Na movimentada casa dos Bridgerton, Colin e Penelope sempre ocuparam papéis bem definidos: ele, o irm?o provocador e despreocupado; ela, a amiga leal e constante de Eloise. Mas uma noite comum traz consigo uma faísca de algo inesperado. Entre risada...
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Abro a porta do meu quarto e paro na entrada, observando o ambiente. O cheiro familiar de algodão ainda preenchia o ar, o mesmo que minha mãe sempre usava para passar as roupas da casa. Tudo parecia exatamente como eu havia deixado há mais de um ano.
Nada ali indicava que minha vida havia mudado. As cortinas de renda branca ainda estavam no mesmo lugar, as almofadas bordadas que minha mãe adorava fazer ainda estavam alinhadas na cama, e até os livros que eu não terminei de ler continuavam espalhados pela estante. Era como se aquele espaço tivesse ficado congelado no tempo, esperando por mim.
Entro devagar, deixando a mala ao lado da cama e passando a mão pelo edredom macio. Sento na beirada, sentindo uma estranha mistura de conforto e inquietação. O cheiro de algodão fresco, tão característico da nossa casa, me envolve de maneira reconfortante, mas também me faz sentir o peso do tempo que passou.
Deitei-me lentamente, olhando para o teto. Era impossível não ser inundada por lembranças: noites lendo até tarde, as conversas intermináveis com Felicity e os dias que antecederam minha partida para a capital. Tudo isso parecia tão próximo, e ainda assim tão distante, como se pertencesse a uma outra vida.
Minha mente voou até o jantar que viria em breve, onde minha mãe e Felicity estariam me esperando. Desde que me mudei, elas sempre insistiram para que eu voltasse para casa mais vezes. Eu tentava, mas essas visitas se tornaram cada vez menos frequentes. Não porque eu não amasse minha família, mas porque voltar trazia à tona tudo o que eu ainda estava tentando superar.
O som de passos no corredor interrompeu meus pensamentos. Minha mãe parou no batente da porta, me observando com um sorriso suave, mas preocupado.
- Penélope... - Ela chamou, a voz suave. - O jantar já está quase pronto. Não demore muito.
- Já vou descer, mamãe. - Respondi, sorrindo de leve.