segurança, pelo menos enquanto as coisas não se resolvem.
— E vocês moram com sua tia?
— Sim. Mas não me sinto tranquilo com isso.
— E se você considerasse o condomínio? Esse que você mesmo citou. — pergunto
Continua...
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