Na movimentada casa dos Bridgerton, Colin e Penelope sempre ocuparam papéis bem definidos: ele, o irm?o provocador e despreocupado; ela, a amiga leal e constante de Eloise. Mas uma noite comum traz consigo uma faísca de algo inesperado. Entre risada...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Penélope
Aquella Luna que antes nos bailaba Se ha cansado y ahora nos da la espalda
O ônibus finalmente parou na rodovia de Mayfair. Meu corpo estava exausto, mas minha mente estava em um estado ainda pior. Eu não sabia como enfrentar o que vinha a seguir, como explicar o que tinha acontecido.
Quando desci, o ar fresco da cidade me atingiu, mas nada conseguiu aliviar o aperto no meu peito. Meu olhar foi direto para Eloise e Francesca, que estavam me esperando com meus pais. Assim que Eloise me viu, ela correu até mim, seus olhos arregalados e cheios de preocupação.
- Pen! - Ela me deixou para um abraço apertado. - Meu Deus, o que aconteceu?
- Você está horrível. - Francesca disse sem rodeios, mas havia mais preocupação do que crítica em sua voz.
Meus pais se aproximaram, minha mãe colocando a mão no meu ombro.
- Vamos para casa, querida. Você precisa descansar. - Disse ela, uma voz suave e reconfortante.
Assenti, mas minha garganta estava tão apertada que não consegui dizer nada. Subimos no carro em silêncio. Eloise sentou-se ao meu lado no banco de trás, segurando minha mão o tempo todo.
Quando finalmente chegamos em casa, senti um peso esmagador me atingir. Subi direto para o meu quarto, e Eloise e Francesca me seguiram. Assim que fechei a porta, as palavras que estavam presas finalmente saíram.
- Eu terminei com ele. - Murmurei, minha voz quebrando.
As duas me olharam, surpresas.
-O quê? Penélope, o que aconteceu? - Eloise perguntou, sentando-se ao meu lado na cama.
- Foi... foi tudo culpa minha. - Disse, lutando contra as lágrimas que começaram a cair novamente. - Eu não consigo mais, El. Não consigo lidar com a distância, com as inseguranças, com tudo. - Falo entre soluços.
- Pen... - começou Francesca, mas eu interrompi.
- Foi a coisa mais difícil que já fiz. Mas por favor, por favor, cuidem dele por mim. - Supliquei, olhando para Eloise com os olhos cheios de lágrimas. - Ele não merece isso. Ele não merece sentir essa dor.
Eloise franziu a testa, sua expressão suave, mas determinada.
- Penélope, você deve ter tido seus motivos. Não faria isso sem uma razão.
- Ele não entende isso. Ele acha que eu desisti, que não sou forte o suficiente... e talvez ele tenha razão. - Minha voz saiu em trêmula. - Mas, por favor, falem com ele. Cuidem dele.
Francesca suspirou, sentando-se na outra ponta da cama.
- Você sabe que vamos cuidar dele, Pen. Mas, por favor, prometo que vai cuidar de você também.