Havia se passado uma semana desde aquela noite em que a loira descobriu tudo. Durante esse tempo, Lena e Kara não se encontraram pessoalmente, embora trocassem mensagens todos os dias. Para qualquer outra pessoa, isso poderia ser suficiente, mas para Lena, não era. Ela sentia falta da loira mais do que gostaria de admitir. A ausência de Kara era um vazio incômodo, um lembrete constante de que, por mais que desejasse tê-la por perto, precisava respeitar o espaço que ela precisava.
Lena sabia que Kara estava processando tudo—o choque, a verdade sobre quem ela realmente era, a brutalidade do que presenciou naquela noite. E mesmo que a CEO não se arrependesse do que fez, sabia que a forma como Kara enxergava o mundo nunca mais seria a mesma.
O que mais importava para Lena agora era que, se Kara escolhesse ficar, era sabendo de tudo. Sem ilusões. Sem mentiras. Se a loira aceitasse seu lado mais sombrio, Lena prometia a si mesma que a amaria como ninguém jamais amou. Mas se tudo aquilo fosse demais para Kara suportar, se ela decidisse se afastar…
Lena teria que deixá-la ir.
Mesmo que cada fibra do seu ser gritasse para fazer o contrário.
Ela podia ser uma mulher fria e calculista, podia ter sangue nas mãos sem perder o sono, mas com Kara era diferente. A loira despertava nela algo mais profundo, mais caótico do que qualquer outro instinto. E, por mais que quisesse se convencer de que respeitaria qualquer escolha que Kara fizesse, havia uma parte dela—sombria, possessiva—que insistia em sussurrar que a escolha nunca fora realmente de Kara.
Porque no fim, Kara era dela.
E Sempre seria.
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Lena estava em sua sala na L-Corp, imersa em uma pilha de documentos relacionados ao seu novo projeto para hospitais. Afinal, além de CEO, também era dona de um. A semana de relativa paz lhe permitiu colocar tudo em ordem, e ela aproveitou para resolver pendências acumuladas da empresa.
Diana e Sam estavam a alguns metros dela, igualmente focadas em revisar papéis. O som do ambiente era apenas o das páginas sendo viradas, das canetas rabiscando anotações e do leve estalar dos dedos de Lena quando ficava tempo demais na mesma posição.
Até que um som distinto quebrou a tranquilidade: a notificação do celular de Lena.
O problema? O celular estava com Sam. A arias era responsável por gerenciar as redes sociais da CEO, já que Lena Luthor, além de uma mulher de negócios, também era uma figura pública.
Ao ver a prévia da mensagem na barra de notificações, Sam tentou se segurar, mas um riso escapou. Diana, curiosa, se inclinou para espiar. Assim que leu a mensagem, seu riso também veio, mas bem mais alto.
As duas estavam gargalhando agora, chamando a atenção da CEO, que ergueu uma sobrancelha e suspirou, claramente irritada por ser interrompida.
— Vocês duas vão me dizer o que é tão engraçado ou devo demitir vocês agora mesmo?
Diana, ainda rindo, pegou o celular e se aproximou da mesa da morena, estendendo o aparelho para ela, lançando-lhe um olhar divertido.
— É, maninha… você achou uma mulher à sua altura. Pega que minha futura cunhada já tá surtando.
Em seguida, chamou Sam para um café, deixando a CEO sozinha para descobrir o motivo da comoção.
Lena franziu o cenho, pegou o celular e, ao abrir a mensagem de Kara, não conseguiu segurar o sorriso. Cada frase da loira era um novo motivo para sua diversão.
Lena Kieran Luthor! Eu não aguento mais! Ou você tira o Ray do meu pé ou quem vai virar assassina sou eu… e isso NÃO tem graça, Kieran! Eu sei que você deve estar com esse sorriso sínico no rosto agora.

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intense - Supercorp.
FanfictionLena n?o aguentava mais estar t?o perto e, ao mesmo tempo, t?o longe. Tudo na repórter a atraía-seus olhos azuis oceano, seus cabelos dourados, sua boca, seu sorriso, seu jeito atrapalhado e envergonhado. Sem conseguir se segurar, Lena se aproximo...