O Nerd

Ayla Miller

— Onde está a Liz? — pergunto, com a voz baixa, mas firme. Não quero ser interrompida. Não agora.

— Na casa da minha tia — ele responde, sem hesitar, seus olhos fixos nos meus —. Ela volta amanhã. Você não precisa se preocupar com nada.

Um alívio sutil me percorre, mas não há tempo para pensar. O foco dele retorna ao meu corpo como se tivesse um mapa traçado em sua mente, e sou o território que ele pretende explorar por inteiro. A cabeça de Isaac baixa lentamente, e meu coração dispara com a simples antecipação do que está por vir.

Então acontece.

Seus lábios tocam minha pele com uma delicadeza quase reverente. Um beijo morno na parte interna da coxa, que me faz arfar em silêncio. Um arrepio sobe, feroz, da base da minha espinha até o topo da nuca. Aperto o lençol debaixo de mim como se ele pudesse me ancorar nesse momento que está prestes a me desmontar.

Os beijos continuam. Mais lentos, mais profundos. Ele alterna entre toques suaves e beijos mais molhados, provocantes. A respiração dele contra minha pele aquece minha intimidade, mesmo que ele ainda esteja mantendo a distância exata para me deixar à beira da implosão.

Meu corpo começa a responder antes da mente conseguir entender. Meus músculos contraem, minha barriga se enche de um frio cortante e prazeroso, como se borboletas estivessem lutando para sair dali de dentro.

Gemo baixo. Um som que escapa sem controle. Um som que nunca fiz por ninguém.

Isaac beija minha virilha, alimentando meu desejo logo de sentir seus lábios onde nunca senti antes. E como pudesse ler meus pensamentos, ele faz. Sua língua sobe pelo centro da minha vulva. Molhada. Quente. Meu corpo inteiro reage a um gemido mais alto, que no impulso corto segurando minha boca.

Minhas pernas se remexem no automático pela sensação de prazer que as amolece sem muito esforço. A língua dele é perigosa, com movimentos rápidos e molhados na minha pele. Ele sobe mais em cima, usando dedos para abrir minha vulva com delicadeza — e sem mais enrola, fecha seus lábios exatamente onde pulsa. O meu clítoris.

Ele chupa. Minha pele foi puxada entre lábios macios e o prazer explodiu dentro de mim. Arqueei minhas costas involuntariamente, mas as mãos dele foram precisas em segurar as minhas pernas enquanto me chupa. Isaac pressiona com mais um pouco de força, me enlouquecendo apenas com sua boca.

Ele volta a movimentar sua língua. Rápida. Molhada. Meus gemidos já não são controlados, apenas abafados pela minha mão. Ele beija e chupa o centro da minha boceta — como também lambe toda a região. Me sinto tão molhada na vagina, que não sei se é de mim, ou da sua boca que não para de devorar cada parte. De me lambuzar com a saliva.

Mas então, ele para. Solto um suspiro de frustração por ter parado. Minhas pernas já estavam fraquejando e eu sentia que meu clímax estava próximo. Estava bom. Gostoso. Os lábios dele são macios.

Retirei minha mão da boca, sentindo meu vestido subir. Ainda um pouco envergonhada, eu arqueei minhas costas para ajudá-lo a tirar o resto da minha roupa. E assim que ele consegue retirar, aqueles olhos intensos que expressão mais do que carinho, descem para o meu corpo com cuidado. Ele joga o tecido para fora da cama, mas sem desviar o olhar de mim.

Consigo ver que Isaac tenta não me deixar constrangida com seu olhar, mas eu não consigo olhá-lo nos olhos mais. Desvio o olhar para o lado, virando minha cabeça também. Fixando o olhar na parede do quarto. Seu corpo se aproxima do meu, onde consegui sentir sua respiração pesada e quente perto da minha orelha.

— Olha pra mim. — sussurrou rouco, a voz carregada de segundas intenções

Não hesitei. Olhei pro seu rosto, mas sentindo sua mão me tocar lá embaixo. Soltei um suspiro baixo quando ele alisou minha vulva, mas um gemido escapou quando ele pressionou seus dedos em cima do meu clítoris. Isaac é carinhoso, mesmo não sendo a primeira vez dos seus dedos em mim. É gentil a forma como desce pelo meio das minhas pernas.